sábado, 26 de janeiro de 2013

Final da 1ª volta: retóricas


Portugal 26 de Janeiro de 2013

Começa mais logo a nossa 2ª volta da Liga do futebol “portoguês”. Terminada a 1ª fase de todos jogarem contra todos, podemos tirar algumas conclusões e conjecturar outro tanto.
A análise nua e crua dos números indica que temos os mesmos pontos da época passada, mais 6 do que na época anterior onde defendemos o título e mais três do que na época do título. Estou a referir números do ciclo Jorge Jesus, uma vez que antes dele, ninguém se aproximou destes (bons) números.
Em relação ao goal-average, temos um bom número de golos marcados, 39, que a serem confirmados na 2ª volta irão ultrapassar os golos marcados no ano do título, até agora o melhor neste item, dos últimos 15 anos. Em relação aos golos sofridos, são 11, três dos quais de penálti, dois deles em Coimbra. Trata-se também de um bom número, só ultrapassado pela positiva, no ano do título.
Outras características em relação à 1ª volta. Em relação aos confrontos com o SCP, ganhamos outra vez o primeiro jogo (só no ano do título não conseguimos, empatando 0-0), mas em relação ao Braga, pelo 4º ano consecutivo, voltamos a perder pontos com eles (2 empates e 2 derrotas). Quanto ao FCP idem, mas pelo 3º ano consecutivo (1 derrota e 2 empates).
Por muitas voltas que se dê à leitura dos números, esbarramos sempre numa constatação simples: com Lima, Melgarejo, Olá Jonh e Sálvio, fizemos os mesmos pontos do que com Saviola, Nolito, Bruno César e Emerson. Sublinho que no ano passado, em termos de calendário, deslocamo-nos a Braga e ao FCP, e recebemos o SCP. Este ano foi o contrário, pelo que nem é legitimo dizer-se que no ano passado tivemos um melhor calendário.
Dito de outro modo, gastaram-se 5 milhões no Lima, 11 milhões no Sálvio, 8 milhões no Ola Jonh, 2 ou 3 milhões no Melgarejo, e temos os mesmos pontos do que no ano anterior, com Bruno César (5,5 milhões), Nolito (custo zero?), Emerson (1 milhão) e Saviola (5 milhões).
Mas mais. Ao contrário do que esta comunicação social avençada aos interesses do “sistema” (nos quais se inclui a protecção da imagem do Sr.º Vieira) propagandeia, com primeiras páginas de Lima, Sálvio e Ola Jonh, mais colunas de opinião a dizerem o mesmo das “grandes” exibições destes três “reforços”, os números mostram o contrário. Assim, apesar dos golos “fantásticos” do Lima, a verdade é que ele marcou 8 golos em 14 jogos (melhor que Saviola que fez 4 em 18 jogos), média inferior à que teve na última época no Braga, 20 em 30 jogos. Apesar dos “arranques” de Sálvio, marcou 4 golos em 14 jogos, muito fraco quando comparado com os 10 golos do Bruno César em 26 jogos, ou os 11 golos do Nolito em 29 jogos. Ola Jonh nem entra nestas contas.
Como se percebe, compreendo bem a frustração de Nolito e Bruno César. Eles sabem que fizeram uma boa época, marcaram muitos golos e ajudaram o Benfica a ganhar muitos jogos, estiveram nos quartos de final da Champions, ganharam a Taça da Liga e só a arbitragem os impediu de serem campeões. Em vez de serem premiados, não! Foram trocados... é duro...
Então impõem-se a pergunta: como é que os jogadores contratados apresentam binómios custo/resultados piores do que os jogadores que cá tínhamos, e no geral, temos a sensação que estamos a jogar melhor?
Pois é simples: quando falo de comunicação social e sua capacidade de nos iludir e fazer crer coisas que não são, aqui temos mais um exemplo. Como podíamos falar de outros, desde o Roberto, Emerson ou Thomas que não eram tão “fracos” como eles conseguiram fazer crer que eram.
O papel da comunicação social é aqui determinante para formular as opiniões que conhecemos sobre Lima, Ola Jonh e Sálvio. Que, como já aflorei noutros textos, não é um papel desempenhado ao acaso. Há que desviar as atenções dos adeptos da realidade desses negócios: Sálvio foi contratado para que o Atlético pagasse ao FCP o que deviam, Olá Jonh foi já vendido à Doiyen, a mesma empresa que comprou parte do Defour e Mangala ao FCP. E Lima foi contratado para que o Braga não perdesse dinheiro com o jogador, que ficaria livre este mês de Janeiro.
Denominador comum? A imagem de LF Vieira. Há que a proteger, enganando os adeptos e sócios do Benfica, resumidos a papel de figurantes e pagantes de todas estas barbaridades. Mas o Sr.º Vieira não é o presidente do Benfica? Como se percebe, actua como um peão de outros interesses, sobrecarregando o orçamento do Benfica sem contrapartidas desportivas e económicas garantidas. Há pois que o proteger, passando o ideia que não ganha mais porque Jesus é teimoso, da mesma forma que se diz que Lima é fantástico. O adepto é fácil de iludir...
Ressalvo que os jogadores em causa não têm culpa de nada, e que até os acho bons jogadores. Mas dada a situação financeira do Benfica, o que se passou nesta pré temporada em termos de opção de investimento foi uma arrepiante farsa. Os resultados desportivos confirmam que tudo não passa de uma ilusão. 
Vai começar a 2ª volta. Espero que o desempenho da equipa se mantenha, e dos reforços em particular, que melhore de modo a ajudar o Benfica a atingir a principal meta: o campeonato. Se isso for conseguido, tudo será esquecido.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O clássico do dia 13 (parte III)


