segunda-feira, 28 de abril de 2014

Benfica - FCP, round 4 ...



Portugal 28 de Abril de 2014

Mais um jogo contra o FCP, mais uma vitória, desta vez obtida na marcação de grandes penalidades, mais um momento de grande exaltação e fervor clubístico.
Como eu dizia quando escrevi o texto sobre o “Round 2” em 28 de Março, “estamos portanto no desenrolar de um autêntico “combate” com 5 rounds, esperando no final sermos vencedores por KO, mesmo que os árbitros e a comunicação social puxem para o lado do adversário”. Independentemente do resultado do 5º jogo, de facto já ganhamos este “combate” por KO técnico: 3 vitórias contra 1 derrota.
Precisamente em 27 de Março perdemos com o FCP para a 1ª mão da final da Taça de Portugal. E as mesmas vozes de sempre insurgiram-se contra as opções do treinador, contra o desempenho de alguns jogadores, enfim, deram (mais uma vez) um exemplo de falta de “fair-play”, de não saber perder, de falta de categoria para se considerarem adeptos de um grande clube como é o Benfica.
Possivelmente hoje, essas mesmas vozes idolatram o mesmo treinador que antes vilipendiaram, os jogadores que antes criticaram, etc. Mas a verdade como sempre, está no meio. Nem eram umas bestas há 1 mês, nem são bestiais agora. São sim os nossos treinadores e jogadores, e é isso que o faz especiais: serem os nossos!
E por serem nossos, o balanço não se pode fazer semana a semana, jogo a jogo, mas sim no final da época quando tudo terminar. No nosso clube há a tendência de intervir, pelos movimentos de opinião, em cada insucesso, sem perceber que a agitação prejudica a confiança dos jogadores e a relação que têm com o treinador, ou seja, criam empecilhos adicionais que dificultam o sucesso no jogo seguinte. Esperar que os treinadores e os jogadores sejam superiores aos adversários no campo, incluindo árbitros, e aos problemas criados pelos próprios adeptos, é algo muito difícil de ser bem sucedido.
Contudo Jesus tem superado essas enormes adversidades, características do nosso clube que é grande nas coisas boas mas também é grande nas coisas más. E tem-nas superado com qualidade ou seja, com futebol vistoso. Mas também com uma ponta de sorte, como foi o caso do jogo de ontem, onde uma equipa sem rotinas, pese o esforço e dedicação dos jogadores, conseguiu – com uma expulsão incorrecta – superiorizar-se pelas grandes penalidades a um adversário habituado a conquistar títulos, e que nada mais tinha a ganhar do que aquilo que acabou por perder.
Daqui resulta uma outra lição: no futebol a sorte e o azar também jogam e não devemos elogiar excessivamente quando temos sorte, mas também não devemos criticar excessivamente quando tivemos azar. E na época passada tivemos vários momentos de azar. Por ter noção do azar que tínhamos tido (já para não falar nos erros de arbitragem) eu sempre defendi a continuidade de Jorge Jesus enquanto a voz corrente e maioritária entre benfiquistas, era que JJ devia ser despedido para voltarmos à “Via Sacra” de termos 1 treinador por época (alguma gente parece sentir falta disso), "crucificado" regra geral, antes da Páscoa.
Desta vez e ao contrário do que se passou em 27 de Março, a 1ª página do RECORD, o 2º órgão oficial do SCP, não optou por enfatizar que o Benfica jogou contra o FCP sem 6 titulares. Ganhamos e assim já não se coloca a questão dos titulares. Aumenta-se a pressão com o título foi “Tripla à Vista”. Se não houver tripla, mais uma vez há espaço para criticar o treinador (do ponto de vista deles).
Por último as palavras de Jardel, de raro oportunismo acutilante num jogador, porque proferidas a quente (após o jogo, na flash interview), demonstram que para defender o Benfica não é preciso vir da Formação, não é preciso ser “benfiquinha” de pequenino. É preciso sentir a camisola, é preciso sentir a história do clube, é preciso sentir a paixão dos adeptos. Estas qualidades não dependem da nacionalidade do jogador, da sua cor ou credo religioso. Dependem das suas qualidade humanas. Já se sabia que Jardel era um grande profissional, mas agora mostrou ser também um bom benfiquista. É destes bons profissionais/benfiquistas que o Benfica mais precisa e não de benfiquistas filósofos baratos ou políticos de segunda nos programas de trios, e não só....

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O trigésimo quarto...



