quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SCP, um problema clássico....



Portugal, 28 de Novembro de 2012

Vive o SCP tempos em que não sabem se têm jogadores para o modelo de jogo que os adeptos preferem, se têm modelo de jogo para os jogadores que têm, se têm dirigentes que sabem o que andam a fazer, se a teoria do jogador - matraquilho funciona melhor ou pior, enfim, um SCP numa das piores fases, se não a pior, da sua centenária existência.

Comecemos pelo início: a era de Paulo Bento.

Durante os 4 anos em que Paulo Bento treinou o SCP, após despedimento de José Peseiro, o SCP viveu momentos de enorme confiança, exaltação clubística e crença no futuro. Não ganharam campeonatos, mas ganharam 2 Taças de Portugal e 2 Supertaças (ambas ao FCP). E por uma única vez em 4 tentativas na Champions. conseguiram a “proeza” de passar a fase de grupos, para serem goleados com 12-1, no conjunto das duas mãos, pelo Bayern de Munique.

Bons tempos esses. Como se percebe, a sua felicidade não era motivada pela qualidade do futebol praticado, não era motivada pelas vitórias no campeonato (embora as vitórias na Taça e Supertaça sejam motivantes), não era motivada pelas razoáveis participações na Champions. Nada disso. Percebe-se agora que eram motivadas pelo facto de ficarem à frente do Benfica no campeonato!

Com efeito o SCP de Paulo Bento ficou à frente do Benfica de Koeman, de Fernando Santos, de Fernando Santos, Camacho e Chalana, e ainda de Quique Flores.

O azar do SCP começou quando o Benfica contratou Jorge Jesus e fruto de boas exibições, que já se anteviam na pré temporada, esse Benfica começou bem cedo a ganhar, jogar bem e a não falhar, pelo que rapidamente deixou o SCP para trás. Com consistência. Jornada a jornada, ficavam mais para trás...
Resultado: Paulo Bento que tinha motivado tantos momentos de felicidade nos 4 anos anteriores, foi despedido. De repente a conversa sportinguista mudou, e os objectivos passaram a ser os campeonatos e não as Taças, a qualidade do jogo jogado e não o futebol aborrecido que a equipa do SCP apresentava.

Entendem-se estas objecções: eram apenas um reflexo, da sombra que o Benfica lhes provocava.

Ora o que é que acontece quando não se sabe avaliar correctamente a qualidade do desempenho de uma equipa? Acontece precisamente o que está a acontecer à equipa e ao SCP nestes últimos 3 anos e picos!
Nada acontece por acaso. Avaliando mal o desempenho futebolístico tomam-se más decisões, como contratar novos treinadores que atinjam o que não é tangível, despedir jogadores e contratar novos jogadores porque os anteriores também falharam, e sem perceber que tudo vai continuar a falhar porque o que está errado é a forma de ver ou analisar o futebol, e não o desempenho dos jogadores. 

Seria necessário mudar o “chip” e não os jogadores, os treinadores e até os presidentes como já aconteceu. Seria necessário perceber que aquele SCP de Paulo Bento não poderia jogar de outra forma, com os jogadores que constituíam o plantel. Seria necessário aceitar com desportivismo, a qualidade de um adversário como o Benfica, porque no futebol é mesmo assim: um ano está-se muito bem, no ano a seguir pode ser tudo diferente. Temos de estar preparados para tudo. E seria necessário aceitar que a vez de ficar atrás, tinha tocado ao SCP, que deveria procurar melhorar sem por em causa o que tinha conseguido nesses 4 anos de Paulo Bento (como poderia ser com outro qualquer, entenda-se).

Ora em vez disso, o SCP optou por uma série de decisões de ruptura, mudando de treinador e por tabela, de modelo de jogo, concluindo que afinal os jogadores não serviam, sem perceber que afinal o problema não era do treinador anterior. E assim passaram pelo SCP treinadores como Carvalhal, Couceiro, Paulo Sérgio, Domingos, Sá Pinto, Oceano e Vercauteren. 

O interesse dos problemas do SCP num blogue de benfiquistas é simples: de tempos a tempos, surgem correntes de opinião (nos blogues, nos comentários on-line, nos artigos de opinião escritos e falados) que nos conduziriam a uma situação semelhante à que o SCP atravessa. Não perceber as razões que levaram os sportinguistas a cair neste poço sem fundo (?), é não perceber que também poderemos cair no mesmo poço se pensarmos o futebol da mesma maneira: sem cultura desportiva e sem fair-play.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Benfica - Celtic



Portugal, 20 de Novembro de 2012

O futebol tem destas coisas e logo mais, um simples jogo pode por em causa a viabilidade económica de uma época. Sim, cada vez mais é a componente económica que condiciona a vida dos clubes (e suas SAD’s) e não os títulos conquistados (excepto o de campeão europeu).