Portugal 18 de Janeiro de 2013

Não tinha intenção de me voltar a referir à fase “durante o jogo”, depois do texto anterior, mas dado que o FCP enfatizou a arbitragem e até já pretenderam dar uma “directa” a Jorge Jesus com a treta do fair-play, vou escrever umas linhas sobre a componente “treinador que recusou um contrato milionário para treinar o FCP” e a arbitragem do “major do exército que expulsou 3 jogadores ao Benfica de Fernando Santos no Bessa” numa derrota por 3-0.
Quanto à forma como Jorge Jesus geriu o plantel antes e durante o jogo, para mim teve nota de excelência. Como já referi, não é fácil suster os contra ataques do FCP quando jogamos em 4-4-2 (losango ou clássico) e isso tem-se visto nos últimos 12 anos. Jorge Jesus posicionou os jogadores de tal forma que conseguiu ser eficaz nesta matéria e ao mesmo tempo a “proeza” de marcar 2 golos de bola corrida. Não é fácil, porque regra geral aparece uma apitadela do árbitro a ver uma falta qualquer, que por vezes nem a televisão do sistema consegue ver.
Outro aspecto, a inclusão de Jardel na equipa titular em detrimento de Luisão, recuperado de lesão, na minha maneira de ver, permitiu ao treinador não só ganhar um jogador, como ganhar uma equipa. São pequenas decisões como esta, que mostram a liderança ao grupo de trabalho e criam regras de reconhecimento e valorização de cada jogador.
Faço notar que a opção de Aimar por Lima ao mn 69 consubstanciou uma alteração ao 4-4-2 losango, tornando-o num 4-2-3-1. Ou seja, recuou uma unidade de meio campo, deixando um ponta de lança sozinho na frente. Alguns irão defender que foi só coincidência que a melhor situação de golo do Benfica, tenha surgido nessa fase... Mas não foi. Esse movimento, na altura contrariou algum domínio do FCP, obrigando a subir as linhas defensivas (tinham menos avançados para marcar) e dai ter permitido ao Benfica alguns lances de contra ataque.
Por último a arbitragem. O FCP fez crer, através das suas movimentações no palco mediático, que não ganhou o jogo por causa dos erros do árbitro. Erros que resumem a, 3 foras de jogo e 2 expulsões perdoadas a Matic e Maxi Pereira. Já o Benfica, através do presidente e do treinador, atabalhoadamente elogiaram a arbitragem (há burros e burros), que no futebol português é o pior que se pode fazer. Por cá está estatuído que, quem elogia um árbitro não o faz para sublinhar uma arbitragem correcta, mas sim uma arbitragem que o favoreceu. Adiante.
O FCP pode-se queixar com razão, de um fora de jogo muito mal tirado no 1º minuto, em que Defour ficaria isolado perante Artur e com possibilidade de golo. Se ainda não tinham percebido porque é que fiquei furioso com Carlos Xistra na 2ª mão da meia-final da Taça de Portugal, agora já sabem porquê. É que ao Cardozo, desses, foram 3 só na 2ª parte!
Quanto aos demais foras de jogo, penso que dificilmente originavam perigo uma vez que os nossos defesas tomaram rapidamente conta das jogadas. São erros dos árbitros assistentes, nem sempre inocentes...
E quanto à componente disciplinar aplicada pelo árbitro principal? Vamos por partes. Moutinho com 7 faltas, Maxi com 5 e Matic com 4 foram os jogadores mais faltosos. Todos 3 escaparam à expulsão, queixando-se o FCP, de faltas não sancionadas disciplinarmente – e deviam ter sido - aos 79 mn sobre Matic e aos 86 mn sobre Maxi.
Mas o jogo não começou aos 79 mn como o FCP propagandeia. Se começarmos desde o início, temos a primeira falta grosseira do encontro de Moutinho aos 5 mn e 33 segundos (tesoura sobre Enzo). Não sancionada – e devia! A treta que o árbitro não quis estragar o jogo logo de início, é mesmo isso: treta. O Jorge Sousa mostrou cartão amarelo ao Coentrão, no ano do título, em Braga, por uma falta menor junto à linha lateral de que nasce o 1º golo do Braga.
Depois Mangala dá uma “trouxada” de cotovelo nas costas/cabeça de Cardozo ao mn 45. Mais um cartão perdoado. Aos 47 mn é Fernando que pisa Gaitan, sem falta nem cartão, sendo de recordar que este árbitro expulsou André Gomes no jogo com Guimarães por jogada igual. Se o critério se mantivesse, o FCP ficava com 10 desde o mn 47 e lá se ia a história das faltas do Matic e do Maxi.
A “cereja no topo do bolo” foi o penalty sobre Garay ao mn 93 que, inteligentemente, o árbitro transformou em falta atacante. Mas não é esse o manual? Quando Aimar levou uma “trouxada” em Coimbra no ano passado, o árbitro Capela não marcou falta contra o Benfica? Quando o Coentrão foi atropelado pelo Sapunaru no jogo da Supertaça de há 2 épocas, este mesmo João Ferreira não assinalou falta contra o Benfica (estava 0-1)?
Posto isto, o FCP foi claramente beneficiado pelo árbitro principal com uns quantos truques de “manual” (e recorrentes neste “artista”). O Benfica mais uma vez saiu prejudicado pelo critério disciplinar, com implicação negativa na dinâmica do seu jogo e por tabela, com implicação indirecta no resultado.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O clássico de dia 13 (parte II)