Portugal 23 de Abril de 2014

O trigésimo terceiro título de campeão, comemorado no dia de Páscoa, algo inédito na história do Benfica (e do futebol português), coincidindo com a idade que Jesus Cristo teria quando foi crucificado (33 anos) já deu motivo para alguns escritos de analistas desportivos sempre atentos às particularidades. Falar ou dissertar sobre pormenores sempre foi mais fácil e de fácil assimilação pelos receptores, do que analisar a substância das coisas, dos acontecimentos, dos feitos que ficam para a história.
Em bom rigor este não deveria ser o 33º título de campeão, mas sim o 34º título, se os erros direccionados de arbitragem da época passada (fora as outras) não tivessem intervido – simultaneamente - a favor do FCP e contra o Benfica. E nesta perspectiva, com o 34º título alcançado, não haveria motivos para brincar com a Páscoa.
Mas vendo a coisa também pelo prisma da presente época, foram os “erros” dos homens que organizam e promovem o actual futebol a favor do FCP (14 títulos de campeão nas últimas 20 épocas) que levaram o Benfica a ser campeão no dia de Páscoa. Uma coincidência pouco divina e um cúmulo metafórico de como os planos da manipulação da arbitragem a “régua e esquadro”, podem funcionar de forma muito distinta do previsto.
Obviamente que também houve muita competência própria para saber aproveitar esses erros dos homens “maus”. Competência do treinador, primeiro responsável de todas as decisões e suas consequências. Competência dos jogadores que tudo deram para colocar em campo o seu talento formatado pelas ideias do treinador. E houve também o amor e paixão dos adeptos, sempre fiéis, que nas horas más apoiaram e nas horas boas recompensaram. E foram recompensados. Esta época tem sido um exemplo quase perfeito do círculo virtuoso: os adeptos puxam pela equipa e a equipa puxa pelos adeptos!
Houve também mérito na Direcção, ou do Presidente, quando decidiu renovar com Jorge Jesus apesar das 3 finais perdidas (nas duas finais nacionais os árbitros não nos deixaram ganhar, mas para ele e os críticos é tudo igual). Apenas nisso teve mérito, porque tudo que podia ter feito para dificultar o sucesso da equipa, fez: silenciar críticas perante erros grosseiros de arbitragem e venda de Matic em Janeiro quando a equipa recuperava na classificação!
Felizmente temos Jesus que inventa, adapta, trabalha e melhora as qualidades dos jogadores que tem ao seu dispor, e tivemos algo mais, isto sim difícil de explicar: em 2 ou 3 jogos existiram erros de arbitragem inéditos contra o FCP, que nunca tinham acontecido nas épocas anteriores, como seja no Estoril, 1ª volta, Benfica e SCP na 2ª volta (note-se que também existiram erros a favor do FCP nos jogos do Estoril e Benfica). E tivemos algo ainda mais difícil de explicar: 3 penaltys contra o FCP em situações de jogo de incerteza, duas com 0-0 e uma com 0-1 a favor do FCP. Nestes jogos, Estoril 1ª volta, Marítimo e Estoril na 2ª volta, o FCP perdeu 8 pontos! Quem defende os árbitros que por regra não marcam penaltys a favor do Benfica, ou contra o FCP, porque “um penalty não é sinónimo de golo”, tem aqui a prova “matemática” que não é assim.
Fomos campeões à 28ª jornada, com 86,9% de pontos conquistados, o que é a mesma percentagem que tínhamos na mesma jornada da época passada. Portanto não é correcto afirmar-se que Jesus corrigiu erros passados, porque como se constata, Jesus manteve o nível pontual! A diferença é que o FCP foi menos ajudado pela arbitragem do que na época passada! Nesse ano o FCP apenas sofreu 1 penalty e quando ganhava 3-0. Se tivesse sofrido mais penaltys (como este ano), quando teve dois “guarda-redes”, obviamente que agora estávamos a celebrar agora o 34º título.
Por último, este ano fomos campeões com o número de golos marcados mais baixo da era de Jorge Jesus: 56! Será sempre a pior marca já que não chegaremos aos 66 golos marcados na época 2010/2011, até agora o seu pior registo. Contudo tivemos a melhor defesa das suas 5 épocas: 15 golos! Menos que os 20 golos sofridos em 30 jogos, no ano do último título e época passada! Neste aspecto há alguma razão para se confirmar que os jogos se ganham no ataque, mas os campeonatos ganham-se na defesa!
O Benfica foi finalmente campeão. A festa foi bonita e foi só nossa. Não foi uma festa contra ninguém como é apanágio da nossa cultura. Contudo, tenho um sentimento agridoce uma vez que o “foguetório” e o “forró” patrocinado pela Direcção são mais do mesmo que já temos visto: demagogia e oportunismo. Não perceberam porque razão Pedro Proença foi nomeado para a meia-final da Taça de Portugal, nem perceberam porque razão foi nomeado Marco Ferreira (da derrota na 1ª mão da Taça de Portugal com o FCP) para a Taça da Liga. A burrice da Direcção já é uma imagem da “marca” Benfica. Com ou sem “foguetório”...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Benfica - FCP, round 3

