segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Tão transparente como a carne de porco


Portugal 30 de Dezembro de 2012

O fim do ano aproxima-se. Confesso que nestes últimos tempos tenho andado confuso com vários tipos de acontecimentos que resumem este ano a um conjunto de equívocos. Equívocos que perpassam por vários dos últimos anos da nossa vida. Basicamente nada muda. Somos como somos, erramos como erramos.
Não pretendo fazer um balanço do ano, mas aproveito o momento para escrever sobre coisas que se passaram e passam. Pegando na última edição do jornal Benfica, fiquei estupefacto com o título do artigo de opinião de Pragal Colaço: “algum dia em 2013 poderemos afirmar que foi transparente?”. Não foi este um dos que mais contestou a alegada “falta de transparência” (fora o resto, eu sei) da gestão do Dr. Vale e Azevedo? Afinal, ao fim destes anos todos, concluo que a transparência não qualifica a nossa vida, porque muita gente recorre à falta dela para atingir os seus objectivos. E outros entendem-na consoante as necessidades.
Neste âmbito poderei abordar as contratações de Sálvio, Lima e Ola Jonh, contratações sem motivação transparente, incompreensível para quem gosta do clube. Não compreendi que se contratassem 2 médios ala, despendendo cerca de 13 milhões de euros (num só temos 20%), quando na época anterior, os jogadores dessas posições, Nolito, Bruno César e Gaitan, tinham cumprido com satisfação, marcando golos, fazendo assistências e sendo, jogadores que, reconhecidamente, não interferiram na perda do campeonato. Ou se troque Saviola por Lima, dando a Lima maior salário que a Cardozo.
E como estas opções não são transparentes, compreendo que a comunicação social, com os órgãos do Benfica em particular, não se cansem de promover os desempenhos dos novos recrutas, de forma por vezes patética. É o Lima “isto”, o Sálvio “aquilo”, o Ola Jonh “mais aquilo”, etc. Há que justificar, pela opinião, a má decisão da contratação (os golos e assistências dos novos jogadores não suplantam o dos outros que ficaram “tapados”) mas a boa decisão para os amigos do “sistema”: o Braga recebeu 5 milhões por um jogador que em Janeiro ficava livre, o FCP recebeu o dinheiro que o Atlético de Madrid devia. Do Ola Jonh não percebi porque razão tendo apenas 20% do seu passe, se aposta nele para tapar jogadores cujos passes nos pertencem a 100%.
O responsável maior por estas decisões, Luís Filipe Vieira, entretanto publicou um livro intitulado “Missão Benfica”. Escreve como se nada disto fosse com ele, nada dos milhões de prejuízo que causou no imediato (o preço que se pagou pelos jogadores em causa, e a desvalorização dos que cá estavam a jogar bem) e nada do prejuízo desportivo que já provocou (eliminação da Champions e primeiro empate na Taça da Liga, desde há 4 anos, com 1 penalty falhado por Lima). A máquina de propaganda que está por trás de Vieira, por vezes dá a sensação que o pretende equiparar, pelo “mérito e génio empresarial”, a uma espécie de Steve Jobs do futebol. Estamos a falar do mesmo Luís Filipe Vieira que no Alverca, desceu de divisão. Como a propaganda tudo faz esquecer …
Esse livro de facto tem um título errado, pois devia chamar-se “Missão BES - endividar para existir”. Não compreendo que seja escrito ao fim de 11 anos como gestor do futebol e presidente do Benfica, e com várias ameaças de saída pelo meio. Quando se tem como missão reerguer o clube que amamos, como ele diz, não esperamos 11 anos para escrevermos que é isso que andamos a fazer. Nem fazemos ameaças pelo meio. Quando há uma estratégia, ela tem que se impor pela qualidade. E pela clareza dos seus objectivos.
Estupefacto também fiquei com a sugestão, no SAPO online, de que a derrota do SCP em Vila do Conde, ainda permitia alimentar algumas hipóteses de qualificação. Matemáticas, eu sei, mas mesmo assim há coisas que a matemática também prova: caso o Paços não vencesse o Marítimo, o SCP precisaria de fazer um daqueles resultados que ainda não fez esta época, para se poder apurar. Portanto…
E por falar em SCP, aqui se vê o exemplo de um clube que por mudar muito quando não ganha, se arrisca a cair no abismo. No futebol, tal como às vezes na vida, deve procurar-se a solução na “contra lógica”, nas opções que fogem aos lugares comuns: no bom senso de verificar se era possível fazer melhor, com os outros treinadores e respectivos plantéis. Ou seja, se tivessem o bom senso, a sageza e a coragem de ficar como estavam, seguramente agora estariam melhor. Um tema à atenção de alguns adeptos do Benfica que mudavam de jogadores e treinador todas as semanas…
Falta de transparência foi coisa que não faltou na eleição de Pedro Proença como “figura do ano” para o jornal A BOLA. Qual o critério: ter sido escolhido para apitar a final da Champions League, ou ter oferecido o título de campeão ao FCP? Se fosse por mérito desportivo, teria de ser escolhida a equipa que ganhou a 1ª medalha (de prata) de sempre, para Portugal, nas provas de remo dos Jogos Olímpicos. Se o critério foi a acção continuada, esta eleição de Proença sugere conivência entre o jornal A BOLA, patrocinador - no campo da opinião - da actual Direcção do SLB, e o “sistema” de arbitragens que dá títulos ao FCP.
Porque no futebol tudo se liga, ouvimos Maradona elogiar Mourinho, quando da eleição de “melhor treinador do Mundo” (e não ganhou a Champions, que faria se tivesse ganho). Seria sem dúvida um elogio inocente, se não fossem ambos representados por Jorge Mendes. Mas também ouvimos Mourinho elogiar Luís Filipe Vieira antes das eleições e ouvimos Pepe e Bruno Alves defenderem Meireles no caso da expulsão na Turquia. Onde há Jorge Mendes, as coisas nunca acontecem por acaso.
Bom ano para todos e muitas vitórias do Benfica em 2013.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O fim do mundo ...