Portugal 17 de Janeiro de 2013

Como referi antes, os ditos clássicos com o FCP normalmente dividem-se em 3 partes distintas: 1) antes do jogo, 2) o jogo propriamente dito, 3) o pós jogo...
Abordando agora a 2ª parte temos então o jogo, que mais do que um “choque” de duas equipas, é o “choque” de duas culturas de jogo e dois modelos tácticos distintos: o “proactivo” 4-4-2 do Benfica contra o “reactivo” 4-3-3 do FCP. Uma equipa a fazer tudo para ganhar, outra a fazer tudo para não perder. Benfica vs FCP é sempre assim, pelo menos desde que Pedroto treinou o FCP.
No final de cada jogo com o FCP, no estádio da Luz, fica sempre a ideia que o Benfica não atacou bem, com qualidade e acutilância, como costuma fazer com outros adversários. Vai daí, parte-se para a conclusão que o FCP fez melhor exibição do que nós. Há muitos anos defendo que esta perspectiva está errada. Nem o Benfica joga assim tão mal, nem o FCP joga assim tão bem.
Se repararmos bem nos últimos encontros, em particular nos jogos desta Direcção da “credibilidade” (não esquecer que as equipas do pouco “credível” Vale e Azevedo ganharam 2 e empataram 1 jogo em casa com o FCP), o FCP não precisa de se esforçar muito para manietar o Benfica. E regra geral há sempre um herói do lado deles, e um vilão do nosso lado. Foi assim com McCarthy, foi assim quando Deco marcou o golo que nos derrotou e Ricardo Rocha “fez-se” expulsar, foi assim quando Quaresma fez um “nó” ao Léo e partiu para o golo que nos derrotou, foi assim com Roberto e Hulk num ano, Hulk e Emerson no outro. E assim será enquanto não percebermos de onde vem o problema.
O problema vem precisamente da estrutura física do 4-4-2 e do 4-3-3. Dê-se as voltas que se derem, o Benfica colocando mais unidades de vocação ofensiva, os 2 jogadores de área (mais móveis, mais fixos ou um de cada tipo), tem sempre, mas mesmo sempre, menos jogadores no meio campo. A versão clássica do 4-4-2 ainda agrava mais a coesão da equipa, pois empurra dois médios para as alas, deixando os dois médios interiores “abandonados” à sua sorte, talento e capacidade física. A distância entre os jogadores é pois maior neste modelo.
Já o 4-3-3 é um falso modelo de ataque, pois ao prever um único ponta de lança, a equipa tem mais uma unidade no meio campo, pelo que até os médios que jogam nas alas, ou “asas” como em determinada altura os portistas gostavam de falar, esses médios estão mais próximos uns dos outros. E estando mais próximos, as tarefas de recuperação de bola são mais eficazes porque há menos linhas de passe favoráveis ao adversário. E há mais espaço nas costas da linha da bola, ou seja, o risco do contra ataque ser eficaz, é maior.
É pois tudo uma questão de densidade natural de jogadores no segundo terço do terreno: o 4-4-2 (clássico ou em losango) tem menos do que o 4-3-3 (com qualquer das suas variantes). Daí a vantagem de quem joga em 4-3-3, apresenta em jogos contra o Benfica. E se como é o caso, se trata de uma equipa com bons jogadores, com historial, com pretensões ao título, tudo se complica para nós.
Se não percebem desta maneira, dou outro exemplo. Temos uma planta com 100 m2 de área. Se utilizarmos 5 pilares para a suportar, temos uma área de influência de 20 m2 para cada um. Se na mesma área utilizarmos 6 pilares, a área de influência diminui para 16,7 m2. Ou seja, cada pilar está menos carregado...
O futebol, independentemente dos actores (treinador, jogador, etc.), tem uma componente científica que raras vezes é considerada. Os “papagaios” que têm explicação para tudo, em particular depois do jogo terminar, nunca conseguem ligar os seus pensamentos desportivos às questões mecânicas do movimento de jogadores e da sua interacção com um bloco oponente. Porque dá trabalho...
Em face desta componente esquecida na análise desportiva, atrevo-me a dizer que o FCP (reforçado pela actuação da arbitragem) jogando no seu modelo preferido, contra o Benfica, no seu modelo habitual, em 10 jogos ganha 4, empata 5 e perde 1. Seja qual seja o treinador e os jogadores do Benfica, e do FCP. Porque o modelo de jogo os favorece do ponto de vista mecânico, com mais compacidade própria, menos linhas de passe oferecidas ao adversário, mais reactividade ao erro adversário, mais facilidade de contra atacar o adversário de pendor ofensivo, etc.
As estatísticas não enganam: nos últimos 13 jogos na Luz para o campeonato (onde a componente “arbitragem” acentua os defeitos do nosso modelo e maximiza as virtudes do deles), o FCP ganhou 5 vezes, perdeu 3 e empatou 5 ... Eles tiveram 6 treinadores distintos, nós 8 ... Perante estas evidências, só um imbecil ou um brincalhão pode acusar o treinador (Jesus, neste caso, como antes os outros sete) de ser casmurro, de não saber escalar a equipa, de não saber fazer substituições, etc. Porque o próximo vai jogar no mesmo modelo táctico e vai ter os mesmos resultados, pelo menos contra o FCP que é o adversário interno mais forte a jogar em 4-3-3.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O clássico do dia 13 (parte I)