Estamos nesta situação por causa da conjugação de um conjunto de factores que, para variar, envolvem o Celtic. 1) O Celtic ganhou em casa do Spartak 3-2, 18 anos depois da última vitória fora de casa e quando ninguém o esperaria, especialmente depois da “boa” exibição do Spartak em Barcelona, 2) o Celtic venceu o Barcelona, numa daquelas vitórias que acontece de N em N anos e que de certa forma foi uma pequena vingança, porque afinal o Barcelona foi a última equipa a ganhar em Glasgow.

No meio disto tudo, factores a que o Benfica é alheio, temos dois jogos em que as opiniões se dividem. 1) Empatamos em Glasgow, e a maior parte da comunicação social (e por tabela os adeptos do Benfica), entendem que foi um mau resultado pois com um pouco mais de atrevimento do treinador (o treinador, sempre o treinador...), poderíamos ganhar o jogo; 2) Perdemos em casa do Spartak e a maior parte da comunicação social ficou a lamentar erros individuais de Matic e Jardel. 

E com este tipo de opiniões, obviamente o Benfica tem de andar á roda e não sai do mesmo sítio. Sou dos que, contrariando a lógica dessas opiniões, pensa que o Benfica fez um bom resultado na Escócia e se tivéssemos arriscado mais, podia-nos ter acontecido o que nos aconteceu na Rússia: perder. Aliás perdemos na Escócia nos 3 anteriores confrontos e não terá sido por arriscarmos pouco. Na Rússia arriscamos como a critica quis dizer do jogo na Escócia: com 2 avançados. E que resultou? O adversário teve sempre o domínio do jogo e não marcou 3 ou 4 golos na 1ª parte, pelos ferros e pelo Artur Moraes. 

O futebol é como é, e os entendidos nunca mais aprendem: com 2 avançados falta alguém no meio campo e isso dá vantagem a adversários que jogam em 4-3-3 ou 4-5-1 porque quando não têm bola, recuam 10 homens para trás da linha da bola e lá se vai a nossa iniciativa. Ao invés quando eles têm a bola, atacam com mais unidades, porque têm mais gente no meio campo, uma vez que pelas suas características, os nossos avançados Lima e Rodrigo, não conseguem marcar ninguém, nem vir atrás defender na posição que se impunha, e que era nas laterais (para fechar o resto da equipa no interior). E assim temos no mínimo 2 avançados em posições de ataque, iludindo também e pontualmente os médios que têm quase sempre tendência para se aproximar dos avançados. Esta disposição de jogadores em campo, origina a já habitual e conhecida permeabilidade da nossa equipa, por onde começam a maior parte dos golos. Depois criticam sempre o último jogador a falhar e nunca mais aprendem que o problema é do modelo. Que esteve bom na Escócia e péssimo em Moscovo, ao contrário do que defenderam os críticos de pacotilha.

Hoje é diferente, jogamos em casa e é natural a aposta em 2 avançados. Até porque Cardozo ao contrário de Lima ou Rodrigo, sabe jogar tacticamente, sabe prender jogadores da defesa e com isso fragiliza a saída para o contra ataque do adversário.

Espero como é óbvio que tudo saia bem e que o Celtic volte a perder, como nos confrontos anteriores. Não esquecer que esta época pela 1ª vez não perdemos na Escócia .. logo pode haver reciprocidade. Espero que não.

sábado, 17 de novembro de 2012

Lucky, Me? (II)


Portugal, 17 de Novembro de 2012

Enquanto ex-Presidente do Benfica, JVA já foi objecto de 3 processos julgados e julgo que transitados em julgado: 1) o caso Ovtchinikov, onde ia acusado de 14 crimes de peculato e 1 de branqueamento de capitais, 2) o caso Euroárea, onde ia acusado de 1 crime de peculato e 2 de falsificação, 3) o caso dos impostos, onde ia acusado de não pagar impostos devidos às Finanças e contribuições para a Segurança Social.

Após julgamento, foi então condenado por 1 crime de peculato, e absolvido de 13 crimes de peculato e 1 de branqueamento de capitais no caso Ovtchinikov, foi condenado por 1 crime de falsificação e absolvido de 1 crime de falsificação e 1 crime de peculato, no caso Euroárea, foi absolvido no caso dos impostos e contribuições por liquidar. No caso Ovtchinikov foi condenado por se ter apropriado de 1 milhão de dólares, 190 mil contos ao câmbio da altura. No caso Euroárea foi condenado por ter falsificado um contrato, do qual resultou mais valia contabilística para as contas do Benfica, do qual JVA queria tirar vantagem política nas eleições (precisamente as que perdeu...). No caso dos impostos, foi absolvido porque ficou provado que deixou dividas por pagar, mas que pagou dívidas da Direcção anterior (Damásio). Esta parte não saiu em letras grandes na comunicação social nem deu lugar a programas de debate sobre a evolução das dívidas fiscais do Benfica.

