terça-feira, 25 de outubro de 2011

8 anos!

Portugal, 25 de Outubro de 2011

A notícia do dia é o oitavo aniversário da inauguração do novo estádio do Benfica. Este acontecimento suscita-me algumas reflexões, tanto mais que a propaganda do Clube já se encarregou de passar a habitual mensagem de “honra e glória” a quem decidiu, construiu e geriu todo o processo, ou seja, à Direcção!

Algo deve ser acrescentado a esta propaganda para que se perceba melhor em que contexto foi construído o novo estádio.

A decisão da construção pelos vistos não foi de Mário Dias, como o Sr.º Vieira afirmou na última inauguração da Casa do Benfica da Marinha Grande, mas sim do Sr.º Vítor Santos (“Bibi”) que em entrevista à Maxim’s afirmou que, no dia seguinte à tomada de posse entrou no gabinete do Manuel Vilarinho e pôs-lhe em cima da mesa, a construção de um estádio novo!

Mário Dias? Vítor Santos? Confusos? Não, o Benfica deixou-se de trapalhadas com a saída de Vale e Azevedo.

A construção do novo estádio não foi nunca um assunto só, esteve sempre ligada ao financiamento da construção, onde desempenhava parte importante a venda dos terrenos ocupados pelo antigo estádio! Nessa altura o Sr.º Vítor Santos afiançava que pagava 100 contos por metro quadrado, os terrenos que Vale e Azevedo tinha vendido na base de 50 contos por metro quadrado. De que resultava um encaixe garantido de 8 milhões de contos para 80 mil metros quadrados vendidos. Tese defendida posteriormente quando Vítor Santos foi “corrido” do negócio com a entrada de Filipe Vieira na gestão do futebol.

O que eles não disseram foi que os 8 milhões de contos pressupunham um aumento de volumetria muito superior à permitida pelo PDM de Lisboa. Ou seja, eles conseguiam os 8 milhões de contos para uma volumetria de 160 mil metros quadrados construídos, e não para os 80 mil permitidos! Como é que faziam o milagre dos “pães”? Simples: João Soares era presidente da Câmara e candidato à re-eleição e o Benfica ajudava na propaganda da sua candidatura! Como fez quando Mário Dias e os jogadores Simão Sabrosa e Pedro Mantorras participaram numa acção de campanha difundida pelas televisões!

O raciocínio era simples: João Soares ganhava as eleições, alteravam-se os planos de ordenamento, o Benfica vendia por 8 milhões de contos, 160 mil metros quadrados em vez dos 80 mil, (ou seja, a 50 contos o metro quadrado!) e o Vale e Azevedo é que era o vigarista porque só tinha vendido a 50 contos os terrenos da Urbanização Sul!

João Soares perdeu as eleições (o futebol não ajudou os políticos) e Santana Lopes foi claro quando afirmou que a proposta apresentada pelo Benfica, violava o PDM. Logo os 8 milhões não estavam garantidos, porque só podendo construir metade, só estavam garantidos 4 milhões de contos. O estádio vacilou!

Dado o avançado da questão em termos de opinião pública e Euro2004, Santana Lopes deu um empurrão ao adquirir por cerca de 6 milhões de contos os tais 80 mil metros quadrados, oferecendo ao clube como compensação por terrenos anteriormente expropriados e nunca indemnizados, um terreno noutra zona de Lisboa onde seriam construídas habitações para jovens! Terrenos avaliados em cerca de 1,2 milhões de contos e que o Benfica logo vendeu também à EPUL!

Portanto dizer que o novo estádio foi um equipamento pensado para ajudar o Benfica num determinado projecto económico e desportivo, é uma falácia igual a tantas outras que nos têm sido vendidas nestes últimos 10 anos. O novo estádio do Benfica nasceu de um conjunto de equívocos, interesses e negociatas falhadas!

E hoje aí está. Pode ser lindo, pode ser moderno, pode ser funcional. Nada a dizer!

Apenas contesto o facto de que, se Vilarinho na campanha eleitoral incluísse a destruição da antiga catedral, perdia as eleições! E perdendo, Mourinho não era despedido, não ia dar títulos europeus ao FCP, o Benfica não teria permitido a ultrapassagem desportiva do FCP no plano europeu e o investimento que agora é canalizado para o novo estádio, seria canalizado para a equipa de futebol, aumentando as probabilidades de êxito desportivo!