Portugal 15 de Janeiro de 2013

Os jogos ditos “clássicos” com o FCP normalmente dividem-se em 3 partes distintas: 1) antes do jogo, 2) o jogo propriamente dito, 3) o pós jogo...
Na 1ª parte temos a comunicação social evocando um conjunto de dados ou factos que são favoráveis ao FCP, e só ao FCP. Desde “só terem perdido 2 vezes na Luz nos últimos 12 encontros”, ao “Lucho que nunca perdeu na Luz”, às “relações entre quem ganha o clássico e quem é campeão”, etc, regra geral, as noticias escritas ou faladas são sempre enquadradas a favor do FCP.
Na véspera do jogo tive o azar de fazer zaping para a RTP Informação, e só se falava do que o FCP era capaz de jogar, de como os seus jogadores são “isto e aquilo”, das virtudes do esquema de jogo, da força do meio campo, de que cada um sabe bem o papel que tem de desempenhar, etc.... A muito custo lá ouvi também falar do Benfica, mas já estava tão amofinado com aquela “chachada” toda, que nem me lembro do que disseram.
E assim foi durante os últimos dois dias. Felizmente houve Taça da Liga a meio da semana e o impacto dos “mídia” foi dividido com esta competição. Sobraram “apenas” 2 dias para intoxicar a opinião pública e criar um clima subjectivo, de superioridade do FCP.
Nem sei para que estou a dar ênfase e a escrever sobre isto, porque tem sido assim nos últimos 15/20 anos. A questão mais difícil de explicar é porque razão isto acontece e porque razão os “mídia” tratam de forma tão diferenciada o Benfica e o FCP. Porque razão há este interesse em colocar o FCP a “vencer” antes do apito inicial do árbitro?
Não sei, mas do ponto de vista do FCP, terá seguramente começado por ter que ver com questões de afirmação de poder. Um clube da província (como alguns lisboetas gostam de apoucar quem não vive na capital) que luta de forma tenaz contra os poderosos clubes da capital, um clube que tem de impor a “batota” no campo para poder ganhar mais que os outros, um clube assim precisa de manietar a comunicação social para tornar a batota num acto legitimo de resistência. Posteriormente terão percebido que dessa forma, entram em vantagem psicológica no jogo, pois já se percebeu que a capacidade mental de um jogador pode ser muito superior se o seu “ego” for devidamente “municiado” pelas notícias dos “isentos e imparciais” jornalistas.
Quem não gosta e não se sente estimulado por fazer parte de uma equipa vencedora? Uma equipa que ganha mais que as outras? Uma equipa que até nas estatísticas publicadas, comentadas, faladas, é melhor que as outras? Perguntem ao “Izmaylob” que ele explica...
A outra questão que podia interessar, e para a qual também não existe uma explicação simples, é, como é que o FCP alcançou este domínio no plano mediático. Podemos invocar vários argumentos. Um deles é óbvio. Os próprios resultados. Mas estes deviam apresentar-se ao público de várias maneiras, procurando respeitar as partes e a verdade dos factos. E não é isso que vemos. Por exemplo, não se pode dizer que o FCP quando ganha na Luz é campeão, porque isso não é verdade, e porque depende se o jogo é na 1ª ou na 2ª volta.
Não se confirmou quando o FCP ganhou na Luz, 1ª volta, a Trappatoni e o Benfica foi campeão. O FCP ganhou 5 vezes na Luz (nesses 12 anos) mas foi “apenas” 4 vezes campeão. Dessas 5 vezes que ganhou, 3 foram na 2ª volta em que o Benfica leva pontos a menos ou, como no ano passado, apresenta-se com os mesmos pontos. É um Benfica que precisa de pontos, que precisa de encurtar distâncias, que precisa de arriscar. E depois perde em jogos normalmente recheados de casos de arbitragem.
Para além dos resultados há outros factores? Sim, um deles é o poder que o Sr.º Joaquim Oliveira alcançou no mundo da comunicação social, politica e economia, um poder que foi necessário quando Gilberto Madaíl candidatou Portugal à organização do Euro2004. O semanário Expresso diz que o papel de Oliveira, “abrindo uma porta aqui e outra ali” (entendamo-nos: “untando” as mãos de uns e outros), foi determinante para a escolha do nosso país. Ora quem tem este “poder” de influenciar nas comissões da UEFA, mais facilmente terá capacidade de influenciar cá em Portugal, onde por acaso até é dono de uma vasta cadeia de órgãos de comunicação social que têm prevalência sobre quase todos os demais, pelo facto de receberem em exclusivo as imagens dos jogos. As imagens que todos querem.
Ora sendo Joaquim Oliveira accionista de referência das SAD’s de FCP e SCP, que clubes serão privilegiados com esta influência? O Benfica de Vale e Azevedo é que não era seguramente.
Mas que pensará Vieira de mim e das minhas ideias sobre tudo isto?