Posto isto, justifica-se a opinião que por vezes se lê por aí, na blogoesfera, nos onlines desportivos, etc, opiniões próprias de gente que pensa como na idade Média? Acho que não. Até porque JVA tem um processo contra o Benfica por um crédito no valor de 7 milhões de euros, que curiosamente não foi concluído ainda. Nem é mencionado na comunicação social, nem é mencionado pelos tais “notáveis” que falam, como aliás em quase tudo, de coisas que não sabem nem estão devidamente informados (por isso, pela sua ignorância, é que a máquina que suporta Vieira e os interesses que representa, lhes ganha as eleições com uma “perna às costas”).

Voltemos ao caso Ovtchinikov, o primeiro, o mais mediatizado, o mais longo na obtenção da prova. Defenderam as instâncias judiciárias que a investigação foi complexa porque envolvia off-shores, entre outros. Na altura isto era novidade e JVA viu reforçada a imagem de malandro, por utilizar... off-shores, hoje tão banais entre clubes, políticos, empresários, etc., como se sabe. Adiante. Da tal investigação “complexa” resultou uma acusação de 15 crimes! Em sede julgamento só provaram 1...

Isto é quase como o treinador que promete 4 títulos, de campeão nacional, vencedor da Taça de Portugal, vencedor da Taça da Liga, vencedor da Liga dos Campeões, e no final fica-se pela Taça da Liga. Obviamente que é um falhanço. Mas foi o que aconteceu com a investigação, que falhou na interpretação dos factos mas conseguiu (segundo objectivo?) quase 1 ano de especulação mediática, onde as habituais fugas de informação colocaram JVA a utilizar dinheiro do clube para comprar o iate Lucky Me, para comprar roupa para a esposa, motas de água, etc, etc. Ou seja, antes do julgamento se iniciar, JVA já estava condenado pelo tribunal da opinião pública. O mais importante. O mais poderoso. O mais duradouro.

Nada acontece por acaso e aqui verificou-se uma estranha e conveniente coincidência e cumplicidade, entre o prazo e tipo de investigação, e as notícias publicadas apesar do segredo de justiça.

Quem ler a sentença do caso Ovtchinikov, pode concluir também que JVA foi absolvido da, passo a citar, “instância cível quanto ao montante de 962 929,34 € referente à quantia titulada pelos cheques provenientes da venda dos direitos desportivos do jogador Ovtchinikov”.

Por muito que Pragal Colaço gesticule, barafuste, espume, etc, naquele tipo de encenação que esta Direcção patrocina na Benfica TV ou jornal Benfica, fica claro que o Dr.º Vale e Azevedo foi absolvido de devolver o produto do “roubo” que se “provou” no Tribunal. Ou como referiu JVA à revista Visão: “se calhar roubei o meu próprio dinheiro”.

Duas notas finais: (1) em julgamento ficou provado que JVA não era dono do barco mas sim que pagou para viajar em férias (tanto que o barco foi vendido pouco tempo depois e como é óbvio, com JVA detido e esposa vigiada, eles não podiam outorgar a escritura de venda desse bem, nem receber o dinheiro da mesma), (2) a alteração de prisão domiciliária para prisão preventiva foi determinada por despacho da Juíza Conceição Oliveira em 18 de Agosto de 2001. Esta Juíza requereu, à meia dúzia de anos, aposentação por considerar que sofre da doença bipolar.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Lucky, Me? ( I )


Portugal, 16 de Novembro de 2012

A recente apresentação do Dr.º Vale e Azevedo (JVA) às autoridades britânicas e posterior extradição para Portugal, 3 anos depois do Correio da Manhã a ter anunciado como estando “eminente”, veio mais uma vez dividir a opinião que os adeptos do Benfica têm do ex-Presidente mais polémico da sua centenária história.

Para perceber boa parte do que tem sido a vida do Dr.º Vale e Azevedo depois de ter perdido as eleições no Benfica e ter passado a sua posição na SAD para os vencedores, com galhardia e elevação, temos de recuperar parte da mini biografia de Joaquim Oliveira, publicada no Expresso em 25 de Março de 2005:

Por falta de fôlego financeiro, em dado momento desta guerra contra a dupla Emídio Rangel/Vale e Azevedo, Joaquim esteve à beira de atirar a toalha ao chão. Encarou mesmo vender o grupo, então avaliado no intervalo entre os 12 e os 15 milhões de contos, a Francisco Balsemão. Mas Ricardo Salgado deu-lhe a mão, comprando-lhe o tempo necessário para ganhar a guerra. Foi o início de uma bela amizade com o banqueiro. Mais tarde, o BES e a PT desaguaram no mundo do futebol - até então muito ligado ao BPI, que montara as SAD do Sporting, FC Porto e Boavista - pela mão de Joaquim, patrocinando os três grandes e a Selecção. Durante a guerra foi cuidadoso. O alvo dos processos judiciais foi sempre Vale e Azevedo, nunca o Benfica. Na hora da vitória, com o inimigo atirado para a cadeia, soube ser magnânimo, ao converter em 20% do capital da Benfica Multimédia os 2,1 milhões de contos que o clube encarnado teria de lhe devolver.”