O novo estádio é algo que alimenta o ego benfiquista mas que hipotecou o sucesso futebolístico! Em dia de festa, não devemos esquecer!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Sr.º Joaquim - parte IV

(os comentários entre parêntesis e itálico, são da minha autoria e não visam desvirtuar o conteúdo do texto escrito por Jorge Fiel e publicado no Expresso em 25 de Março de 2005)


A verticalização é o fio condutor da estratégia urdida por Joaquim e que tem sido rigorosamente seguida nas duas últimas décadas. Começou com a concessão de publicidade estática. Evoluiu para a intermediação dos direitos de transmissão televisiva. Continuou para montante, tomando posição no capital dos clubes, e para jusante, passando a ter um pé na emissão, ao participar na fundação da Sporttv. E como já se sabe, não ficou por aqui (hoje manda em todo o futebol influenciando decisões, apadrinhando figuras do FCP nos lugares chave da FPF e Liga, etc., e ganhando muito dinheiro nas transmissões em monopólio).


Em 1999, a Olivedesportos pagou 95 mil contos à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pelos direitos relativos à final da Taça de Portugal. Depois revendeu à RTP os direitos de transmissão televisiva por 90 mil contos. À primeira vista perdeu dinheiro. Na realidade ganhou – e muito – já que os 95 mil oferecidos à FPF incluíam a concessão da publicidade no Estádio Nacional. Publicidade e transmissão televisiva de jogos são negócios complementares. Todas as semanas, uma equipa da Olivedesportos visiona cuidadosamente todos os desafios televisionados anotando cada vez que um anúncio, disposto ao longo da linha lateral ou atrás da baliza, passa na TV. A factura segue depois pelo correio (nos 3 anos de Vale e Azevedo não seguiu factura nenhuma porque a publicidade estática era do Benfica).


A beleza deste negócio vertical reside na sua complementaridade em cadeia, no facto de cada um dos seus segmentos potenciar os lucros do anterior e do seguinte. Dito por outras palavras, Joaquim é um intermediário completo (e um adversário poderoso para quem quiser disputar os seus terrenos). Numa ponta estão os clubes, a Liga e a FPF. Na outra, os anunciantes, os telespectadores e os canais de televisão (pelo meio estão os Bancos que financiam e ganham com os ganhos do Sr.º Joaquim, ganhos que Vale e Azevedo pôs em causa). Ele une as pontas, preenchendo o espaço entre elas. Tem a concessão da publicidade nos estádios, cujo preço muito naturalmente aumenta em proporção à quantidade de gente que vê o anúncio. Adquire os direitos de transmissão televisiva, que fazem crescer os preços da publicidade. Ganha ao revencer estes direitos aos canais de televisão. E ao fundar a Sporttv subiu nesta cadeia de valor, passando a lucrar a dois carrinhos – como fornecer e como accionista.


Na guerra (o termo é do jornalista, toda a gente sabia menos os adeptos) de meados dos anos 90 contra Vale Azevedo e a SIC, Joaquim sentiu a necessidade de no negócio da televisão estar presente não apenas na venda de conteúdos mas também na sua emissão. Por isso mal se recompôs logo tratou de cerzir alianças com a PT e o BES que ainda este ano (2005) se revelaram úteis no concurso de venda da Lusomundo, onde derrotou adversários poderosos como a Cofina (donos do RECORD e CM) e os espanhóis da Prisa (ou seja, mais uma vez a táctica de uma mão lava a outra e as duas lavam a cara, esta trilogia PT. BES e Joaquim ganham sempre à custa do futebol e do Benfica).


A compra da Lusomundo por 300,4 milhões de euros (o que o futebol dá a ganhar a este individuo), é mais um ponto de partida do que de chegada. Com um só lance, Joaquim consolidou laços com dois aliados poderosos (PT e BES) e aumentou exponencialmente a sua influência na vida politica, económica e desportiva portuguesa. Tem por isso reunidas as condições para um novo salto qualitativo (quem tem a comunicação social influencia e é respeitado, porque todos o querem. Joaquim chegou a este patamar muito á custa do Benfica e da vitória de Vilarinho, apoiada pelo seu grupo de comunicação, mais apoio do BES).


Mas se for bem sucedido na digestão da Lusomundo, não vai resistir à tentação de acrescentar as duas jóias que faltam à sua coroa – uma parceria estratégica e duradoura com o Benfica (não será por acaso que se fala tanto da refundação do Benfica, do novo estádio como ponto de partida, etc) e uma posição importante num canal de televisão generalista. Sonhos que até nem serão muito difíceis de concretizar, tanto mais que ele sabe esperar. 


Mais cedo ou mais tarde o Benfica terá de abrir o seu capital (em breve o Sr.º Vieira poderá vir dizer que não controla o passivo – brutalmente aumentado pela sua ruinosa gestão – e defenderá a abertura do capital da SAD a outros investidores, perdendo-se a maioria que tanta polémica levantou com Vale e Azevedo). E ninguém abrirá a boca de espanto se Miguel Pais do Amaral resolver pôr à venda a sua posição na TVI (por acaso vendeu e voltou a comprar á Prisa, dizendo-se que tem planos para um canal desportivo pay-per-view). Ah, e no que toca a amizades, Joaquim Oliveira e José Eduardo Moniz dão-se tão bem como Deus com os anjos ... (Vale e Azevedo que o diga, na forma como a TVI o tratou durante os 3 anos de mandato, tendo inclusivamente sido condenada a pagar-lhe uma indemnização por danos morais por noticias falsas transmitidas em Novembro de 1997).