sábado, 12 de janeiro de 2013

Estatísticas e prognósticos


Portugal 12 de Janeiro de 2013

Nas vésperas do 1º clássico da época, a comunicação social lá vai fazendo o papel habitual de tentar “apimentar” o jogo, promovendo questões ridículas que fazem “brilhar” (para os portistas) o ex-treinador do Santa Clara, e escondendo outras mais interessantes, que os adeptos de futebol bem preferiam.
No meio de tanta porcaria que se pergunta, escreve e analisa (imaginem o circuito: conferências de imprensa, capas de jornais e programas de “trios” nas televisões por ordem sequencial), foi lembrado pelo RECORD que nos últimos 11 anos, o Benfica só por 2 vezes ganhou ao FCP para a Liga. Nas letras pequenas percebemos que na inversa, o FCP ganhou 5 vezes.
Antes de falar deste Benfica de Vilarinho e Vieira, o tal Benfica da cassete da “credibilidade” e das “contas em dia”, embora com o património hipotecado e nalguns casos (Benfica Estádio) partilhado com interesses alheios e hostis ao clube, quero exprimir a minha convicção que vamos ganhar ao FCP e que vamos ser campeões.
Costumo separar as coisas: uma coisa é não gostar da actual “escravização” do Benfica dos sócios para satisfação dos interesses económicos estranhos ao clube, por parte do maior farsante que alguma vez surgiu no futebol português. Outra coisa é penalizar a equipa de futebol que, ao acaso, por planeamento ou por planeamento ao acaso, é a melhor do campeonato. E que a generalidade das análises aos erros dos árbitros e suas consequências na classificação, dão confortável vantagem pontual sobre o FCP.
Isto é o que eu sinto: vamos ser campeões. Agora sobre as estatísticas dos últimos confrontos com o FCP, tenho pena que o RECORD não tenha ido buscar os últimos 12 anos, pois o 12º resultado foi uma vitória por 2-1 da equipa que Vale e Azevedo deixou, com o reforço Roger contratado pela astronómica verba de 1,7 milhões de contos (nada mau, para quem dizia que o Benfica estava falido).
Se calhar foi por estar associada a Vale e Azevedo que essa vitória foi “escondida”. Mas para quem gosta de analisar o Benfica antes da “credibilidade” e depois da “credibilidade”, vamos então considerar os 12 resultados pós Outubro 2000. Temos então 3 vitórias, 5 derrotas e 4 empates. Resta dizer que todas as vitórias foram pela margem de 1 golo, o que diz bem do equilíbrio existente ou forçado (contra nós) pelos erros dos árbitros. E também, porque de facto os erros dos árbitros têm deixado marcado nestes jogos, dizer que o FCP beneficiou de mais penaltys a seu favor no estádio da Luz, do que o Benfica (idem com os jogos disputados no estádio da “Galinha”).
Esta é a realidade do futebol português, uma realidade que o actual projecto de Benfica veio consolidar. Basicamente porque ao contrário da “cassete” da credibilidade, este Benfica não é respeitado por ninguém. Quem está nos bastidores deste futebol podre e nalguns casos corrupto, sabe que o farsante não está ali para defender o clube, mas para defender outros interesses.
Confesso que não sei até que ponto a credibilidade ganha jogos, Mas se analisarmos os resultados feitos pelo Benfica de Vilarinho e Vieira, nos confrontos com FCP e SCP, e compararmos esses resultados com os obtidos pelas equipas no mandato de Vale e Azevedo, podemos tirar algumas conclusões.
Assim, desde que JVA tomou posse e até ao dia 28 de Outubro de 2000, o Benfica fez 15 jogos contra FCP e SCP, vencendo 7, empatando 3 e perdendo 5. Percentagem de pontos conquistada: 53%. Considerando os mandatos após 28 de Outubro de 2000, temos 48 jogos com 15 vitórias, 13 empates e 20 derrotas. Percentagem de pontos conquistada: 40%. Se retirarmos o mandato do presidente que falava conforme estava antes de almoço ou depois de almoço, ou seja, se ficarmos só com os mandatos de LFV temos 37 jogos, 12 vitórias, 10 empates e 15 derrotas. Percentagem de pontos conquistada: 41%.
Sou uma pessoa que apenas se interessa pelo Benfica e não por quem pontualmente o dirige. Já me ligaram a JVA ou como tendo beneficiado da sua amizade, o que é redondamente falso e próprio de gente mesquinha e sem nível. Das análises que faço, complementadas pelas análises económicas que outros fazem, resulta claramente que o Benfica tem uma história recente bem diferente da que é vendida em jornais, livros, manuais e Benfica TV.
A subjugação do actual Benfica aos interesses alheios ao sucesso do clube, estão aqui bem exemplificados: o tal presidente que tem os problemas que tem e que ainda hoje é mal percebido por quem tem uma percepção do clube em função das notícias que saem nos “midia”, construiu um Benfica que ganhou mais vezes a FCP e SCP do que este dos milhões, do Simão, Mantorras, Nuno Gomes, Rui Costa e Aimar. O tal Benfica dos “toscos” ingleses e do presidente sem credibilidade, nunca perdeu em casa com o FCP nos 3 jogos que fez (2 vitórias e 1 empate), coisa que agora acontece com inusitada frequência.
Estes resultados põem em causa não só o projecto económico do clube mas também uma certa forma de analisar e pensar o futebol, onde parece que os “lugares comuns” acerca dos bons jogadores e sua influência no desempenho das equipas, contrasta com os resultados de melhor qualidade das equipas sem jogadores de maior qualidade.
Que amanhã contudo, os “lugares comuns” sejam vencedores, pela 4ª vez em 13 encontros.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Critérios ...




