Portugal, 25 de Setembro de 2012
"O Carlos Xistra não terá feito a melhor exibição, ou a
exibição que ele próprio queria. E independentemente de todas as pessoas que
estejam incomodadas, ofendidas ou chateadas com os erros de arbitragem, não há ninguém neste país mais triste e
incomodado com a situação, do que Carlos Xistra” – Pedro Henriques,
ex-árbitro na Rádio Renascença em 24 de Setembro.
Tanto quanto sei, Carlos Xistra iniciou a sua carreira na
1ª Liga na época 2002/2003, num FCP - Belenenses que terminou empatado a zero e
em que, para variar (esta época fizeram igual protesto em Barcelos), o FCP
reclamou da arbitragem por não ter assinalado 2 ou 3 grandes penalidades a seu
favor, para além da que foi assinalada e o
guarda redes do Belenenses defendeu.
Desconheço como foi o resto da época de Xistra, mas –
aparentemente – o homem teve algum tipo de “re-educação”, que sempre se
consegue nas sessões técnicas que a Comissão de Arbitragem promove,
oficialmente, em algumas sedes de distrito, ou eventualmente, em sessões
“particulares”. Daí para cá, nunca mais foi o mesmo. Eis parte do seu curriculum:
Época 2003/2004:
Boavista 0 – Benfica 0, optou por um
critério disciplinar “largo”, num jogo que envolvia uma equipa habituada a dar
“pau” e não candidata ao título, pelo que o empate lhes servia. O critério foi
mais “largo” para o Boavista que conseguiu chegar ao fim com os defesas
centrais sem qualquer cartão, ao contrário dos nossos, ambos amarelados. O
defesa esquerdo do Boavista, sobreviveu ao amarelo até ao mn 87, quando devia
ter sido expulso na 1ª parte por sucessão de faltas. Marítimo 2 – FCP 2, reapareceu em jogos do FCP em
grande estilo, após ano e meio de afastamento (depois desse jogo com o Belém). Assinalou 1
penalty a favor do FCP, quando perdiam por 1-0, que nem as habitualmente bem
colocadas câmaras da Sporttv conseguiram descortinar. O que levou o comentador Bernardino Barros a
dizer: “daqui não se vê nada, mas se
Xistra assinalou é porque viu alguma coisa” (que pena este critério não
funcionar para o Benfica).
Época 2005-2006:
Benfica 0 – Naval 0, após a épica vitória em Liverpool por 2-0, perdoou
duas grandes penalidades contra o Naval, por derrubes a Nuno Gomes e Léo. Nessa
altura, tal como hoje, a comunicação social ficou a lamentar os falhanços do Benfica,
em particular um golo de baliza aberta falhado pelo Marcel.
Época 2007/2008:
Benfica 3 – Estrela Amadora 1, expulsou Miccoli com dois amarelos. O
primeiro por ter rematado para a baliza na sequência de um fora de jogo mal assinalado
ao ataque do Benfica (o velho truque que ainda hoje rende). O segundo por ter
crescido para um adversário, na sequência de entrada maldosa deste, que o
rasteirou de forma violenta. O jogo seguinte do Benfica era em casa do FCP e Miccoli
era o melhor marcador do Benfica.
Época 2010/2011:
Braga 2 – Benfica 1, os maiores erros foram a expulsão de Javi por suposta
agressão a Alan, em lance em que nem ele, nem o famoso Cardinal tiveram possibilidade de ver. Outras imagens
mostram que Alan agrediu de cotovelada Javi. Do lance resultou um golo do
Braga. Não assinalou falta sobre Airton, por atropelamento, e do lançamento
lateral a favor Braga nasceu o 2º golo da derrota. Durante o jogo o critério
disciplinar foi largo para o Braga e estreito para o Benfica e Luisão em
particular. Benfica 1 – FCP 3, numa
das mais dolorosas derrotas de sempre, não expulsou Sapunaru quando agarrou
Saviola pelo ombro quando este se isolou e tinha apenas guarda redes pela
frente, numa das raras vezes que o ataque do Benfica conseguiu fugir à defesa
do FCP e ao árbitro assistente que só à sua conta, assinalou mal 3 foras de
jogo a Cardozo. Perdoou 2º amarelo a Cebola Rodriguez por tackle violenta sobre
Maxi, com 0-1. Validou o 2º golo do FCP que empatou a eliminatória, em fora de
jogo de quase 2 metros .
Para disfarçar a miserável arbitragem assinalou 1 penalty polémico a nosso
favor, quando o FCP vencia por 0-3, para de seguida voltar a ser o melhor
defesa do FCP, cortando quase todas as jogadas do nosso ataque, com faltas
inexistentes.
Época 2011/2012:
Guimarães 1 – Benfica 0, o único golo do Guimarães nasce de uma falta
inexistente. Depois não conseguiu ver o Rodrigo ser pontapeado na área do
Guimarães, não assinalando o respectivo penalty com a mesma facilidade que
assinalou agora em Coimbra, dois contra o Benfica. A 2 jornadas de defrontar o
FCP, o Benfica perdeu assim 3 pontos.
Há mais jogos para
ilustrar a forma como o Sr.º
Carlos Xistra arbitra os jogos do Benfica. Mas estes chegam
para os que acham que estou a exagerar. Se quiserem, mencionem eles próprios os
erros que Carlos Xistra cometeu a favor do Benfica para compararmos. Para Pedro Henriques, major do
exército no activo, ex-árbitro que invalidou mal um golo ao Benfica contra o
Nacional da Madeira (2008/2009, resultado final 0-0) e que acha que o Sr.º Xistra estará pesaroso com o que fez em Coimbra, só
tenho isto para lhe dizer: vá contar histórias pró caralho...