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Sr.º Joaquim - parte III

(os comentários entre parêntesis e itálico, são da minha autoria e não visam desvirtuar o conteúdo do texto escrito por Jorge Fiel e publicado no Expresso em 25 de Março de 2005)


A batalha ia ser dura. Demorou anos e desenrolou-se em diversos “tabuleiros”. Nos tribunais, mas também nas páginas dos jornais e nos ecrãs de televisão (quem ainda não percebeu porque razão Vale e Azevedo andava sempre nos jornais, televisões e rádios, por isso e por aquilo, tem aqui a explicação que faltava). 


Para não lhe faltar a voz durante os tempos de difíceis combates que se avizinhavam (numa guerra não se limpam armas, e como se vê, valeu mesmo tudo com papel de destaque para a comunicação social), Joaquim adquiriu em 1994, por um preço simbólico (50 mil contos, 250 mil euros), o jornal desportivo “O Jogo”, que a Lusomundo se preparava para encerrar, insatisfeita com os escassos sete mil exemplares de circulação do diário - número que em dez anos foi multiplicado por sete, na sequência de um investimento acumulado que rondou os 15 milhões de euros.


Por falta de fôlego financeiro, em dado momento desta guerra contra a dupla Rangel/Vale e Azevedo, Joaquim esteve à beira de atirar a toalha ao chão (daí compreender-se a ferocidade dos ataques contra Vale e Azevedo, alguns como se sabe, saem da esfera desportiva). Encarou mesmo vender o grupo, então avaliado no intervalo entre os 12 e os 15 milhões de contos (60 a 75 milhões de euros) a Francisco Balsemão. 


Mas Ricardo Salgado deu-lhe a mão, comprando-lhe o tempo necessário para ganhar a guerra (com a ajuda da comunicação social e dos árbitros que não deixavam o Benfica ganhar, tal como hoje, mas hoje o Benfica está em constante reconstrução e a reerguer-se das cinzas como os apaniguados de Vieira gostam de lembrar)). Foi o inicio de uma bela amizade com o banqueiro. Mais tarde, o BES e a PT desaguaram no mundo do futebol – até então muito ligado ao BPI, que montara as SAD do Sporting, FC Porto e Boavista – patrocinando os três grandes e a Selecção.


Durante a guerra foi cuidadoso. O alvo dos processos judiciais foi sempre Vale e Azevedo, nunca o Benfica (sem comentários, para os que sempre acharam que tudo isto era coincidência. Afinal era estratégico...). Na hora da vitória, com o inimigo atirado para a cadeia, soube ser magnânimo, ao converter em 20% (a Sportinvest tem 49,1% da Benfica Multimédia) do capital da Benfica Multimédia os 2,1 milhões de contos que o clube encarnado teria de devolver (e que forma recebidos por Manuel Damásio o qual nunca foi processado por gestão danosa).


Em 1994, afirmou ao EXPRESSO que o segredo para a posição dominante que alcançou no negócio das transmissões televisivas reside no facto de «pagar mais e melhor que os outros» (graças ao monopólio que os amigos da Liga na altura lhe proporcionaram, Pinto da Costa primeiro, Manuel Damásio depois). «O segredo talvez esteja em considerar os meus parceiros de negócios como pessoas inteligentes e de boa fé», acrescentou. Mas esta é apenas uma parte do segredo. A outra parte consiste em ter uma estratégia certa, alicerçada numa formidável rede de relações, amizades e cumplicidades (incluir-se-ão nestas, os Juízes do CSJ e dos Tribunais?) que vai tecendo ao longo dos anos. 


Os clubes de futebol são a base do negócio. Por isso, quer eles, quer os seus dirigentes, são sempre muito bem tratados (por isso Vieira nunca é criticado na comunicação social...). Dar dinheiro a ganhar aos clubes que lhe vendem as concessões de publicidade e os direitos televisivos é um ponto de honra para Joaquim. Por isso, está sempre disponível para substituir-se aos bancos, financiando os clubes nas horas de aperto, em troca do dilatar do prazo de vigência dos contratos ... (quem ainda não sabe como é que o Farense, Salgueiros e Boavista faliram, tem aqui uma explicação ...)