FCP1 – Setúbal 0 em 9 de Janeiro de 2013

44’ Nélson Pedroso encosta-se em Sebá e João Capela apita grande penalidade. Ficam grandes dúvidas sobre a ilegalidade do lance. BOLA online 9 de Janeiro

43’ Penálti para o FC Porto! Sebá cai em luta com Nélson Pedroso. Lance duvidoso... RECORD online 9 de Janeiro

“Os sadinos não aproveitaram mas o FC Porto não desperdiçou a oportunidade quando o árbitro João Capela assinalou, aos 43 minutos, uma grande penalidade a favor da equipa da casa. O árbitro de Lisboa viu Nélson Pedroso derrubar Sebá na grande área...”. SAPO online 9 de Janeiro

“A grande penalidade gerou muitos protestos no banco dos sadinos, aparentemente sem razão, pois Nelson Pedroso afasta Sebá com o corpo na área”. CM online 9 de Janeiro

Note-se que nos casos dúbios, alguns jornalistas escolhem o jogo de palavras para deixar no ar a possibilidade de ter havido boa decisão. Uns jornalistas optam pelo “truque” de referir que o “árbitro viu a grande penalidade” (este argumento também vale para penaltys que existem e para os que não existem). Outros optam pela dúvida – aparentemente – mas “escondem” outros aspectos tais como, se o tal encosto foi suficiente para provocar o derrube, e se foi feito antes ou depois de jogar a bola. Vá lá que nem BOLA nem RECORD sempre solícitos para os lados do FCP, não tiveram dúvidas que o lance é duvidoso. Por uma vez...

Académica 0 – Benfica 0 em 25 de Fevereiro de 2012

58’ Aimar pontapeado (assim vi o lance) por Flávio

Pedro Henriques (JOGO online): Lance de difícil análise e que só a televisão permite ver, mas Aimar é tocado no pé e derrubado por Flávio no interior da área. Era grande penalidade.

Paulo Paraty (JOGO online): Não é visível, pela televisão, qualquer falta de Aimar. É um facto que o jogador do Benfica pára de repente e acaba tocado no pé de apoio por Flávio.

Resta dizer que nenhum dos árbitros se referiu ao facto (surreal?) de ter sido assinalada falta contra o Benfica, nesse lance. Sublinho a forma crápula como utilizam a televisão. Um diz que o lance só se percebe pela televisão, outro diz que pela televisão não se vê falta de Aimar. Ou seja. Para Henriques, a televisão serve para ajudar a limpar o erro do árbitro, para Paraty o árbitro até pode ter visto melhor do que na TV (porque assinalou falta que não se viu ...)

