sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Trampa azul esverdeada...



Portugal 26 de Fevereiro de 2016

O SCP foi eliminado nos dezasseis-avos de final pelo Bayer de Leverkusen, o FCP idem pelo Borússia de Dortmund, nenhuma destas equipas que luta por um lugar na Champions da próxima época, fez qualquer ponto e em 4 jogos marcaram apenas 1 golo e sofreram 7. Como esperado as capas dos jornais lisboetas BOLA e RECORD desviam a “débacle” futebolística para “canto”, preferindo apostar no derby, tendo como referência a decisão do CJ da FPF em mandar reavaliar 4 lances da dezena que o SCP tinha apresentado contra o Benfica, reportando-se aos dois jogos do Campeonato e da Taça. E claro (qual a surpresa?) dando uma vitória ao SCP nesta matéria, para compensar a derrota no campo alemão que não teve direito a amplo destaque, como teve no ano passado a derrota do Benfica do mesmo treinador, contra o mesmo clube.
Há aqui várias lições a tirar.
A primeira e mais evidente é que os jornais desportivos lisboetas distorcem a isenção e o rigor jornalístico, adoptando ao longo do ano futebolístico vários critérios de selecção dos destaques que se baseiam quase sempre numa regra simples: é contra os interesses, a moral, o sofrimento de FCP e SCP, não se faz destaque. Sendo contra os interesses, a moral e o sofrimento do Benfica, tem direito a amplo destaque quer na capa do jornal, quer nas primeiras páginas interiores, as que se têm acesso mais rápido quando se folheia o jornal.
Tal critério foi também evidente no destaque dado ao penalty bem assinalado a favor do Benfica em Paços de Ferreira, sem cuidar de respeitar a idoneidade do árbitro que se escudou nas leis do jogo que eles não leram antes de decidirem criar um caso mediático nacional. Também não destacaram o lance que precedeu o golo do Paços de Ferreira onde existe uma carga sobre André Almeida que a ser julgada faltosa evitaria toda a polémica do penalty. Se recuarmos ao Braga-SCP da Taça, os mesmos jornais foram procurar nas imagens da TV alguns lances onde, aplicando o microscópio, concluíram existir 1 penalty não assinalado a favor do SCP já no tempo extra, para além do golo mal invalidado por fora de jogo inexistente, e que teria colocado o SCP a ganhar 4-3. Não tiveram este critério no tal lance simples de ver sobre André Almeida.
Resulta daqui que tanto o RECORD como A BOLA, têm funcionado como “gazeta da caserna” dos interesses do SCP nestas matérias. Atropelando o critério do igual destaque conseguem criar situações dúbias que põem o Benfica a ser beneficiado por erros de arbitragem, e o SCP e FCP a serem prejudicados. Quando é precisamente o contrário que, factualmente, se verifica.
Como se sabe, as pessoas falam do que se fala e não do que acontece. Não sei se conseguem perceber a diferença. O que acontece é desmontado em partes que depois são noticiadas, passando a ser os factos da notícia que se falam e não os factos que aconteceram com maior importância ou gravidade dos que foram transformados em notícia. Não admira que o pessoal do SCP seja tão “ordeiro” a desancar na arbitragem, e o pessoal do Benfica seja tão “ordeiro” a desancar nos treinadores e jogadores.
A segunda conclusão que se tira é a partir do silêncio da Direcção do Benfica SAD. Quando se vê os interesses do Benfica serem condicionados via pressão externa sobre a arbitragem, não ver ou ouvir qualquer reacção dos altos responsáveis do Benfica só quer dizer duas coisas: ou estão a marimbar-se, ou acham que não tem consequências. Em qualquer dos casos ou são muito burros, o que não me surpreende, ou privilegiam outros aspectos da gestão mais relacionados com a economia da SAD. Sabendo que essa gestão tem sido desastrosa, com atestam os 280 milhões de divida financeira para 4 campeonatos ganhos em 14 épocas completas, parece-me que se pode tirar a conclusão de que para esta Direcção e este Presidente, a situação do quanto pior melhor é uma bênção. Bênção porque podem despachar alguns jogadores e ter campo aberto para contratar outros com elevados custos para as finanças do Benfica SAD e também para a qualidade da estrutura da equipa, que varia demasiado todos os anos, aumentando a incerteza dos resultados finais.
Por último uma terceira conclusão. Nos programas dos trios e nas páginas dos jornais, vemos os convidados afectos ao Benfica serem inconclusivos, generalistas e pouco respeitados, por não terem argúcia necessária para desmontar os efeitos de esta trampa azul esverdeada. Por exemplo, Rui Gomes da Silva argumentou que o lance do penalty sobre o Benfica é igual a outro sobre Slimani, fora da área (jogo com Boavista). Inacreditável: justificou um eventual erro, com outro erro, quando a resposta estava na lei 12 das regras do jogo!
Há trampa azul esverdeada da comunicação social, temos de juntar a vontade de a “comer” por parte de alguns responsáveis do Benfica. Se assim não fosse, esta trampa já tinha ido para o lixo, pelo intragável que é...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Manipulação mediática



