Portugal 20 de Março
de 2016
Chegadas as horas
das grandes decisões, onde estivemos e ainda estamos, ao contrário de outros
clubes mais “bem” preparados do que nós, com alguma naturalidade ficamos de
fora da Champions, e continuamos líderes do campeonato após a primeira
sequência de 4 jogos relativamente aos 8 jogos que ficaram depois da vitória
sobre o Tondela, primeiro jogo após a sensacional vitória em Alvalade.
Quanto à Champions é
unânime que deixamos um bom registo global (económica e desportivamente falando),
saindo eliminados com um único golo de
diferença perante um adversário forte e que está estruturado para aparecer com
regularidade nas meias-finais da Champions. Pelo 5º ano consecutivo o Bayern está
nas meias-finais, enquanto o Benfica foi pela 3ª vez em 10 anos, aos quartos de
final da Champions.
Para o sucesso do
Bayern muito contribuiu o enorme
respeito que demonstraram pelo Benfica, em particular no primeiro jogo, o
que em minha opinião anulou o efeito surpresa que poderia jogar a nosso favor,
em especial após a eliminatória difícil que eles tinham tido com a Juventus.
Guardiola demonstrou porque é um dos melhores treinadores do Mundo e o meu
palpite de que o Bayern poderia ser uma equipa ao nosso alcance, pelas razões
que na altura expliquei, acabou por não se concretizar.
Para o falhanço do
Benfica, e mesmo considerando que
qualquer critica não deve servir para julgar jogadores e/ou treinadores,
aponto (1) a falta de concentração no 1º jogo ao não concretizarmos uma das
poucas oportunidades de golo consentidas pelo Bayern, (2) a não marcação de um
possível penalty (na área do Benfica
seria assinalado, sem sombra de dúvida) embora me pareça que não há
intenção de jogar a bola, mas há claramente beneficio futebolístico do defesa
que nos tirou uma bola, (3) erros de posicionamento e/ou de decisão no 1º golo
sofrido cá na Luz, uma vez que a bola era do nosso defesa, o guarda-redes nunca
poderia abordar esse lance porque só conseguiria colocar a bola à frente da
nossa grande área e não era garantido que os trincos e médios estivessem bem
posicionados para rechaçar esse mau alívio do guarda-redes, com aliás não
estiveram, (4) num jogo de dificuldade elevadíssima penso que se teria
justificado a inclusão de Luisão, porque mais do que um defesa é um líder que
dá ordens em campo, e quem sabe nesse tal 1º golo poderia ter corrigido o
posicionamento de alguns colegas.
No calor e emoção
da eliminação, por um golo apenas, muita gente do “alto” falou da falta de “estrelinha”
do Benfica. Discordo. Cometemos erros individuais que resultaram em erros colectivos
e se no futuro quisermos ter mais hipóteses de aceder às meias-finais, deveremos perceber o que fizemos de bom e corrigir
o que fizemos de mal. É assim que as equipas crescem.
Quanto ao
campeonato, ganhamos o primeiro pacote de 4 jogos, onde o grau de dificuldade
era ligeiramente superior (jogamos com 3 equipas que lutam para não descer,
Boavista, Académica e Setúbal, com a Champions pelo meio) aos mesmos 4 jogos do
SCP. Para aspirarmos à conquista do
título era imperativo manter ou aumentar a distância pontual para os rivais
nestes 4 jogos. Concluído este pequeno ciclo, mantivemos a distância para o
SCP e aumentamos para o FCP, ficando praticamente confirmada a nossa entrada
directa na Champions (pelo 7º ano consecutivo), outro objectivo da época.
Vamos entrar noutro
ciclo de 4 jogos, agora já sem a presença na Champions, mas ainda com um jogo
da meia-final da Taça da Liga para realizar. Do meu ponto de vista o grau de
dificuldade do calendário do Benfica é inferior ao do nosso rival directo SCP.
O que não quer dizer que possamos estar
a confiar num deslize deles, apenas porque vão jogar a casa do FCP e do
Braga. O FCP está numa fase irregular. Já o Braga, tratando-se do último jogo, poderá
não criar dificuldades ao SCP no caso de dependerem deles próprios.
O próximo jogo
reveste-se de importância fundamental (há 6 jogos que assim tem sido), não só
porque se trata de um adversário difícil que luta pelo acesso à Liga Europa,
mas porque joga bom futebol e este ano tirou pontos a SCP e FCP. Mais uma vez o 12º jogador será
fundamental, já que não podemos contar com a “estrutura”. Aliás penso que
depois dos números sobre compras e vendas de jogadores, que saíram hoje na comunicação
social, os que me criticam por andar há anos a falar do “faz-que-é-presidente”
e a farsa que é a actual gestão, têm a prova que não tenho escrito ao acaso nem
me move qualquer interesse que não seja o Benfica. Voltarei a este tema em
breve.
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