Como facilmente se percebe, sou dos que pensa que há algo mais do que conduta imprópria ou eventualmente ilícita, a justificar todo o aparato judiciário, judicial, mediático contra o Dr.º João Vale e Azevedo. E para que se perceba um pouco melhor a minha posição, posso revelar que em 1994 apoiei Manuel Damásio, em 1997 apoiei Luís Tadeu e em 2000 apoiei Vale e Azevedo, que aliás foi o único que conseguiu que eu fizesse 900 km, ida e volta, para votar nas eleições em que ele saiu derrotado. Penso, pois, ter a credibilidade necessária para abordar o tema.

Em minha opinião os problemas de JVA não começaram quando perdeu as eleições, em 2000, mas sim quando Manuel Damásio se demitiu em directo nas televisões, balbuciando um conjunto de ideias e lamentos, de que ressaltou o (para mim) famoso: “não tenho mais formas de inventar dinheiro”. Foi aí que JVA decidiu recandidatar-se, foi aí que deu o primeiro passo atrás na sua vida. O segundo passo atrás foi quando decidiu – por razões justificadas – declarar nulos os contratos com a Olivedesportos.

Ganhando as eleições ao “romântico” Tadeu, JVA viu-se desde logo confrontado com um clube sem receitas televisivas (já recebidas por Damásio por conta de um contrato que só começaria em 1999), sem liquidez na tesouraria, com compromissos assumidos pela Direcção de Damásio das quais se destacam a contratações de vários jogadores, como Gamarra que foi adquirido contra o pagamento de 36 letras! Ou seja, a situação era muito pior do que ele esperava.

A ruptura com a Olivedesportos foi pois um acto simultaneamente englobado numa estratégia de fazer face ao “polvo” que comandava o futebol, mas também por necessidade de encaixar dinheiro. Para isso precisou de se aliar a outro operador televisivo, desconhecendo eu quais as razões que o levaram para a SIC. Não será também difícil adivinhar porquê: com José Eduardo Moniz (o das quotas por pagar) na TVI, com a influência de Joaquim Oliveira na RTP através dos seus contactos com os membros do governo, nomeadamente o Secretário de Estado, o benfiquista Arons de Carvalho, a JVA só restava a SIC.

Esta parceria ajudou o Benfica a sobreviver financeira e desportivamente. Mas pôs em causa os milhões de euros que os tais interesses, que ficaram de fora do Benfica – BES, PT e Joaquim Oliveira, tinham como expectativa ganhar, caso Luís Tadeu tivesse sido eleito.

Esta hipótese nunca antes colocada por nenhum analista, ou seja, Tadeu ser o candidato dos mesmos interesses que 3 anos mais tarde viriam a colocar Manuel Vilarinho na presidência do Benfica, é a hipótese mais credível e razoável para explicar porque razão Luís Tadeu e tantos outros que o apoiaram, sabendo a situação em que Manuel Damásio tinha deixado o Benfica, optaram sempre por criticar e atacar quem estava a tentar resolver o problema, e não quem o tinha criado!

Neste contexto não posso deixar de lembrar a entrevista que Tadeu deu ao JN onde defendeu que “o Benfica devia perder (no futebol) porque se não nunca mais conseguiam tirar de lá Vale e Azevedo”. Pela primeira vez na vida, não percebi o que era, o ser benfiquista. (cont.)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Também tu Augusto?



Portugal, 13 de Novembro de 2012

O Benfica venceu o Rio Ave em sua casa, completando 4 jogos consecutivos sem sofrer golos e retirando benefício psicológico de ganhar pontos ao rival directo, que havia empatado 2-2 nesse campo.

O Rio Ave como se sabe está a fazer um bom campeonato e pode ser rotulado de equipa sensação. Venceu em Alvalade, empatou em casa com o FCP e estava em 4º lugar (agora 5º com os mesmos pontos do Paços de Ferreira). Quando as equipas apresentam este tipo de resultados, são equipas moralizadas, motivadas, sabem que podem discutir com qualquer equipa do nosso campeonato e por isso mesmo, tornam-se adversários muito difíceis.

Ora quando os adversários estão a atravessar fases em que são difíceis de bater, é suposto que as coisas não sejam fáceis. Excepto quando jogam com o Benfica. Com o Benfica é tudo diferente... para o Benfica. Temos de jogar bem, ganhar por muitos caso contrário há problemas com o treinador ou com o plantel. O mundo da opinião desportiva está cada vez mais aborrecido, porque a gente já sabe sempre o que eles vão dizer das vitórias do Benfica.