E além de lhes acudir quando estão com dificuldades de tesouraria, Joaquim também soube estabelecer parcerias e laços que duram para além dos mandatos dos dirigentes com que ele cultiva frutuosas amizades. A dimensão desta teia de cumplicidades salta à vista quando se olha para a carteira de participações da Olivedesportos, onde convivem 19,4% do Sporting, 11% do FC Porto, 23,3% do Boavista, 20% da Benfica Multimédia e ainda posições no Belenenses, Braga e Alverca (como já disse mais vezes, o Sr.º Joaquim era accionista de referência da SAD do Alverca, quando esta faliu). A legislação portuguesa não impede esta acumulação desde que os direitos accionistas de voto sejam usados apenas numa sociedade - e ele faz questão de não exercer em nenhuma. (continua)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Inequivocamente II

Portugal, 13 de Outubro de 2011

Através de uma declaração formal na inauguração de uma Casa do Benfica, o Sr.º Vieira anunciou ao mundo benfiquista que “o Benfica apoia inequivocamente o Dr.º Fernando Gomes à Presidência da FPF”. Esta declaração gerou uma onda de comentários desfavoráveis, em particular na blogosfera, pela incompreensão da estratégia que lhe está subjacente.

Como referi no texto anterior, tudo isto só pode surpreender quem acreditou que as eleições de 2000 vinham colocar o Benfica no trilho do sucesso, fosse desportivo, fosse económico. Quem analisou essa campanha eleitoral ao pormenor, percebeu desde logo que a alternativa que desafiou, com sucesso, a recandidatura de Vale e Azevedo, era uma mão cheia de incertezas. Porque a maior parte dos vectores principais da campanha eram incongruentes com as acusação que se fizeram a quem durante 3 anos, tentou fazer o melhor que pôde, depois dos desastrosos e ruinosos 4 anos e meio da gestão de Manuel Damásio.

Adiante. Ao fim de 5 meses o Dr.º Manuel Vilarinho, o tal que ia “ensinar futebol” a Vale e Azevedo, admitia a derrota e convidava o Sr.º Filipe Vieira para gestor do Futebol. O descalabro desportivo tinha vindo para ficar ...

A minha dúvida sobre esta fase da vida do SL Benfica resume-se a isto: será que o Sr.º Vieira já estaria destinado a ser presidente do Benfica, quando Manuel Vilarinho se candidatou, ou se o Sr.º Vieira foi candidato a Presidente porque foi escolhido, ao acaso, Gestor do Futebol? Dadas as ligações que posteriormente se vieram a conhecer, do Sr.º Vieira ao BES (através da sua empresa de construção) e ao Sr.º Joaquim Oliveira (através da SAD do Alverca), começo a pensar que o Sr.º Vieira já estava destinado a ser Presidente do Benfica do BES, da PT e da Olivedesportos. Ou seja, nesta hipótese o Dr.º Manuel Vilarinho foi um cavalo de Tróia que trouxe no seu interior, tudo aquilo que hoje domina e condiciona a liberdade económica e desportiva do Benfica!

Foi assim que o ex - Presidente do Alverca e ex-sócio de FCP e SCP, chegou à Presidência do Benfica: com apoio de muita gente de dentro e de fora do Benfica, sendo que os de dentro fazem parte daquele grupo de românticos que continuam a pensar que é possível regressar ao élan dos anos 60, e os de fora que habilidosamente alimentam o ego dos românticos, a troco do controlo dos interesses económicos e rumo desportivo do Benfica. O Sr.º Vieira é a figura que aglutina todas estas vontades! Todos estes interesses!

Poderia o Sr.º Vieira conquistar a confiança dos benfiquistas mais dados a pensar no futuro do Clube e menos dados a ir na onda do marketing e propaganda que acompanhou a sua chegada? Acho que sim, se os actos de gestão demonstrassem sagacidade, visão, humildade, pureza e amor ao clube!

Mas aconteceu o que eu esperava. O oportunismo instalou-se, a estratégia desapareceu ou era ininteligível, o clube rendeu-se aos preconceitos instalados na comunicação social e o 6º lugar já vinha a caminho.

Primeiro erro de Vieira: associar a equipa de futebol do Benfica a uma equipa de Vale e Azevedo. Isto foi premeditado e abriu portas para fazer desaparecer muitos jogadores de qualidade que foram ter sucesso noutras paragens. A que preço fosse!

Van Hooijdonk foi vendido por 240 mil contos, meses depois de ter custado 1,2 milhões de contos! Marchena dizem-me que foi vendido por 1 milhão de contos. Maniche, Poborsky, Ronaldo, Kandaurov, Calado, tudo saiu de borla. João Tomás vendido por, dizem, 800 mil contos. Convenhamos que na situação difícil que o Benfica se encontrava, foi preciso muita falta de amor ao clube para optar pelo caminho da total renovação do plantel, vendendo ao desbarato para eliminar Vale e Azevedo dos tais sucessos que acreditavam que iam ser alcançados.

Os jogadores em questão vieram a brilhar noutros clubes: Van Hooijdonk foi campeão da Taça UEFA pelo Feynoord, taça nunca ganha pelo Benfica! Marchena foi campeão espanhol, da Taça UEFA e Supertaça Europeia, finalista derrotado na Champions, onde o Benfica ainda nunca esteve no actual modelo. Ronaldo foi campeão pelo Fenerbahce. Maniche ganhou tudo no FCP. Poborsky jogou ao mais alto nível mais uma meia dúzia de anos.