Portugal, 21 de Dezembro de 2012

No calendário Maya, o dia 21 de Dezembro de 2012 seria o dia do final do mundo, tal como o conhecemos. Sinceramente não dou muito para este tipo de peditórios, pelo que não conheço muitos pormenores sobre a profecia. Apenas sei que hoje o mundo devia ter acabado...
Fazendo fé também, no que dizem e escrevem muitos analistas económicos, com requintes de profecia, o Benfica já devia estar falido e entregue aos bancos. Esquecem que ao contrário dos Mayas, o Benfica tem o maior número de sócios do mundo e isso vai fazendo alguma diferença....
De coisas estranhas se faz também o futebol. Não que sejam propriamente o fim do mundo, mas não deixa de ser curioso que o Moreirense e a Académica tenham jogado duas vezes em casa do primeiro, uma vez para o campeonato, outra vez para a Taça da Liga. E nos dois jogos, intervalados de 4 dias, o resultado foi o mesmo: 2-2. Com a particularidade que em ambos os jogos, houve uma equipa a vencer por 2-0, e a ceder o empate no período de compensações. Num caso foi o Moreirense, no outro a Académica.
Também já aconteceu ao Benfica nas competições europeias. Em 1996 quando estávamos a perder 2-0 em casa do Roda e de repente o Hassan e o Marcelo, fizeram dois golos, e a eliminação que os locutores anunciavam, terminou em empate-vitória. Depois repetiu-se em 2007 quando o Nuremberga marcou 2 golos, ultrapassando o 1-0 da Luz. Mas Di Maria e Cardozo marcaram mesmo a acabar e a derrota passou a outro empate com sabor a vitória. Não foi o fim do mundo mas que houve explosões de alegria na nação benfiquista, isso houve...
E que dizer do FCP e dos seus dois guarda-redes, que a nenhuma outra equipa é permitido? Eu diria que não me importo se não jogassem 10 jogadores de campo. Agora, 10+2 é que não vale... mas para quem está habituado a jogar com 14, até é caso para protestar por terem menos um jogador do que deviam. Talvez por isso o Helton já pede para deixarem jogar com 3 guarda-redes.... Não é o fim do mundo, é simplesmente o campeonato “portoguês” ...
E que dizer do SCP? Sai Domingos porque não atinge resultados, a seguir vem o Sá Pinto campeão de juniores, aspirando uma promoção igual à de Paulo Bento. Mas não perceberam que no Benfica já não estão Koeman, Fernando Santos, Camacho, Chalana e Quique Flores. E Sá Pinto foi despedido. Contratam-se mais jogadores, mas despede-se o treinador que os mandou contratar. A seguir vem o Oceano, podia ser que à terceira cópia de uma promoção do campeão de juniores viesse outro Paulo Bento, mas afinal aquilo só durou 3 ou 4 jogos. É que nós, continuamos a ter Jesus...
Sai um Oceano, vem um Franky com aspecto de “sem abrigo”. Afinal conclui-se que os jogadores que eram bons para Domingos, o qual tinha de ter conseguido melhores resultados, afinal não são bons jogadores e só andam atrás do salário. Que culpa tinha então o Domingos? Quais as chances de Franky chegar ao fim da época? Não sei, não é o fim do mundo, mas pode ser o fim do SCP como ilustre terceiro grande clube português...
Vem o Jesualdo, recém despedido do Panathinaikos, e uma pessoa foi detida na Assembleia da República por gritar que a “democracia é uma ilusão”. Portugal, tal como o SCP.... É o fim do mundo...
Chegou ao fim o ciclo do fim do mundo dos Mayas, irá iniciar-se o novo ciclo, bug, ou outra coisa qualquer, para o ano N... aproveitemos enquanto cá andamos.