Voltemos ao jogo em si e comparemos a estatística dos jogos Rio Ave – FCP e Rio Ave – Benfica. Em posse de bola, o Benfica teve 50% tanto como o Rio Ave e nesse aspecto o FCP ficou bem acima com 64% vs 36%. Em remates à baliza o Benfica fez 14 contra 9, o FCP fez 16 contra 12. Enquadrados com a baliza o Benfica fez 10 contra 3, o FCP fez 5 contra 5. Nas recuperações de bolas o Benfica fez 1 contra 6, o FCP fez 8 contra 6.

Básicamente, o FCP não aproveitou a maior posse de bola porque rematou apenas mais 2 vezes que o Benfica, teve uma má percentagem de remates enquadrados com a baliza (5 em 16) enquanto o Benfica foi superior (10 em 14), o FCP teve pior desempenho defensivo permitindo 5 em 12 remate do Rio Ave enquadrados com a baliza, enquanto o Benfica apenas lhes permitiu 3 em 9. Talvez isto explique que o FCP tenha sofrido 2 golos e o Benfica nenhum.

Podemos também dizer que a nossa eficácia de remate foi pior que a do FCP, que em 5 remates enquadrados fizeram 2 golos enquanto nós em 10 marcamos apenas 1, mas pareceu-me que isso se deveu a duas situações: 1) fruto da maior posse de bola, o FCP conseguiu rematar mais vezes dentro da grande e da pequena área, 2) nós rematamos muitas mais vezes de fora da área e isso permitiu brilhar o guarda-redes Oblak.

Após a 9ª jornada não ocupamos o 1º lugar com os mesmos pontos do FCP, por um simples golo. Mas temos um excelente número de golos marcados, 23, e um anormalmente baixo, número de golos sofridos, 6 (3 dos quais de grande penalidade). A manterem-se estas médias, chegaremos ao fim do campeonato com 76 golos marcados e com 20 golos sofridos. O que convenhamos, seria um progresso face aos anos anteriores.

Pois perante este quadro francamente animador, em especial se considerarmos que os médios criativos, Carlos Martins e Aimar têm tido pouquíssima participação na equipa, que Javi e Witsel foram vendidos, que Luisão e Maxi estão castigados, para além de André Gomes e que durante o jogo se lesionou Enzo Peres que se tem vindo a assumir como alternativa a Witsel, ligamos para a Benfica TV para ver o pós jogo e o que vemos? A velha glória José Augusto a “fazer que faz” a defesa da equipa do Benfica e do seu treinador...

Num estilo quase sempre monocórdico, José Augusto, em frases entrecortadas por pausas que fazem supor que sabe mais do que aquilo que diz, mas não sabe, vai debitando frases e ideias que regra geral, apelam ao telespectador que faça um juízo critico das substituições, o modelo de jogo, os desequilíbrios da equipa, etc. 

Isto tem sido a sua postura – com este Benfica ganhador - que como se percebe, não é muito distinta daquela postura que os comentadores desportivos adoptam contra o Benfica, vendo o nosso copo sempre “meio vazio”.
 
O problema é que José Augusto é mais um sem credibilidade técnica para assumir, como faz, a certeza irredutível das suas ideias. Como treinador teve uma carreira sem grandes destaques e não os teve seguramente porque não soube fazer melhor. Lembro-me que deixou mal classificada a selecção portuguesa de sub 20, em 1986, selecção que tinha iniciado a campanha para o Mundial da Arábia Saudita. Trocou esta função com a de seleccionador da equipa feminina... e quem saiu a ganhar foi Carlos Queiroz e a Selecção que foi campeã mundial.

E posto isto não sei que “bichinho” de treinador de bancada morde a esta gente, que fala do que nunca soube fazer melhor, como se fossem de facto os donos da verdade das coisas. Continuo a achar que este tipo de comportamento se enquadra nas manifestações de falta de respeito, mesmo não o querendo ser. Vindo de benfiquistas e antigos jogadores, que também perderam os seus jogos por jogarem mal, parece-me mais grave e censurável.

sábado, 10 de novembro de 2012

Champions: Benfica 4x4


Portugal, 10 de Novembro de 2012

O título pode sugerir que quero falar de um Benfica “todo o terreno”, mas não. Apenas quero salientar que à 4ª jornada da fase de grupos da Champions estamos com 4 pontos.

Num pequeno balanço das nossas 6 últimas participações na prova dos melhores da Europa, as que foram realizadas basicamente sempre no mesmo modelo de competição, direi que pior, só em 2007/08 quando tínhamos recolhido 3 pontos de uma vitória caseira sobre o Celtic. Iguais à actual participação foram as de 2005/06 e 2006/07 onde também tínhamos 4 pontos em 4 jogos. Na participação de 2010/11 estávamos com 6 pontos, na de 2011/12 estávamos com 8 pontos.