O tempo encarrega-se de colocar as coisas no seu sítio. Inequivocamente! (cont)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Sr.º Joaquim - parte II

(os comentários entre parêntesis e itálico, são da minha autoria e não visam desvirtuar o conteúdo do texto escrito por Jorge Fiel em 25 de Março de 2005)


Em 1984, deitou para trás das costas o cheiro a fritos e assados, passando a dedicar-se à exploração da publicidade nos estádios. Nascia a Olivedesportos, com o capital dividido em partes iguais pelos dois irmãos de Penafiel, a empresa que organizou, profissionalizou e ajudou a revolucionar os negócios do futebol no nosso país (com os empresários de Lisboa a “dormir”, temos de saudar o lado positivo desta revolução “made in” Porto: um aumento de receitas para os clubes, obtida de forma organizada, através da negociação dos direitos televisivos. O pior veio a seguir...).


Antes dos Oliveiras, a publicidade à volta dos campos era uma actividade amadora. Como a soma das receitas conseguidas com a bilheteira e as quotas dos sócios nunca chegavam para fazer face às despesas, os dirigentes dos clubes pediam ajuda aos empresários da terra, oferecendo-lhes em troca espaço nos painéis publicitários.


A Olivedesportos arrancou com as concessões do Chaves (por isso a SIC foi impedida de filmar os resumos que legalmente tinha direito, com a conivência do Major Valentim Loureiro, Persidente da Liga na altura) e do Sporting (como se vê, o SCP pertence ao grupo desde o seu inicio) mas rapidamente cresceu. Dez anos depois já controlava a publicidade estática de 14 dos 18 clubes da primeira divisão (por essa altura aconteceu algo “insólito”. Desceram de divisão Leiria, Tirsense e Estoril, os únicos 3 clubes que ainda não tinham contratos com a Olivedesportos. Não foi coincidência). No início, dedicou-se à compra e venda de jogadores, actividade em que se estreou em 1984 importando os paraguaios Alonso e Cabral para o Rio Ave. Chegou a criar uma sociedade para este negócio, a Futinvest, que tinha como director-executivo José Veiga, antigo presidente da Casa do FC Porto no Luxemburgo, que à época vivia nas boas graças de Pinto da Costa. Posteriormente abandonou esta área de negócio, passando a empresa a Veiga.


A opção era clara. Tratava-se de focalizar a actividade do grupo na exploração da publicidade estática e das transmissões televisivas, negócios que implicavam estar de bem com os clubes a quem compravam os direitos. E as compras e vendas de jogadores podiam introduzir um ruído desnecessário num negócio que deslizava sobre rodas.


Em 1985, intermediou a sua primeira transmissão televisiva de um jogo de futebol (Checoslováquia - Portugal). No ano seguinte, foi visto em Saltillo a carregar painéis de publicidade e a dirigir a sua colocação à volta dos campos em que a selecção portuguesa disputou os três jogos no Mundial do México. Com a sua facilidade em fazer amigos e influenciar as pessoas, o negócio prosperava até ser sacudido pelo sobressalto do nascimento da televisão privada.


O aparecimento da SIC e a vitória de Vale e Azevedo nas eleições do Benfica ameaçaram seriamente o equilíbrio ecológico em que medrava o negócio dos irmãos Oliveira (nessas eleições obviamente terá apoiado a lista do Prof.º Tadeu, continuidade da gestão de Manuel Damásio). O novo canal privado escolheu o futebol para levar os portugueses a sintonizarem o canal 3 nos seus aparelhos, o que agitou o doce e reservado mundo das transmissões, até aqui reserva de caça exclusiva da Olivedesportos.


A SIC abriu as hostilidades, quebrando o monopólio ao pagar 400 mil contos (a preços de 1997, imagine-se quanto ganhava a Olivedesportos) por três jogos (Porto-Benfica, Sporting-Benfica e Sporting-Porto). Seguiu-se o ataque de Vale e Azevedo que mal chegou à presidência do Benfica rasgou os contratos (isto já foi explicado vezes sem conta: declarou nulos os contratos, rasgar foi o que fez Vilarinho com a SIC em 2001) que o seu antecessor Manuel Damásio tinha assinado com a Olivedesportos, e negociou com a SIC direitos de transmissão televisiva pelos quais o seu clube já recebera (é correcto: o Sr.º Manuel Damásio tinha recebido 2 milhões de contos de avanço por um contrato que só se iniciava em 1999. Quando JVA chegou à Presidência do Benfica, não havia dinheiro nas contas. Por conta desse adiantamento, a Olivedesportos entrou na Benfica Multimédia através da Sportinvest, com 49% do capital).


