Portugal 23 de Novembro
de 2015
Mais uma derrota
com o SCP, esta obtida no prolongamento e em
condições quase dramáticas, dadas as incidências do jogo até final. Mais
uma competição que se vai perante o silêncio de Vieira, o tal “faz que é
presidente do Benfica” e que lê bem os discursos que lhe escrevem na
inauguração ou reinauguração de cada Casa do Benfica.
O título deste
texto pode sugerir uma abordagem a esta derrota distinta da que de facto vou
começar por fazer.
As minhas reflexões e pensamentos vão em primeiro lugar para Luisão e
Samaris, ambos vitimas das incidências
do jogo e das manobras do árbitro do costume, Jorge Sousa, o tal árbitro que –
repito – derrotou Jorge Jesus na final da Taça perdida para o Guimarães de Rui
Vitória. Na altura, os ingénuos ou ingratos preferiram colocar a tónica em JJ,
mas 3 anos depois cá está a evidência: Rui Vitória já perdeu duas competições
para o adversário, neste caso treinado por Jorge Jesus. Nada acontece por
acaso. Deixem-me ser petulante porque vou
recordar o que escrevi aqui no blogue em Maio de 2013: “(na derrota com Guimarães, final da Taça de
Portugal) Não perceber como o árbitro pode arruinar ou condicionar a nossa
equipa, é continuar a não perceber a estatística e porque os resultados se
repetem. Assim, repetindo o critério que já tinha tido contra o Koeman, permitiu um critério disciplinar largo aos
jogadores do Guimarães, e curto aos jogadores do Benfica. Ao intervalo o
miolo do nosso meio campo estava condicionado, enquanto os jogadores do
Guimarães, jogavam à vontade, sem medos”. Texto “Anormalidades da Taça”,
publicado em 28 de Maio de 2013.
Na sequência de tudo
isto e sempre perante o silêncio da pseudo-Direcção, da pseudo-estrutura, esta
è a 4ª eliminação do Benfica na Taça, arbitrado
por Jorge Sousa! Koeman, Chalana, Jesus e Vitória foram as 4 vítimas!
E feita esta recordação
tenho de recuar ao pensamento em Luisão,
que partiu um braço na sequência de um penalty que o árbitro não quis ver, aos
118 mn de jogo, e tenho de pensar no
Samaris que aos 45 mn levou uma cabeçada de Slimani, ao lado de Pizzi que
jogava a bola, e que o árbitro também não quis ver. Estava 0-1 a favor do
Benfica, e percebe-se que o resultado do jogo poderia ser diferente do que
acabou por ser, passando o SCP a jogar com 10 contra 11 jogadores moralizados
do Benfica. Até porque Slimani está no lance do 1º golo, naquela bola estranha
que disputou com Luisão.
E assim não posso ter palavras para desancar nenhum
dos que estiveram dentro das 4 linhas, pois deram o que sabem e o que podem,
e isso poderia ter chegado para eliminar o SCP.
É muito mau ter um
braço partido sem que o árbitro marque penalty, é mau ter um jogador expulso
com 2 amarelos em 3 mn, ele que foi agredido de forma brutal no ângulo de visão
do árbitro, assim como é muito mau ter uma
“estrutura” que só aparece nas vitórias e nas derrotas deixa sempre que a
comunicação social faça o trabalho do costume, que é branquear a derrota do
Benfica com hinos ao Slimani (ele que deveria ter sido expulso), ou com
dissertações sobre se Vitória tem o lugar a prazo ou não. Não me recordo de
terem feito nada disso quando o SCP perdeu com o CSKA, ou quando perdeu com o
Skanderbeu!
E como temos uma muito
má “estrutura” (como sempre defendi) desculpem
mas não consigo chegar às tretas do “não jogamos nada”, “Marco Silva é que
devia ter sido contratado e não Rui Vitória”, “o plantel é mais fraco do que na
época passada” (conclusão que aliás é incorrecta), “precisamos de reforços”,
etc., porque isso é continuar no mesmo
sitio onde estamos vai para 20 anos: acreditar que é possível ganhar contra os
erros dos árbitros!
Porque não é, e os 3
jogos contra o SCP esta época, demonstram isso com nitidez e com os mesmos
erros dos mesmos árbitros que têm acontecido nestes últimos anos: Jorge Sousa,
duas vezes, Carlos Xistra uma vez.
As derrotas do Benfica começam e acabam em Vieira. Não há mais
almofadas possíveis de colocar entre ele e 14 anos de insucessos que custaram
280 milhões de divida financeira, e apenas foram quebrados durante 6 anos pelo melhor treinador que
passou no Benfica nos últimos 30 anos, mas que foi rejeitado porque íamos alterar
o paradigma do plantel para 20+5, 20 jogadores e 5 da formação.
Tudo mentiras, tudo expedientes para implementar uma estratégia
inconfessável, que é menorizar o Benfica face aos rivais.
Mesmo que Jesus fosse
para o estrangeiro, mudar de treinador quando a equipa jogava com a qualidade que
jogava, qualquer que fosse a escolha do novo treinador, seria sempre um começar
de novo. E um começar de novo, com novos
métodos e tácticas do novo treinador mas com a arbitragem dos truques e
manigâncias, acarretaria sempre um risco grande que poderia não garantir um
final feliz. E é o que se está a ver.
Nisto tudo o que mais
lamento é o silêncio arrepiante da
Direcção perante a fractura de um braço de um dos jogadores com mais jogos na
história do Benfica, ou da expulsão injusta de outro jogador que antes disso
foi agredido. É esse silêncio conivente
com os poderes do futebol, que mais me arrepia. Pelo cinismo...