Sem querer enviesar a reflexão acerca do tema, julgo que os piores resultados óbitos nesta fase da prova têm estado – regra geral - associados a grupos mais difíceis do que os grupos onde conseguimos melhores resultados a esta data. De facto um grupo com o Manchester United, Villareal (viria a ser semifinalista) e Lille, não será mais acessível do que o actual grupo com Barcelona, Celtic e Spartak. Um degrau abaixo em matéria de acessibilidade, temos o grupo do Lyon, Shalke04 (também viria a ser semifinalista) e Hapoel, e o grupo do Milan, Celtic e Shacktar (acabado de investir 40 milhões em reforços). Outro degrau abaixo está o grupo Manchester United, Celtic, FC Copenhaguen. De todos o grupo mais “fácil” terá sido o do Manchester United, Basileia e Otelul.

Faço questão de esclarecer que considero este grupo mais fácil, não para desvalorizar a excelente campanha do Benfica, 1º na fase de grupos e quartos de final onde caímos frente ao futuro campeão europeu, mas porque teve a única equipa a quem conseguimos ganhar os 2 jogos: o Otelul, equipa que este ano não se apurou nem para a Liga Europa.

Dito isto, poderemos concluir então que o melhor ou pior desempenho do Benfica não tem dependido apenas dos bons jogadores, mas sim do grau de dificuldade dos grupos. Ou seja, a “mais valia” trazida pelos tais grandes jogadores não se reflecte em melhores resultados. E não reflecte, porque o nosso modelo de jogo habitual, o estafado 4-4-2 clássico ou losango, é um modelo que exige jogadores com características de mobilidade e qualidade invulgar, na frente, jogadores mais polivalentes do que especialistas em cada posição, no meio campo, e defesas que saibam defender mais do que substituir-se aos atacantes. Jogadores que por regra não temos, já que a filosofia das contratações é procurarmos “especialistas” em cada posição: um bom extremo, um bom trinco, um bom avançado, etc. Que depois não funcionam como gostaríamos...

Mas como no Benfica ninguém pensa e faz balanços sobre estes aspectos, lá vamos investindo todos os anos. No ano passado o grupo saiu mais acessível, e foi uma maravilha (no ano anterior, com praticamente os mesmos jogadores, mais Fábio menos Coentrão, mais Roberto menos Artur) fizemos no final 6 pontos (o pior pecúlio de pontos nos 6 jogos) e ainda sofremos uma goleada humilhante em Israel....

Bom, mas como há também coisas boas no meio de alguns azares que tivemos este ano, na só com o sorteio mas com lesões e castigos, não me parece que devamos ficar amarrados ao negativismo dos 4 pontos, mas pensar que o Celtic perdeu sempre em nossa casa, já vão 3 seguidas e queremos a 4ª vitória. Mais não seja para desligar essa curiosidade de fazermos sempre os mesmos resultados em casa e fora, a favor de cada uma das duas equipas.

O lado mais positivo que tenho apreciado recentemente, é a espontaneidade e qualidade do nosso jogo com outros executantes normalmente considerados “não titulares”, como André Almeida, Enzo Peres e Jardel. Já tínhamos feito um bom jogo na Escócia e voltamos a repetir na Luz com o Spartak.

Apesar das circunstâncias do nosso apuramento já terem estado melhor do que agora, ainda acredito que é este ano que contrariamos outra curiosidade destas participações: sempre que o Celtic fica no nosso grupo, são eles que passam: foi assim com Fernando Santos e com Camacho. À 3ª tem de ser de vez ...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Matraquilhos



Portugal, 7 de Novembro de 2012

Por uma conjugação de factores que não dependeram apenas do Benfica, logo mais temos um jogo decisivo para a nossa continuação em prova na Champions. A derrota em Moscovo na última jornada conjugada com o facto de, nesta edição da prova, termos feito 2 jogos fora na 1ª volta, ambos com os nossos concorrentes directos Celtic e Spartak, assim o ditaram.

Na época passada também tivemos que fazer dois jogos fora na 1ª volta mas em contrapartida, um dos adversários era claramente “outsider”, o Otelul, equipa sem experiência de Champions e até de Liga Europa. O outro era o Basileia que apresentava como maior dificuldade ser uma equipa “sem nome”, mas com uma qualidade invulgarmente elevada, para equipas suíças. Isto é: era daquelas que por cá a critica diz que é para ganhar. Depois eles eliminaram o Manchester United...

