Portugal, 5 de Dezembro de 2011
A eliminação da Taça de Portugal volta a colocar na ordem do dia o debate sobre o verdadeiro objectivo da SAD do Benfica, que parece estar (ou é “obrigada” a estar) mais voltada para a vertente económica do que para a vertente futebolística.
Em 11 participações na Taça, deste “projecto” desportivo de Vilarinho/Vieira, falhamos a final por 9 vezes (!) o que é um registo pobre para a equipa com maior número de vitórias nesta competição. O registo de eliminações apresenta algumas curiosidades. Assim, fomos eliminados 2 vezes por FCP, Guimarães e Marítimo, 1 vez por SCP e Leixões (nas grandes penalidades) e 1 vez pelo Gondomar da 2ª B. Das 8 eliminações na prova a um só jogo, cedemos 2 vezes (FCP e Marítimo) depois de jogarmos primeiro em casa. O Guimarães neste período foi a única equipa a eliminar-nos 2 vezes em nossa casa. E foi em nossa casa que sofremos a maior humilhação da nossa história na prova, ao sermos eliminados pelo Gondomar da 2ª divisão B.
Na questão casa e fora, nestas 8 eliminações jogamos 6 vezes em casa, o que diz bem do que significa o actual Inferno da Luz para os nossos adversários: zero! Mas bom, temos um estádio novo (por pagar), cadeirinhas estofadas (para outros incendiarem), lojas de comida em todos os pisos, cobertura em todo o estádio (ao contrário dos “pobres” do Barcelona que só tem cobertura em menos de num terço do mesmo), etc. E todos nos elogiam ...
Para o Sr.º Vieira está tudo bem, “temos outras provas para ganhar”. Ou seja, a Liga dos Campeões, o Campeonato e a Taça que ninguém Liga, e por isso mesmo os árbitros parecem ter autorização para, de vez em quando, errar a nosso favor de forma grosseira.
Convenhamos que o Sr.º Vieira e a equipa que lhes escreve os discursos, sabem contornar o desânimo dos adeptos, de cada vez que perdemos uma competição. Porque há que alimentar a ilusão, a chama, o apego à equipa, pois há bilhetes e muito merchindising para vender, a Sporttv factura menos quando andamos cabisbaixos, etc, etc. E se não vendermos, o Benfica fica nas mãos dos Bancos a quem devemos mais de 240 milhões de euros de empréstimos.
É este o Benfica da refundação que falava há dias, o Dr.º Domingos Soares de Oliveira (que não mente pouco) em entrevista ao jornal do Benfica.
Sem querer ser mauzinho, o Benfica perdeu este jogo porque foi buscar um guarda-redes para agradar à comunicação social e a todos os que dentro do Benfica, acharam um erro tremendo gastar 8 milhões no Roberto quando tinham ali 60% do português Eduardo por 4 milhões. Se a estupidez futebolística fosse música, o Benfica tinha a melhor orquestra do campeonato, por larga margem!
Eduardo estava condenado a ser um fracasso no clube do seu coração. Porque a pressão de ganhar é superior à de Braga e Génova, e porque trazia de Itália (onde há maior cultura defensiva) uma média de golos sofridos de 1,4 golos por jogo! Roberto sofreu 0,92 e foi o que se sabe. Mas no Benfica ninguém pensa, porque quem paga os prejuízos é o dinheiro dos sócios ...
Claro que podíamos falar de arbitragens. Apesar de termos sido prendados com 1 penalty duvidoso (só pela televisão, porque no campo qualquer um marcava), voltamos a ser penalizados em 2 foras de jogo inexistentes (mn 31 e 59) e o adversário voltou a beneficiar do critério disciplinar “largo” aos mn 22 e 29, não levando 2 cartões amarelos! O truque de sempre que ajuda a aumentar os níveis de confiança do adversário. Quem ainda não sabe porque razão os nossos adversários metem mais o pé contra o Benfica do que contra o SCP e o FCP, depois de se gastarem 160 milhões de empréstimos bancários nas contratações de 10 épocas, ou é burro ou continua a brincar com o dinheiro dos sócios ....
Se estendermos a análise das questões de arbitragem às outras 9 eliminações, iríamos concluir que em pelo menos 5 (!) houve erros de arbitragem com influência directa no resultado: FCP (Carlos Xistra, 2ª mão, 2010/2011), Guimarães (Elmano Santos, 2009/2010), Leixões (Olegário Benquerença, 2008/2009), SCP (Jorge Sousa, 2007/2008) e novamente Guimarães (Jorge Sousa, 2005/2006)...
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