Felizes festas para todos...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Vou fazendo o meu trabalho ...


Portugal, 14 de Dezembro de 2012

Quero fazer bem o meu trabalho e até agora tem saído bem. Vai haver sempre público que não gosta do meu jogo, mas é normal. Vou fazendo o meu trabalho e é o mais importante”, afirmou Cardozo após mais uma boa exibição em Alvalade. Salvaguardando as devidas distâncias, também procuro fazer o meu trabalho, apesar de haver quem não goste. Tal como com acontece com Cardozo.

Apesar de se ter escrito muita coisa sobre o último derby ganho pelo Benfica (uma vez mais na era Jesus), julgo que ainda há espaço para dizer um pouco mais sobre a nossa exibição e sob as declarações pós jogo.

Com base na estatística das diversas fases do jogo, podemos construir as principais incidências do mesmo e tirar as conclusões mais objectivas. A partir do site da Liga de Clubes, obtive as seguintes estatísticas:

20 mn: tínhamos 0-1 em situações de golo, 2-3 em remates, 0-1 em remates à baliza, 5-1 em faltas, 0-3 em cantos, 1-0 em cartões, 50% de posse de bola. 0-0.

30 mn: tínhamos 0-2 em situações de golo, 2-4 em remates, 0-2 em remates à baliza, 5-2 em faltas, 0-3 em cantos, 1-0 em cartões, 55% de posse de bola. 0-1.

45 mn: tínhamos 2-2 em situações de golo, 6-5 em remates, 1-2 em remates à baliza, 6-7 em faltas, 0-3 em cantos, 2-0 em cartões, 57% de posse de bola. 0-1.

65 mn: tínhamos 4-3 em situações de golo, 10-6 em remates, 3-3 em remates à baliza, 8-7 em faltas, 1-4 em cantos, 2-0 em cartões, 57% de posse de bola. 1-1.