Seja pelo grau de dificuldade superior dos adversários que enfrentamos esta época, seja por incompetência na abordagem dos jogos, em particular na Rússia, o que é certo é que uma vitória que, se tudo tivesse corrido conforme o planeado, seria um objectivo normal, passou a ser um objectivo único. Ou seja, a pressão para este jogo, aumentou fruto da derrota em casa deste adversário.

Analisar derrotas é sempre difícil porque os jogos não têm que se ganhar todos. Caso contrário, os outros adversários diriam o mesmo das suas derrotas. Contudo pareceu-me existirem 2 factores que contribuíram para perdermos um jogo, que em princípio, poderíamos não ter perdido, tal como na Escócia onde pontuamos, e onde antes sempre tínhamos perdido. 1) o factor tempo e tipo de relvado, sintético, que à partida favorece quem está habituado a jogar mais vezes nessas condições, 2) o modelo de jogo escolhido, que incluiu 2 pontas de lança ao contrário do jogo da Escócia onde apenas jogáramos com 1.

Do campo e clima, nada mais a acrescentar, excepto que também esses factores deveriam ter condicionado o nosso modelo de jogo. Isto é, se as dificuldades favoreciam o adversário, então não poderíamos ser fiéis à nossa forma tradicional de jogar, porque essa forma de jogar, com 2 avançados, é propensa à dinâmica de ataque. E quando se ataca num contexto que o adversário conhece e se adapta melhor, é óbvio que vamos cometer mais erros e criar condições para permitir mais ataques à nossa baliza, do que a situação inversa.

Para além deste aspecto, o 4-4-2 em losango foi ao mesmo tempo uma burrice e falta de respeito. Burrice porque na Champions, com JJ, nunca ganhamos um jogo fora, a jogar assim (há 2 anos perdemos 2-0 no Shalke04 e Lyon, e 3-0 em Telaviv). Ganhamos ao Otelul, que não entra nestas “contas”. Empatamos em Manchester e ganhamos em Basileia, jogando só com 1 avançado, em Inglaterra, e 2 avançados em Basileia, mas com Rodrigo a fazer de médio ala e não propriamente, de avançado de área. Falta de respeito, porque não medimos a importância e qualidade do adversário, que tem um plantel seguramente mais caro do que o nosso, com qualidade técnica e fomos lá impor a “cor” das camisolas, quando se sabe que é o trabalho com humildade que ganha jogos.

Nesta problemática, há que avaliar a valia do nosso plantel. Não vou falar das vendas de Javi e Witsel, pois compreendo a opção pelas vendas milionárias (?). Há que cobrir os buracos desta gestão mentirosa, que deve quase tudo aos Bancos e nos obriga a pagar dezenas de milhões de juros por ano. Mas estava a pensar no Bruno César, que este ano está “tapado” pelo Sálvio, graças à opção do Sr.º Vieira em dar liquidez ao Atlético de Madrid para que pudessem pagar ao FCP. 

Sálvio é um óptimo jogador, bom carácter, simpático. No binómio custo/qualidade contudo não fazia falta. Para o seu lugar tínhamos (e temos) Bruno César, Gaitán e Enzo Pérez que foi contratado para cobrir a saída de... Sálvio. No ano passado, na fase de grupos, Bruno César marcou 1 golo em Basileia e fez o roubo de bola de que nasceu o golo do empate em Manchester. Foi determinante na conquista do inédito 1º lugar no nosso grupo.

Hoje, relegado para suplente por opção da Direcção na contratação de Sálvio, e tratado como um matraquilho, Bruno César é um jogador que não se tem notado. Porque os matraquilhos normalmente não se notam. Quem pensa que o jogador ganha bem, tem de jogar bem, continua a pensar o futebol como há 50 anos. E isso para um clube como o Benfica é péssimo. Por outro lado, Sálvio ainda não marcou golos na Champions e o seu contributo para as vitórias não se tem notado. 

Em resumo tínhamos um jogador motivado, Bruno César, hoje temos uma despesa de 11 milhões (em período de crise), uma troca de jogadores que não se notou ainda, e a época da Champions em risco. Ajudar os amigos do FCP tem destas coisas. Mas espero sinceramente que seja hoje o dia em que Sálvio faça a diferença. Ou que pelo menos, que ganhe o Benfica ...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Uma semana de mediocridades


Portugal, 5 de Novembro de 2012

O Benfica venceu o Gil Vicente por 3-0, num jogo que começou caracterizado pelas adaptações que o treinador JJ teve de fazer, devido maioritariamente a castigos e lesões, e que terminou com um bom resultado e com a revelação de um jovem de 19 anos, André Gomes, que surpreendeu positivamente a critica desportiva, mas não a mim e outros adeptos que já o viramos jogar com olhos de ver, e não com o que a comunicação social diz.