Portugal 24 de Fevereiro de 2016

A polémica criada pela comunicação social a propósito da arbitragem do jogo bem ganho pelo Benfica em Paços, impede-me de efectuar um comentário à derrota/vitória com FCP/Zenit conforme havia prometido no texto anterior. Gostaria de enquadrar ambos os resultados com a táctica do 4-4-2 que tantos defendem, gostaria de falar do excesso de confiança dos adeptos e da equipa no 1º jogo, da maior humildade do 2º jogo e de como isso pode estar relacionado com o melhor desempenho dos jogadores e acerto táctico, apesar de com a mesma disposição de jogadores em campo, num caso termos sido penalizados, e no outro caso termos sido felizes.
Mas não tenho agenda para isso porque em primeiro lugar agora está o caso da arbitragem de Paços mediatizado com as intenções “criminosas” do costume.
O único lance que foi polemizado, o penalty (6º da época) que deu o 2-1 ao Benfica, foi transformado pela comunicação social (analistas de arbitragem, jornalistas ou enquadramento de fotos e títulos) em “erro grosseiro” com implicações graves para a reputação do árbitro e sua segurança física. Repito: a comunicação social, os jornalistas, criaram deliberadamente um caso onde não o houve, com a intenção de “castigando” este árbitro na praça pública, servir de exemplo a outros que irão apitar os próximos jogos, nomeadamente o derby SCP – Benfica que poderá decidir muito nas contas do título. Execrável comportamento vindo da parte de quem exige condições de segurança para exercer o seu trabalho, quando em ambiente adverso, ou de quem contesta os condicionamentos que tem ao seu trabalho quando os clubes lhes limitam um pouco os movimentos (em particular o FCP)...
Não houve qualquer erro do árbitro, como bem assinalou o Observador (e que tanta confusão causou ao RECORD, com direito a Capa na edição de hoje), porquanto a lei 12 das regras da arbitragem, diz o seguinte: Um pontapé-livre direto será concedido à equipa adversária do jogador que no entender do árbitro cometa, por negligência, por imprudência ou com força excessiva, uma das sete infrações seguintes: (1) dar ou tentar dar um pontapé num adversário, (2) passar ou tentar passar uma rasteira a um adversário, (3) saltar sobre um adversário, (4) carregar um adversário, (5) agredir ou tentar agredir um adversário, (6) empurrar um adversário ou (7) entrar em tacle sobre um adversário.
Há mais 3 situações em que independentemente da negligência, etc., pode ser assinalado livre directo, mas para o caso em concreto a resposta está aqui bem evidente: a decisão de marcar a grande penalidade foi acertada!
Ora a comunicação social pegou em quase tudo que pôde, omitiu dados relevantes (como a transcrição da lei 12), manipulou imagens fotográficas (colocando fotos da frente de Jonas quando o árbitro estava no enfiamento das costas de Jonas), noticiaram as declarações de Eurico Gomes que se manifestou “enojado”, noticiaram os comentários da Newsletter do FCP (que foi beneficiado de 1 penalty para salvar o jogo frente ao Moreirense), noticiaram tudo que foi comentado nos programas dos trios por parte dos representantes rivais do Benfica, noticiaram a deslocação dos SuperDragões ao restaurante do pai do árbitro, noticiaram o teor do registo no livro de reclamações, e já hoje (4 dias após o jogo) o que diz Pinto da Costa (FCP que foi beneficiado por 1 penalty sem ninguém conseguir perguntar-lhe o que achou desse lance) e criaram assim uma situação inadmissível contra uma pessoa inocente (e mesmo que não fosse...), considerando que não vivemos num protectorado do Estado Islâmico mas sim num espaço europeu moderno e civilizado.
A reacção da Direcção do Benfica é mais do mesmo: uma encenação! Vieira vem pedir para os deixarem a falar do Benfica (quando eles estão a falar da arbitragem que “beneficia” o Benfica) mas ao mesmo tempo permite que os representantes do Benfica nos programas televisivos, dois deles funcionários ou dirigentes da SAD, falem dos clubes adversários... Mais uma encenação de alguém que nunca quer afrontar a comunicação social, não vão eles devolver com notícias incómodas do seu passado.
O que nunca iremos ver referido por estes dias, já que a estratégia do Benfica é fazer de conta que existe uma estratégia, que não existe, aceitando este condicionamento inadmissível para o derby, é que 1) o erro maior do árbitro foi ter validado o contra ataque que deu o golo do Paços, e que foi precedido de falta sobre André Almeida, sem que a mesma comunicação social “criminosa” tenha dado relevância (há 15 dias em Belém, um toque de Renato Sanches com o braço no pescoço de Sturgeon que se encontrava nas suas costas, também foi mediatizado e tornado caso nacional, quando o Benfica ganhava 2-0), 2) este árbitro validou o 2-2 do Moreirense na Luz, aos 83 mn da 1ª volta, em claro fora de jogo (valeu depois o golo da vitória de Jonas aos 87 mn), 3) este árbitro assinalou penalty a favor do SCP que foi convertido e deu vitória por 1-0 do SCP sobre o Estoril, estando o avançado que sofreu a falta, em claro fora de jogo.
Já uma vez disse que qualquer dia Vieira vende a águia do emblema e põe lá um pardal, pois parece-me mais adequado ao símbolo dos benfiquistas nos tempos que correm...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Vitamina R