85 mn: tínhamos 9-4 em situações de golo, 17-7 em remates, 8-4 em remates à baliza, 9-13 em faltas, 2-4 em cantos, 2-3 em cartões, 57% de posse de bola. 3-1.
Os instantes em que saquei esta informação, foram puramente aleatórios. Talvez fosse mais correcto tirar dados aos 60 e 75 mn, e não aos 65 e 85 mn, mas na altura com a emoção em alta não pensei na uniformização de intervalos.
Apesar deste pormenor, parece-me poder concluir-se que o Benfica não deu 45 mn de avanço, como muito analista desportivo afirmou. Entre os 30 e os 45 mn o Benfica aumentou a posse de bola, o número de remates, de remates enquadrados com a baliza e de situações de golo.
Os primeiros 20 mn, apesar do equilíbrio na posse de bola, deram um SCP mais afoito na abordagem da baliza adversária, ao contrário da nossa equipa que pareceu ter dificuldades de contrariar o jogo do SCP. E isso reflectia-se nas zero situações de golo. Até aos 30 mn o Benfica cresceu na posse de bola mas foi o SCP quem continuou a abordar mais e melhor a nossa baliza.
A partir daí só deu Benfica. Quando empatamos o jogo, estávamos claramente por cima do SCP em praticamente todas as variáveis.
Dito de outra maneira, não vejo qual o problema que num determinado (e curto) período de tempo, o adversário ter sido mais esclarecido do que nós. Ou seja: o SCP não dominou o Benfica nesse período inicial, simplesmente leu melhor o jogo e foi mais eficaz no que interessa: remates e situações de golo.
Na minha opinião, apesar de Jesus dizer que o Benfica “respeitou o SCP”, penso que esses 30 mn iniciais foram menos eficazes por 2 motivos: (1) demoramos mais do que o habitual a encaixar-nos no jogo deles, (2) foram-nos assinaladas mais do dobro das faltas do que ao adversário, o que retardou o nosso esclarecimento táctico. Feitos os ajustes, com um golo fortuito do SCP pelo meio (WW não marca de baliza aberta, haveria de marcar aquele golo difícil...), veio ao de cima a melhor qualidade da nossa equipa. Que é uma comparação que ultrapassa o SCP, mas aplica-se a todas as equipas que já jogaram contra nós, mesmo as duas que nos retiraram pontos.
Por último, o presidente do Benfica ao chamar aldrabão ao ex-presidente do Benfica, Dr.º Vale e Azevedo, bem como ao presidente do SCP, mostrou de que massa é feito. Há pessoas que por muito dinheiro que ganhem na vida (nem sempre de forma transparente e fiscalizada) nunca deixarão de ser aquilo que sempre foram: pessoas de baixo nível.
Do Eusébio “Whisky” da Silva Ferreira, nem vale a pena comentar. É apenas mais um comentário ao nível da cultura que o Sr.º Vieira trouxe para o clube: mentira, arrogância e falta de fair-play, como já se observara no apagão e na rega do relvado da Luz, para tapar toda a incompetência que levou o FCProstitutas e café com leite, a celebrar um inédito título em nossa casa. 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Balanço de Campeões


Portugal, 8 de Dezembro de 2012

Depois de termos ultrapassado com distinção as duas anteriores finais com Spartak e Celtic, apesar do melhor resultado de sempre obtido ontem em Barcelona, ficamos de fora da Liga dos Campeões e fomos remetidos para a Liga Europa. Nada que tire brilho à excelente campanha que fizemos nesta edição. Vamos a números.

Este Benfica sem Javi Garcia e Witsel (só jogou na Escócia) peças fundamentais no 4-2-3-1 da época passada na Champions, com Aimar (1 jogo a titular, 1 como suplente utilizado) e Carlos Martins (1 jogo a suplente utilizado) os nossos organizadores de jogo limitados fisicamente, com Luisão castigado durante 4 dos 6 jogos e Maxi durante um, este Benfica escrevia eu, conseguiu fazer 8 pontos no que é o 2º melhor registo da fase de grupos (igual a Koeman em 2005/06 e inferior aos 12 pontos da época passada).

Em remates totais à baliza, fomos superiores aos adversários em 5 dos 6 jogos, apresentando uma média de 18,5 (!) remates por jogo (8,8 dos adversários). Destes, em remates enquadrados com a baliza, fomos superiores aos adversários em 4 dos 6 jogos, apresentando uma média de 9,1 remates por jogo. Este valor não deve ser muito relevado porque se retirarmos os 18 do jogo com o Celtic, a média de remates enquadrados com a baliza, baixa para 7,4. Em contrapartida os adversários remataram 5,4 vezes em média.

Na posse de bola, pelo contrário, fomos superiores aos adversários apenas em 2 dos 6 jogos (em casa contra Spartak e Celtic), sendo de destacar a enormidade de posse de bola do Barcelona nos dois jogos: 72 e 71 contra os nossos 28 e 29%. No global fizemos 43,8% de posse de bola, que se descontarmos os 2 jogos com o Barcelona, sobe para 51,5%.