Lamentavelmente, dois dias depois, surgiram notícias na comunicação social de que o Benfica estará interessado num médio defensivo, posição 6, francês. São notícias destabilizadoras para o jovem jogador, são notícias que deveriam ser desmentidas pelo Benfica, são notícias que, a serem falsas, demonstram a baixeza e mediocridade desses jornalistas que sempre que podem, criticam o Benfica pelo reduzido número de jogadores portugueses no plantel.

Mediocridade foi o que não faltou na alegada primeira reunião da recém eleita Direcção do Benfica. Tanto quanto me recordo, foi a primeira vez que qualquer clube de topo chamou os fotógrafos e jornalistas para uma descarada manobra de propaganda (e vão 11 anos disto). Se repararam, os pormenores não foram esquecidos: o Sr.º Vieira, em mangas de camisa, os restantes de fato e gravata. Há que cultivar a imagem do “querido líder” e como se vê, a comunicação social põe-se a jeito, ou é obrigada a pôr-se a jeito, pois quem financia o Benfica é também quem financia os grupos económicos proprietários dessa comunicação social.

Mas como o plano não foi perfeito, também vimos um LCD gigante nas costas do Sr.º Vieira, televisor que deve servir para ver os jogos do Benfica e que deve ter sido ligado logo após os jornalistas saírem de cena.

Para juntar à festa, nessa semana também se discutiu a renovação de Jorge Jesus, com a comunicação social a pegar no tema, uma vez mais sem sinal de vida da Direcção do Benfica. O objectivo é sempre o mesmo, dividir os adeptos, pois em cada tema que se pegue, há sempre gente a favor e gente contra. Nunca se pega nos temas que possam dividir os adeptos do FCP ou SCP. Se a comunicação social se preocupasse tanto com o SCP, se calhar não estavam na miserável situação que estão, com 3 treinadores só esta época enquanto nós continuamos com o mesmo defesa esquerdo adaptado. Ainda bem que Jesus é coerente. E percebe do assunto.

Claro que não faltou o toque de mediocridade do Sr.º Gaspar Ramos, que tal como muitos outros, acha que a questão só deve ser colocada se o Benfica for campeão. Estando a falar de um ex-dirigente do Benfica que nos 2 anos que esteve com Damásio apoiou 3 treinadores diferentes, Artur Jorge, Mário Wilson (este por amor ao clube) e Paulo Autuori, não ganhou rigorosamente nada (uma Taça, corrijo) e ainda enterrou financeiramente o clube, com contratações por vídeo que ao primeiro sinal de fracasso eram despachadas (Paulão, o “coice da mula”, por exemplo), como é possível continuar a defender o mesmo tipo de actuação? Atitude medíocre e burra, só pode...

Que saudades de Paulo Bento terão os adeptos do SCP... Os que na altura também lamentavam a conflitualidade do treinador com alguns jogadores, a casmurrice de algumas opções, o facto de só servir para ganhar umas Taças... Hoje, com tanta contratação e despedimento, tomaram esses adeptos do SCP que o Paulo Bento tivesse ficado. O paralelo com Jesus é total...

E porque estou a falar de mediocridade, que dizer da entrevista de Godinho Lopes, quando afirma que está a trabalhar “para criar um SCP mais sustentável financeiramente”? Após mais de 90 milhões de euros de prejuízo, em duas épocas consecutivas, fazer esta afirmação é um atentado à inteligência dos adeptos de todos os clubes. A comunicação social contudo “não” percebeu. Se fosse JVA a fazer uma afirmação destas, tínhamos assunto para o “Prós e contras”...

Para terminar, e porque o Benfica está espartilhado pelo “sistema” que trouxemos para o nosso seio, o mesmo árbitro que expulsou Nuno Gomes, Petit e Manu no Bessa na 1ª jornada de 2006/2007, o mesmo árbitro que inteligentemente mostrou cartão amarelo a Fábio Coentrão no último jogo da Supertaça com o FCP, num lance em que de facto foi derrubado por rasteira e empurrão de Sapunaru dentro da grande área, esse mesmo árbitro que o “sistema” lembra como estando associado a um pedido de Vieira para um jogo da Taça com o Belenenses, esse mesmo árbitro que tal como quase todos os outros esta “catequizado” pelas regras de manual de arbitragem à FCP, decidiu expulsar a nova revelação do Benfica, André Gomes, no jogo com o Guimarães. Há que marcar cedo o caminho dos futuros talentos do Benfica.

A Direcção do Benfica para variar, nada disse publicamente sobre o rigor da decisão do árbitro. A ser adoptado este critério temos de perguntar a Vítor Pereira porque razão, o jogador que deu uma cotovelada em Luisinho em Barcelos, não foi expulso. Ou o jogador que no ano passado deu um pontapé em Aimar em Coimbra, dentro da área, não foi alvo do mesmo tipo de critério disciplinar. Ah, Vieira deve estar a aguardar instruções do Dr.º Fernando Gomes...