Portugal 12 de Fevereiro de 2016

Logo mais joga-se um dos encontros mais importantes da época, pois os jogos contra FCP ou SCP são sempre mais difíceis do que com as outras equipas. Digamos que não estão em causa apenas 3 pontos, mas mais que isso.
Efectivamente, na pior das hipóteses, perdendo, podemos ficar 3 pontos atrás do SCP e 3 pontos cima do FCP. Na melhor das hipóteses podemos ficar 9 pontos à frente do FCP e 3 à frente do FCP. Entre estes dois extremos, há um conjunto de mais 6 combinações de resultados que dão para alimentar o imaginário de cada adepto.
Tenho para mim que apenas a vitória interessa, como aliás em qualquer jogo.
A surpreendente recuperação do Benfica está não só aliada aos bons resultados conseguidos depois da derrota caseira com o SCP (8ª jornada) mas também com os maus resultados feitos pelos rivais que têm perdido muitos pontos. Para ser campeão é preciso ter alguma estrelinha, e a nossa tem aparecido nos jogos de SCP e FCP.
Contudo não podemos desvalorizar o facto de termos também feito bons jogos, não podendo esta evidência ser dissociada da entrada de Renato Sanches em jogo. 15 minutinhos com o Tondela, titularidade com a Académica. Até hoje...
E o futebol do Benfica, o futebol pensado pela “estrutura” para esta época, mudou como da noite para o dia. Temos mais pulmão no meio campo (fazendo preterir Talisca), temos mais dinâmica atacante e mais cobertura defensiva fruto das movimentações de RS. Ou seja, marcamos mais golos e sofremos menos do que até então. A somar a isso, dois golos absolutamente fantásticos, um dos quais valeu 3 pontos na difícil saída a Guimarães.
O futebol do Benfica melhorou, os resultados melhoraram (apenas 1 empate cedido no campeonato), o goal-average melhorou, faltando testar este “novo” Benfica com adversários mais fortes. É sempre bom recordar, coisa que os mais entusiastas por vezes esquecem, que neste período em que apareceu a Vitamina R(enato), não conseguimos eliminar o SCP da Taça (apesar de estarmos empatados no final dos 90 mn), nem conseguimos pontuar frente ao Atlético de Madrid (que na altura até atravessava uma boa fase).
Ou seja, a Vitamina R não garante vitórias em todos os jogos.
Hoje teremos mais um teste, com a particularidade de, ganhando, deixarmos o FCP a 9 pontos de distância. O que convenhamos, com um árbitro do Porto não creio que seja fácil, ou até possível... esse árbitro também está ciente da importância que o jogo tem para o clube da sua cidade, o clube do seu coração. Ora no passado, vimos como ele errou contra o Benfica em decisões fáceis de tomar, fosse em jogos contra o FCP, fosse em jogos contra o SCP (arbitrou a única derrota de JJ frente ao SCP em 12 jogos para o campeonato). Foi também este que arbitrou o Braga 4 – Guimarães 3, na época 2009/2010 (1º título com Jesus), assinalando 4 penaltys a favor do Braga, para assim manter a pressão sobre o Benfica. Ainda hoje há adeptos que desvalorizam esse campeonato por ter sido disputado até à última jornada... A inteligência nunca chega para todos...
Portanto vamos ter um jogo que para além da dificuldade de sempre, uma vez que jogos com FCP ou SCP são sempre de tripla, independentemente do estado anímico das equipas, ainda teremos seguramente de levar com um árbitro que irá “gerir” o jogo. E não será em favor da verdade desportiva, porque para isso bastava “arbitrar”.
Vamos ver. Confio na Vitamina R, confio no efeito positivo que imprimiu à equipa, e confio que vamos dar sequência à série de bons resultados. Vamos ver.
(Por me encontrar de férias no estrangeiro a partir de amanhã e até à próxima 5ª feira à noite, não poderei comentar qualquer que seja o resultado do jogo).