Nos cantos fomos sempre superiores aos adversários, 6 em 6, tivemos em média 8,8 por jogo contra 4,3 consentidos por jogo. Nos cartões amarelos tivemos menos que o adversário em 3 dos 6 jogos, iguais, em 1 jogo, e superiores nos 2 jogos com o Barcelona. Média de cartões sofridos por jogo: 2,7 (comparem com a nossa Liga para se perceberem certas “coisas”).

Como interpretar estes itens estatísticos? Cada um que ponha o “tempero” na parte que lhe convier. Do meu ponto de vista, o Benfica teve indicadores suficientes para passar aos oitavos de final, mesmo considerando a dificuldade do grupo (pelas razões que já mencionei em textos anteriores), as vendas dos habituais titulares Javi e Witsel (jogou ainda na Escócia), os castigos dos também habituais titulares Luisão (4 jogos) e Maxi Pereira (1 jogo), bem como as várias lesões das quais se salientam dos habituais maestros Aimar (alinhou em 2 jogos, 63 mn a titular na Escócia e 30 mn como suplente utilizado frente ao Barcelona com o resultado feito) e Carlos Martins (45 mn como suplente utilizado num jogo).

Sem organizadores de jogo com a qualidade e antiguidade de Aimar e Carlos Martins, o Benfica regra geral, teve de fazer jogos diferentes do ano anterior, optando por um futebol mais trabalhador, menos vistoso, mais compacto (excepção na Rússia) e estranhamente, muito rematador. Infelizmente a eficácia dos remates foi baixa, o que também merece reflexão.

E no final, ficamos em 3º lugar, com 8 pontos, a 2 pontos dos oitavos. Porquê? Por uma mera questão de falta de sorte. Com 8 pontos, como já referi noutro texto, fizemos a 2ª melhor pontuação desde que a Champions tem este modelo de competição e desde que conseguimos marcar presença com regularidade (época 2005/06). Dessa vez deu para os oitavos, desta vez não deu. Porque o Celtic teve a seu favor a sorte de conseguir 2 resultados que não deixam de ser acontecimentos estatísticos: ganharam fora de casa, 18 anos depois da última vitória, e ganharam ao Barcelona que desde a fase Guardiola julgo nunca ter perdido qualquer jogo na fase de grupos.

Depois de nos terem eliminado em 1967 por moeda ao ar, a sorte parece continuar do lado deles. Para o ano haverá mais e quem sabe voltamos a ficar no mesmo grupo para ajustarmos contas?


Em matéria de ganhos económicos, o Benfica ganhou 11,6 milhões sem contar receitas de bilheteira e de televisão. Também não é um mau resultado.

Por último a palavra de quem sabe: “o Benfica jogou muito bem. Para nós ia ser difícil e pelo futebol que o Benfica mostrou hoje merecia passar”, Adriano jogador do Barca (2 jogos como titular nos 5 anteriores a este jogo com o Benfica), citado pelo SAPO DESPORTO, 5 de Dezembro. “O Benfica teve mais ritmo, mais ambição e estiveram mais perto da vitória do que nós”, Thiago Alcântara (primeiro jogo a titular na Champions), idem. “Foi um jogo muito complicado frente a uma equipa muito dificil. E foi uma pena não terem feito o golo para se poderem qualificar”, Rafinha, idem.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Barcelona - Benfica

Uma palavra apenas: injusto. Com todo o respeito pelo Celtic, não passou a 2ª melhor equipa do grupo. No futebol a sorte também pode jogar e desta vez jogou em 3 dos 6 jogos do Celtic: na Rússia e nos dois jogos com o Barcelona.

Obrigado Benfica. É um privilégio ser do Benfica.

sábado, 1 de dezembro de 2012

O Lucho do Sistema


Portugal, 1 de Dezembro de 2012

O FCP foi eliminado da Taça pelo Braga, apesar de  - pela segunda vez em dois jogos consecutivos – ter ficado por assinalar 1 penalty contra o FCP, desta vez com 0-1 no marcador (no passado fim de semana, o jogo estava 0-0). A “sorte” de facto dá muito trabalho. A escolher a “fruta” seguramente...