Benfica 1 – Atlético de Madrid 2 em 21 de Julho de 2009


“Em cima do intervalo o Atlético Madrid ganhou novamente vantagem. Miguel Vítor ao tentar cortar a bola tocou em Aguero na área e o árbitro considerou grande penalidade” – BOLA online

João Capela foi o árbitro destes 3 jogos. O mesmo que considerou faltoso um corte de bola, onde pode de facto ter havido contacto com Aguero de Miguel Vítor, em 2009, depois decidiu com a mesma orientação, os demais lances que aqui transcrevi. Sempre a favor dos interesses do FCP! Acresce outro lance no jogo com a Académica em que Bruno César vê um cruzamento desviado pelo braço de Adrien Silva (emprestado pelo SCP) em que nem ele, nem o árbitro assistente (que está no enfiamento da jogada) conseguiram ver. Mas o de Miguel Vítor e o penalty a favor do FCP conseguiram ver ... 

A arbitragem está melhor, diz frequentemente o Sr.º Vieira ...

sábado, 5 de janeiro de 2013

Estavamos pior que o Sporting - parte II


O que os protagonistas do Benfica diziam durante e na parte final do campeonato. A "cassete" da "pesada herança" só apareceu 11 anos depois, o que não deixa de ser estranho ...

“DURANTE O CAMPEONATO”

PRESIDENTE LANÇA ALERTA EM POMBAL
Vilarinho
: «Somos muitos mas há outros tantos contra nós»· (claro que quando Vale e Azevedo era presidente, nada disto acontecia. Eram todos nossos amigos: o FCP, o SCP, a Liga, o António Costa, o Mário Mendes, o Paulo Costa, a RTP, a Sporttv, o Joaquim, o BES, etc.)

O presidente encarnado confirmou que o Centro de Estágio do Seixal vai mesmo avançar (sim, 3 anos depois). Por outro lado, Luís Filipe Vieira prognosticou o título e contrariou adversários: “Apesar das bicadas, vamos com certeza ser campeões” (Vieira como se vê, é incorrigível. Vive da permanente fuga para a frente. Os sócios parecem gostar...)

MANUEL Vilarinho disse ontem que apesar de os benfiquistas serem muitos, existem outros tantos contra o clube a que preside (para quem disse na campanha eleitoral que ia ensinar Vale e Azevedo a ganhar no futebol, digamos que teve aqui um momento de verdade. Dos raros...). Em Pombal, durante os festejos do 15º aniversário da Casa do Benfica local, o presidente encarnado apelou à união e ouviu o gestor do futebol, Luís Filipe Vieira, prognosticar a vitória do campeonato, dar um voto de confiança à equipa técnica e voltar a falar em “reajustamentos” no plantel.

Foi Vieira o primeiro a discursar perante os benfiquistas de Pombal: “Cabe-me a mim a tarefa de criar ambição de concretizar o sonho de sermos campeões (falou verdade sem se referir à “pesada herança”. Mas em 12 anos apenas fomos campeões 2 vezes, com endividamento de mais de 230 milhões. Se um treinador não ganha, é despedido. Quem é que está a segurar Vieira no Benfica, se não os interesses poderosos do BES e do Sr.º Joaquim? Os resultados desportivos, não são de certeza...). Desde a equipa técnica, à equipa médica e aos jogadores temos de pensar que somos sempre os melhores (o resultado deste pensamento “à Vieira” começou por serem as duas piores classificações dos últimos 60 anos, um sexto e um quarto lugar). A equipa técnica e o plantel dão garantias mais do que suficientes para sermos campeões.” (então não deram? 4º lugar com menos 2 pontos do que o pior Souness e dos “toscos” ingleses)

Autor: ANTÓNIO JOSÉ OLIVEIRA
Data: Sábado, 1 de Dezembro de 2001


O DEPOIS”

Manuel Vilarinho garante
 «Participação na UEFA não é fundamental» (só era importante quando Vale e Azevedo era presidente)

O presidente "encarnado", revelou ontem que «a Taça UEFA é importante até porque motiva os adeptos e proporciona dividendos financeiros, mas não será por isso que, não atingido esse objectivo, o Benfica deixará de cumprir o projecto idealizado», assegurou (aqui se vê que o projecto idealizado não eram os títulos desportivos, como se exigiu a Vale e Azevedo, mas sim, abrir caminho para a entrada de outras forças para dentro do Benfica. A construção do estádio foi o 1º passo).

Sobre o próximo "derby" em Alvalade sublinhou: «Claro que confio na equipa. Aliás, os benfiquistas, tal como os sportinguistas, acreditam sempre nas vitórias. Tratando de um Benfica - Sporting, o resultado é sempre incerto. É uma incógnita mais uma vez». (é uma incógnita, como diria La Palisse. Aconteceu empate 1-1 com o golo do SCP a surgir aos 94 mn num penalty inventado pelo árbitro assistente de Martins dos Santos. A “credibilidade” do novo Benfica resultava em roubos de arbitragem, maiores do que a “falta de credibilidade” de Vale e Azevedo).