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Um Maxi Taarabt do Carrillo...



Portugal 5 de Fevereiro de 2016

Finalmente terminou a chamada “janela de Inverno” onde os clubes aproveitam para fazer ajustes aos planteis, seja contratando “reforços” seja vendendo, cedendo ou despachando alguns excedentários que precisem de jogar para se encontrarem com o futebol, e se valorizarem na expectativa de realização de mais-valias.



Com o aumento de receitas, o Benfica poderá “acelerar a redução do passivo”, mesmo que, garante, “as necessidades financeiras de curto prazo estejam garantidas há muito”. E assim, diz, se cumprirá a terceira etapa da sua era. “Há 12 anos, tivemos de ‘salvar’ o clube. Depois, foi necessário criar infraestruturas, o que obrigou a criar dívida. Apostou-se no projeto desportivo, e agora chegou o momento de amortizar a dívida. Seguramente que pelo menos parte substancial deste contrato será para reduzir passivo” – Luís Filipe Vieira, Expresso, 08/12/2015
Como sempre tenho defendido, Vieira é uma farsa que o “sistema” meteu no Benfica, para controlar um clube impedindo-o de estar ao nível de outros grandes emblemas europeus. Como é uma farsa, fala cópias que lhe escrevem e que revelam lapsos atrás de lapsos. Nesta entrevista ao Expresso, Vieira refere que há 12 anos, em 2003 portanto, tiveram de salvar o clube. Ora quem era Presidente do Benfica? Manuel Vilarinho. Quem era o gestor do futebol? Filipe Vieira! Mas de facto é apropriado dizer que salvaram o clube, pois esses dois tudo fizeram para o destruir, gastando o pouco que o “crucificado” Vale e Azevedo tinha deixado, nomeadamente uma estrutura económica em crescendo, um treinador de futuro (José Mourinho, na altura apelidado de tradutor) e uma equipa de futebol onde pontificavam jogadores de qualidade como Marchena (depois campeão do mundo sub 20) e Van Hooijdonk (depois vencedor da Taça UEFA).
Mas os lapsos também se estendem às infra-estruturas, pois é sabido que a divida financeira do Benfica atinge cerca de 280 milhões de euros, e o estádio mobilizou “apenas” 80 milhões. Se incluirmos o Centro de Estágio do Seixal, possivelmente estaremos a falar de 100 milhões de euros em infra-estruturas. Ora, para onde foram os outros 180 milhões? Para jogadores e negociatas...
É com a compra e venda de jogadores que o Benfica tem empobrecido (a maior parte do património e até passes de alguns jogadores estão hipotecados) e que os empresários têm enriquecido em negócios estranhos que ninguém percebe. E é sobre estes negócios que importa colocar o foco, pois não podemos dissociar a má situação económica do Benfica com as opções da Direcção de Vieira que se em 2003 esteve prestes a arruinar o Benfica, em 2015 pouco melhor estamos, pois a divida financeira e os custos anuais da mesma, são colossais.
Quero um treinador ganhador, que não tenha medo de apostar nos nossos miúdos ou nos nossos jovens da escola de talentos, que seja capaz de construir um projeto integrado desde os escalões de formação até ao futebol profissional” – Filipe Vieira, Record, 04/06/2015.
A Direcção do Benfica e máquina de propaganda fizeram crer que a saída de Jesus para o rival se deveu especialmente à não aposta nos jovens da Formação. Apesar da Direcção do Benfica, a tal “estrutura”, ter antes disso vendido vários jogadores que Jesus havia lançado (curiosamente), como Nélson Oliveira, André Gomes e Ivan Cavaleiro, bem como outros que tiveram aparições fugazes na equipa como João Cancelo, Bernardo Silva e Hélder Costa.
Passados estes meses todos constata-se a mentira que houve em todo esse processo, uma vez que as razões da saída do treinador bicampeão nunca se prenderam com apostas na formação mas noutras que não quero aqui polemizar. O que quero sublinhar é que neste período Rui Vitória apostou em Gonçalo Guedes, por causa da lesão de Sálvio, apostou em Nélson Semedo por causa da dispensa de Maxi Pereira e apostou em Renato Sanches por causa de algumas lesões e castigos de jogadores do meio campo. Não vejo qualquer intencionalidade estratégica nestas apostas, mas tão-somente apostas circunstanciais. No caso de Renato isso é evidente pois apenas se lembraram dele na 9ª jornada. Hoje é o jogador mais valioso de sempre da Formação...