No entretanto o “Record” dirigido pela dupla Cartaxana/Marcelino era a ponta de lança da campanha contra uma Olivedesportos acusada de, em coligação com o FC Porto, controlar o futebol com recurso a meios duvidosos (na altura já era assim, agora é pior desde que esta Direcção do Benfica foi eleita!)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Sr.º Joaquim - parte I


Uma das minhas intenções principais aqui no blogue, é perceber como é que o Benfica evoluiu nos últimos 14 anos, quais os amigos e os inimigos do clube, e como estes foram mudando de campo ou condicionaram o poder democrático dos sócios do Benfica e por tabela, como condicionaram a gestão do clube que ainda hoje se repercute na perda do domínio futebolístico. A publicação da seguinte colecção de textos, visa tentar perceber alguma coisa desta problemática vasta e complexa. Os comentários que apareçam entre parêntesis e itálico, são da minha autoria e não pretendem desvirtuar o texto original.
O texto que se segue tem como objectivo ajudar a perceber como é que um modesto fiel de armazém de Penafiel se transformou num dos homens mais poderosos do nosso país. (Jorge Fiel, Expresso, 25 de Março de 2005).
Joaquim Oliveira começou a vida a cozinhar, lavar pratos e a servir à mesa na Pensão Roseirinha, em Penafiel. Foi a fazer amigos e influenciar as pessoas que se transformou num magnata do futebol e da Comunicação Social.
Nasceu em Penafiel, a 12 de Fevereiro de 1947, filho de Dona Lucinda, proprietária da Pensão Roseirinha, desprovido de qualquer jeito para o futebol - ao invés do que aconteceria com o seu irmão mais novo, António, que se revelou um predestinado. A prenda dele era outra. Trazia como equipamento de origem aquele sexto sentido que lhe permite adivinhar de que lado do pão está a manteiga.
No restaurante da mãe, cozinhava, servia à mesa e lavava pratos. Foi fiel de armazém antes de a tropa o levar para o Norte de Angola. Gostou dos ares da antiga colónia, onde regressou depois de regressar à vida civil. Tinha 23 anos e já era um popular comerciante de Luanda, dono de uma cervejaria e sapatarias, cómoda situação que teve de abandonar, num apressado retorno à metrópole, quando os três movimentos de libertação de Angola se envolveram numa sangrenta e prolongada guerra civil.
De volta ao Porto, o irmão deu-lhe uma mão, ajuda que ele mais tarde retribuiria, com juros, dando-lhe as duas. Vagabundeou por vários comércios – geriu um bar de “strip-tease” no Porto e uma charcutaria em Lisboa - até se instalar em definitivo na capital e deitar âncora nos negócios do futebol, fundando a Olivedesportos em 1984, a meias com o irmão.
Vinte anos depois é rico (os clubes e SAD’s não), poderoso e tem os vícios correspondentes. Fuma dois ou três charutos cubanos por dia e bebe uísque Old Parr. Habita com a mulher, Irene, uma moradia em Bicesse, que tem as paredes decoradas com uma selecção ecléctica de nomes seguros da arte contemporânea portuguesa (Vieira da Silva, Medina e Pomar). O irmão, António, é obcecado por pintura, sendo o maior coleccionador privado de obras de Júlio Resende. Ele prefere os relógios, de todos os feitios, caros e baratos. É coleccionador compulsivo - tem-nos às centenas.
A não ser que tenha um pequeno-almoço madrugador marcado para as sete da manhã, no Tivoli, com o amigo e banqueiro Ricardo Salgado (presidente do BES) prefere deixar passar a hora de ponta na A5 antes de se aventurar em guiar para o escritório nas Laranjeiras, junto à Loja do Cidadão.
A sua maior especialidade é fazer amigos e cultivar relações, artes em que é um verdadeiro mestre, como se prova pelo facto de ter reunido Santana Lopes e José Sócrates em sua casa, quando fez 57 anos. Mal reparou que o golfe era um desporto magnífico para cultivar relações, não hesitou um segundo em comprar lições e encomendar um saco.
A relação estreita de amizade que mantém com o actual (isto foi escrito em 2005) primeiro-ministro remonta ao tempo em que Sócrates foi encarregado por Guterres da campanha para trazer o Euro 2004 para Portugal. Joaquim, cuja rede de influências no domínio do futebol não conhece fronteiras (o que também explica parcialmente o sucesso do FCP lá fora), deu uma preciosa ajuda nos bastidores, abrindo uma porta aqui, desbloqueando um apoio acolá, numa acção decisiva para a vitória final (os apoios pagam-se e neste caso o Sr.º Joaquim apareceu como “financiador” privado do processo. Não foi por acaso que estava ao lado de Madaíl quando a UEFA tornou pública a decisão de escolher Portugal para organizar o Euro2004 e que a decisão de comprar o grupo Lusomundo foi aprovada sem grandes polémicas, apesar da concentração de meios de comunicação social num só grupo económico). Sócrates não esquecerá nunca esses favores. (continua)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Inequivocamente I

Portugal, 6 de Outubro de 2011

Através de uma declaração formal na inauguração de mais uma Casa do Benfica, o Sr.º Filipe Vieira anunciou ao mundo benfiquista que “o Benfica apoia inequivocamente o Dr.º Fernando Gomes à Presidência da FPF”.