«Este pode nem ser um jogo decisivo para o título ou para o lugar na UEFA. Para nós, todos são importantes. Temos é que aproveitar os deslizes do FC Porto...», finalizou Manuel Vilarinho. (ao fim destes anos todos, com o FCP dominador nos órgãos da Liga e FPF, com apoio deste Benfica de Vieira, sim, ganhamos um título porque o FCP deslizou em demasia, e ganhamos outro porque fomos anormalmente bons, com jogadores que logo de seguida o Sr.º Vieira se encarregou de vender – Di Maria e Ramires)

(Retirado do site da Infodesporto em data que não fixei)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Estávamos pior que o Sporting - parte I


Fiquei bastante incomodado com a entrevista que o Sr.º Filipe Vieira, deu ao jornal a BOLA no dia 2 de Janeiro. Continua a pavonear uma arrogância incompreensível, a revelar uma falta de memória atroz e a mostrar um carácter que desqualifica a nobre função do Presidente do SL Benfica. Vieira continua a falar como se as suas palavras fossem sagradas, como se fossemos uma cambada de “cepos”, como se a história do Benfica tivesse começado em Novembro de 2000.
Mas as coisas não são bem assim. A memória das coisas esclarece o presente. Vejamos o que se passou na época 2001/2002, a tal que Vieira apelidou de “a primeira da nossa inteira responsabilidade”, quando da apresentação da equipa aos sócios, algures em princípios de Agosto de 2001.
Os comentários em itálico são da minha autoria. Tive de decompor o texto em duas partes, porque é demasiado extenso para este formato de blogue. O texto original foi publicado por mim, eagle01, em 2002-05-14 no Fórum dos Adeptos do Benfica (Delphi).

“ANTES DA ÉPOCA COMEÇAR”

RESPONSÁVEL CONTA COM A UNIÃO DOS BENFIQUISTAS
Luís Filipe Vieira: «Arrasaremos pela Europa»

NO FINAL da apresentação, o gestor do futebol, Luís Filipe Vieira, fez uma declaração à Imprensa onde, falando sempre na primeira pessoa, confirmou que a vinda de Simão e Júlio César para o Benfica não é uma miragem, mostrando grande crença no projecto do Benfica e salientando que o clube será um dos grandes do futebol europeu "dentro de dois anos". (ontem tal como hoje, Luís Filipe Vieira vive da demagogia e promessa barata. Vá lá, não se lembrou de dizer que a herança era pesada, isso foi só 10 anos mais tarde)

"Sei que sou um homem do protagonismo, mas não quero ser protagonista" (11 anos depois continua a ser um homem do protagonismo e continua a ser o único protagonista. Estamos a caminho do Sport Vieira e Benfica), afirmou o gestor para o futebol da SAD do Benfica, que reforçou, com ênfase: "Quero acordar definitivamente o Benfica." (e dar cartas na Europa daqui a uns anos, quando se lembrar que afinal não pôde fazê-lo porque o Benfica estava "pior" do que o SCP de 2012/13)

Para o final das declarações, Luís Filipe Vieira guardou a melhor parte: "Quero que o Benfica seja definitivamente líder na Europa do futebol. Se os benfiquistas ficarem unidos e derem a cara por este projecto, arrasaremos pela Europa fora, dentro de dois anos". (os benfiquistas deram-lhe sempre vitórias com mais de 90%, não pode falar de falta de união. Onde estão as vitórias europeias de 2004, 2 anos depois?) É caso para dizer que a confiança está em alta para os lados da Luz 
(confiança é uma palavra simpática. A demagogia estava em alta e assentou arraiais até hoje...).

Autor: RUI MATOS PEREIRA (RECORD)
Data: Sábado, 7 de Julho de 2001·



Aí está o arranque a sério da temporada benfiquista. A primeira etapa joga-se na Póvoa do Varzim. A estratégia está definida e é válida... não só para este jogo, mas para toda a longa maratona que é o campeonato. Toni, treinador do Benfica, é um homem optimista, confiante, mas também cauteloso, prudente, com frieza: «Toda a gente tem dito que somos campeões da pré-época (na altura, tal como hoje, parece ser uma sina das equipas benfiquistas do Sr.º Vieira), mas isso não existe. Em cada jogo que efectuarmos não podemos estar a menos de 100 por cento sob pena de não conseguirmos os nossos objectivos.»
Toni afiança que «o Benfica vai lutar até ao fim pelo título», garantindo que pretende que a sua equipa deixe de ser «um candidato histórico e passe a ser um candidato real» (caro Toni, o candidato “histórico” ao tempo de Vale e Azevedo, com os tostões e ingleses, fez mais 2 pontos que o teu candidato “real” dos milhões do Mantorras, Simão, jogadores e treinadores da casa, no final da época 2001/2002).


(Retirado do site da Infodesporto, Agosto 2001)