Estamos no tempo de apostar nos talentos gerados no Seixal, num modelo que equilibra a competitividade desportiva com a redução do nosso endividamento.”” – Filipe Vieira, BOLA, 09-10-2015.

Como se vê a aposta nos jovens é uma “tanga” para iludir (aldrabar em calão) os adeptos, mas essa convicção sai mais reforçada quando se analisa a politica de contratações, seus custos e suas implicações, na presente época. Assim a aposta na “Formação” permitiu a Vieira gastar 2,9 milhões no premio de assinatura, com um salário bruto anual de 2,3 milhões em Taarabt. A contratação de Francisco Vera (suplente na equipa B) custou 2,9 milhões de euros (salário não revelado). A contratação de Grimaldo e Jovic custaram em conjunto 3,7 milhões de euros. A contratação de Carrillo custou 4,5 milhões pela assinatura (dele e empresário) e um salário bruto de 4 milhões anuais. Assim sem grande pormenor, Vieira, escudado na “cassete” da formação, redução de custos e utilização dos contratos televisivos para abater à divida, gastou a módica quantia de 14 milhões de euros (!?!).
Se a isto somarmos as verbas gastas com Murillo, Pizzi, Raúl Jimenez, ficamos perto dos 30 milhões de euros que todos os anos Vieira costuma gastar, apesar de este ano ter aparecido a cassete do “endividamento”. Porque ao “faz que é” Presidente do Benfica importa contratar e pagar comissões, sem qualquer objectivo desportivo mas simplesmente gastar, enriquecer uns quantos e manter a divida financeira elevada pois isso custa mais de 23 milhões de juros por ano. E assim o Benfica não sai do “buraco”!
Três notas finais: 1) o salário oferecido a Maxi Pereira, com 8 anos de provas dadas, foi de 3 milhões de euros brutos, mas a Carrillo foram dados 4 milhões, 2) Jesus com um salário bruito de 4 milhões por época, ganhava muito segundo a máquina da propaganda onde se incluem alguns dos ditos “notáveis”, 3) Vale e Azevedo nunca negociou contratações com empresários, só nas vendas.
Cada um que tire as conclusões que quiser, mas é para mim evidente que não há qualquer estratégia desportiva neste Benfica de Vieira, apenas uma estratégia económica que enriquece todos, menos o Benfica...