Se a muitos apanhou de surpresa, a mim não! E para prová-lo, junto comentário publicado no online de ABOLA, no passado sábado 1 de Outubro, na notícia em que Vieira dá um “ralhete” público a Jorge Jesus, ao mesmo tempo que enaltece o ex-treinador do Santa Clara: http://www.abola.pt/nnh/comentarios.aspx?id=290454
eagle01
01-10-2011 - 15:34
4) compreende-se a "lateralização" de assuntos, quando o passivo da SAD do Benfica está cada vez mais próximo dos 500 milhões e Vieira não explica quando é que afinal vai começar a descer, pois a "cassete" que estamos no bom caminho já cansa, 5) Vieira irá defender mais um voto em Fernando Gomes....

Como diz o povo, só é enganado quem se deixa enganar. Ando desde 2004 (no extinto sitio www.basta2002.com) a defender que o Sr.º Vieira é uma produção do “sistema” que manda no futebol em Portugal, com FCP na charneira desportiva, Olivedesportos e PT na charneira mediática, BES na charneira do financiamento.

Vieira é inequivocamente um Presidente do “sistema”! Como chegou cá?

Quem esteve atento à campanha eleitoral mais mentirosa de que há memória na história do clube, percebeu que nada do que disse Vilarinho batia certo: 1) era o clube que estava na bancarrota mas a seguir queria contratar o Jardel que tinha uma cláusula de rescisão de 7 milhões de contos (35 milhões de euros) no Galatasaray, 2) era o Vale e Azevedo que se queria apropriar da SAD mas a seguir dizia que ele e alguns amigos empresários (que mencionou) tinham prontos 13 milhões de contos (65 milhões de euros) para avançar para as “primeiras necessidades” do clube, ou seja, no aumento de capital da SAD de Vale e Azevedo podiam comprar a maioria das acções e corriam de lá com ele (se de facto tivessem o tal dinheiro), 3) era o Vale e Azevedo que não percebia nada de futebol e ele, Vilarinho, ia-lhe ensinar como se ganha (ele que aceitou o despedimento de Toni campeão e a contratação de Artur Jorge), 4) era o modelo de SAD de Vale e Azevedo que prejudicava o Benfica, e o dele recolhia mais capital e ainda mantinha o clube com a maioria do capital da SAD, etc., etc.

Na campanha eleitoral, o elemento que discutia as questões do grupo empresarial que Vilarinho queria implementar, era o Dr.º Tinoco Faria que por mera coincidência, foi quem representou a RTP na assinatura dos contratos de cedência dos direitos televisivos do Benfica à RTP, através da Olivedesportos, no mandato do Sr.º Manuel Damásio! 

As pessoas acreditaram na campanha mediática contra Vale e Azevedo, muito bem orquestrada pelos poderes do futebol, com a ajuda da Olivedesportos e seus contactos nesse mundo de falsidade e poder. À última da hora foi lançado o maior “trunfo” de todos, o abraço de Eusébio a Vilarinho bem destacado na 1ª página do jornal A BOLA do dia seguinte. E assim Vilarinho ganhou as eleições, quando as sondagens lhe davam derrota 2 dias antes. Ah, Eusébio ganhava 1,7 mil contos por mês com JVA (8 500 euros), depois passou a ganhar cerca de 5 mil contos (25 mil euros) ...

Nunca acreditei que todo o mérito da eleição de Manuel Vilarinho fosse exclusivamente da qualidade das suas ideias para o Benfica, ou da sua equipa. Manuel Vilarinho ganhou as eleições porque a sua lista, em conluio com a comunicação social, criou o “demónio” João Vale e Azevedo. Ora quando temos qualidade não precisamos de achincalhar os outros. E concluí que mais tarde ou mais cedo, iríamos conhecer o VERDADEIRO Manuel Vilarinho: quando tivesse de tomar decisões!

Sinceramente, nunca pensei que logo em Março já estivesse a pedir ajuda a Filipe Vieira, Presidente de um Alverca que lutava para não descer de divisão. Ou seja, o homem que ia ensinar futebol a Vale e Azevedo, ao fim de 5 meses estava derrotado, com o Benfica a lutar pelos lugares da UEFA, acabando por ficar em 6º lugar a pior classificação dos últimos 60 anos, e a melhor ajuda que arranjou foi a do Sr.º Filipe Vieira, Presidente que lutava para não descer de divisão!