Ora vejamos como se comportam estes exemplares raros do fair-play desportivo. Assim, quando ganham, a arbitragem precisa de sossego e fala-se em demasia dos árbitros para esconder erros próprios:
"É evidente que, quando se perde, é muito mais fácil culpar a arbitragem do que falar dos erros individuais ou colectivos das equipas. Penso que as pessoas ligadas ao futebol têm de ter uma atitude mais autocrítica. Também é verdade que algumas decisões influenciam os resultados, mas, mesmo assim, entendo que devemos apoiar sempre os árbitros." Desta forma, Lucho não atribui a liderança do FC Porto a eventuais favorecimentos dos árbitros, mas antes ao trabalho desenvolvido por uma equipa em crescimento”.
Lucho Gonzalez, JOGO, 26 de Janeiro de 2009.
Rolando, ex-jogador do Belenenses, regressa esta jornada ao Restelo, agora como adversário. O central do FC Porto, falou no superflash sobre este encontro e afirmou que a equipa quer segurar a liderança, alcançada na ronda passada. Quanto às polémicas da arbitragem que têm sido notícia no campeonato diz estar tranquilo: «Só me preocupo com o FC Porto, a arbitragem não me diz respeito
Rolando, BOLA 30 de Janeiro de 2009

Fernando Gomes desvalorizou as recentes queixas do Benfica no que diz respeito às arbitragens. «São estórias que servem para alimentar conversas de café, muito habituais no nosso País, assim como os programas televisivos. A nossa resposta é sempre dada dentro do campo», disse o ex-bibota de ouro, que falava à margem de um iniciativa Dragon Force, em Lisboa.
Uma vez que o dia era dedicado aos mais jovens, Fernando Gomes deixou ainda pistas qual o segredo da «atitude à Porto»: «Tem a ver com princípios de trabalho, dedicação, humildade e saber vencer com fair-play
Fernando Gomes, ex-jogador do FCP, BOLA 9 de Outubro de 2010

"Se entendo as críticas do Benfica? Entendo tudo, mas o árbitro pode enganar-se a favor ou contra qualquer equipa. É sempre assim. O FC Porto não vai no sentido de criticar as arbitragens", assegurou Otamendi
Otamendi. CM 19 de Janeiro de 2011

Sobre as arbitragens, fala-se de mais: «Temos quinze horas semanais de programas televisivos sobre futebol. Oitenta por cento são conversas parciais sobre arbitragem. É esta a discussão do futebol. Vão às grelhas das televisões e façam as contas.»
Jesualdo, BOLA 21 de Abril de 2009

Quando perdem, nos raríssimos jogos em que as ajudas dos árbitros não compensam a falta de inspiração e qualidade do seu futebol, a “estória” muda de argumento:

«Foi uma arbitragem vergonhosa. O que me apetece dizer é que podem já encomendar as faixas de campeão. A equipa de arbitragem foi uma vergonha. A nossa equipa foi má, a do Gil Vicente digna e a equipa de arbitragem vergonhosa», afirmou Vítor Pereira, em declarações à Sporttv.
Vítor Pereira, também citado na BOLA, 29 de Janeiro de 2012
"Deu a clara sensação que nos empurraram para a nossa baliza mas não pela qualidade do nosso adversário. São coisas que se passam no futebol... Cometemos dois erros e pagámos caro. Acho que a arbitragem prejudicou o FC Porto. A cada falta assinalada contra nós era cartão amarelo. E depois houve a expulsão... Não é habitual", analisou o médio argentino, em declarações à Sport TV.
Lucho Gonzalez, também citado no RECORD 1 de Dezembro de 2012
«Assumo plenamente a gestão que fiz. Quero dar os parabéns à minha equipa. Agora, este jogo não era 10 amarelos e um vermelho. A minha equipa ficou muito condicionada com a expulsão», afirmou Vítor Pereira, em declarações à Sporttv. 
Vítor Pereira, também citado na BOLA 30 de Novembro de 2012
E assim, com os exemplos do clube mais ganhador nestas 3 décadas de fruta e café com leite, se faz a história do futebol português. Uma história bipolar...