A mentira tem perna curta. E o preço a pagar costuma ser caro. Inequivocamente! (cont.)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pragal "Mentiroso" Colaço

Portugal, 3 de Outubro de 2011

Sendo assinante do jornal Benfica, fiquei siderado com um texto subscrito pelo Dr.º Pragal Colaço (doravante PC) e publicado na última edição que saiu na passada quinta feira. Um dos meus lemas no futebol é lutar contra a mentira e por isso, essa é a maior das razões de existir deste blogue denominado BASTA: benfiquistas anónimos saturados de tanta aldrabice!

O texto subscrito pelo referido PC é uma montagem com a única finalidade de continuar a emporcalhar a imagem do ex - Presidente João Vale e Azevedo (JVA) e criar mais uma cortina de fumo sobre os problemas económicos do actual Grupo Empresarial do Benfica. Os factos transcritos não são todos correctos e há omissões propositadas de forma a confundir os leitores, levando-os a tirar as conclusões negativas. Vamos por partes:

1 – Não foi JVA quem vendeu todas as parcelas assinaladas na planta (publicada no Jornal), como ele diz, porque a Urbanização Norte foi vendida na gestão do Sr.º Manuel Damásio. Esta é a única venda que estranhamente ninguém contestou, se foi vendida barata ou não, se o preço por metro quadrado era adequado ou não.

2 – JVA não hipotecou o estádio da Luz como finalidade, mas como consequência. Como o próprio PC reconhece, os terrenos da denominada Extensão da Urbanização Sul pertenciam ao artigo da Conservatória que incluía o estádio do Benfica. Ao dar de hipoteca os terrenos que tinha prometido vender à Euroárea, a Extensão da Urbanização Sul, automaticamente foi hipotecado o estádio. Mas é bom lembrar que o estádio actual está hipotecado aos Bancos e nem por isso PC se incomoda.

3 – O estranho é que quem promoveu o loteamento foi a Direcção de Manuel Damásio, ou outras anteriores, e foi apenas no mandato de JVA que se aprovou esse loteamento, com emissão do respectivo alvará. Só depois disso – parte final do mandato - foi possível criar os lotes e separar os terrenos onde estava o anterior estádio e o actual, dos terrenos vendidos como a Extensão da Urbanização Sul.

4 – Além das garantias hipotecárias que acompanharam o processo de compra e venda destes terrenos à Euroárea, JVA apresentou garantias pessoais e patrimoniais no valor de 9 milhões de contos, como foi esclarecido pelo próprio ao jornal “Público”. PC esqueceu de mencionar isto no seu texto.

5 – Optou também PC por publicar parte da acusação contra JVA, onde o Ministério Público criou o enredo do desvio de um milhão de contas por parte de JVA. Lamentável. Porque essa parte da acusação contra JVA foi anulada pela sentença do Tribunal. Aliás, JVA foi acusado nesse processo Euroárea de 3 crimes, 2 de falsificação e 1 de peculato, mas apenas deram como provado 1 único crime de falsificação. E mesmo este, pareceu ter sido arranjado por medida, já que no acórdão reconhecem que a intenção de JVA seria melhorar o desempenho contabilístico do Clube de modo a sair favorecido perante os sócios, nas eleições seguintes. Que perdeu como se sabe ...

6 – Não há trapalhada na conclusão do processo por parte de JVA, como sugere PC no texto, mas, ao contrário do que este escreve, foi a Direcção de Manuel Vilarinho que criou o problema ao chegar a por em causa a idoneidade da Euroárea que esteve quase a romper o negócio e exigir o cumprimento das cláusulas compensatórias.

7 – PC não o diz, mas o Centro de Estágio do Seixal foi construído nesses terrenos que JVA comprou e de que tanto se falou. O que ainda hoje não sabemos, é qual a área construída não desportiva na actualidade, ou que a Câmara do Seixal aprovou mediante projecto de Vilarinho ou Vieira. Segundo notícias saídas no jornal A BOLA da altura, o projecto de JVA previa 5 mil m2, mas o de Vilarinho ou Vieira previa 110 mil m2. Se isto for verdade significa que o Benfica ganhou muito dinheiro comos lotes assim criados. Mas onde está esse dinheiro? Em que exercício foi incluído o dinheiro da venda dos lotes assim criados?

O artigo do Dr.º Pragal Colaço é uma colagem de meias verdades e meias mentiras que resultam numa MENTIRA completa acerca das intenções e alcance da decisão do Dr.º João Vale e Azevedo em comprar os terrenos do Seixal com permuta parcial com os terrenos da Extensão da Urbanização Sul.

Uma MENTIRA que surge, não por acaso, quando se sabe que o Passivo da SAD do Benfica voltou a subir, apesar da “afamada”, “competente” e “rigorosa” gestão!