Portugal 18 de Abril de 2014

A propósito dos 5 jogos entre Benfica e FCP escrevi no texto “round 2” em 28 de Março que “estamos portanto no desenrolar de um autêntico “combate” com 5 rounds, esperando no final sermos vencedores por KO, mesmo que os árbitros e a comunicação social puxem para o lado do adversário. O Benfica ganhou o round 1 por 2-0, o FCP ganhou o round 2 por 1-0, e como é tradição nos locais de debate benfiquista, a derrota não foi bem encaixada. O “fair play” de certos adeptos é uma treta.”
No futebol, como bem lembra Jorge Jesus, tudo muda com um mau resultado. Acrescento, que também podem mudar muitas coisas com uma vitória. Em particular se for com o FCP, se for com Proença, se for com 10 jogadores em campo e permitir alcançar pela 2ª época consecutiva a final da Taça de Portugal. Para os amantes da estatística, recordo que desde as épocas 1995/96 e 96/97 que não conseguíamos 2 presenças consecutivas na final da Taça.
Estar na final da Taça tem sido difícil. E mais difícil se tornou recentemente, com a inclusão de meias-finais a duas mãos, onde o FCP tem sempre vantagem pelo valor da sua equipa, somado ao valor acrescentado pelas arbitragens. E contudo, conseguimos a segunda presença na final, em 5 anos de Jorge Jesus. Que podiam ser 3 não fosse a “roubalheira” de Carlos Xistra na fatídica 2ª mão da época 2010/2011. Uma “roubalheira” que passou despercebida à Direcção do Benfica. Para variar.
Esta vitória foi épica. Não vou repetir o que já foi dito, porque acho que já foi dito tudo que importava. Falta falar de Proença, o árbitro. A sua nomeação, sabendo que com 5/6 jogos arbitrados entre Benfica e FCP, o Benfica tinha ganho “zero”, era um óbvio sinal do “sistema” a favor do FCP, o clube que controla! Ora quem nomeia não sabe o que o árbitro vai fazer no jogo, apenas sabe que a matemática lhe diz que a probabilidade do FCP ter um determinado resultado é maior ou menor. E é maior ou menor conforme o árbitro for capaz de interpretar o “manual” de arbitrar de forma melhor ou pior, de forma mais cínica ou não. Proença bate todos os árbitros portugueses nessa matéria.
Os exemplos do sua “peculiar” forma de arbitrar são muitos. Limitando-nos a jogos do Benfica, recordamos o penalty assinalado a Yebda sobre Lizandro, a expulsão de Luisão (1ª em 10 anos de Benfica) após uma falta não sancionada de Guarin no jogo que valeu uma derrota por 5-0, a expulsão de Emerson na época 2011/2012 com duas faltas não sancionáveis com cartão, no mesmo jogo em que Djalma fez várias faltas sancionáveis com cartão e acabou por ser substituído a “tempo”, sem esquecer o golo em fora em jogo de quase 2 metros que não sendo da sua responsabilidade, foi apenas a cereja no topo do bolo desse jogo perdido por 3-1.
Podíamos lembrar jogos do Benfica com outras equipas, como por exemplo contra o Nacional na época passada, que com 2 pontos roubados, ajudou a que o Kelvin brilhasse no final da época. Podíamos recordar também a primeira grande demonstração do seu cinismo, num jogo com o Boavista na época 2001/2002 quando Toni construiu uma equipa candidata “real” ao título, mas que ficou em 4º lugar com menos pontos do que Souness e os ingleses (“toscos” para os mesmos entendidos que por aí continuam a pulular como pulgas ranhosas).
E apesar de todos estes antecedentes, o Benfica finalmente conseguiu ganhar um jogo ao FCP com Proença! Com 10! Com estilo! Com Proença a marcar 1 penalty contra o FCP, outro feito inédito, depois de ter expulso mal (para variar) um jogador ao Benfica, quando ganhávamos 1-0 e a nossa superioridade adivinhava a eliminação do FCP! Os planos do “sistema” às vezes correm mal....
Foi apenas o 3º jogo contra o FCP faltando dois que têm graus de importância distintos, e cuja priorização dependerá da evolução do Benfica nas outras competições, com a Liga Europa em destaque natural. Se o 1º jogo com a Juventus correr bem, é bem possível que a meia-final da Taça da Liga seja desvalorizada. Idem com último jogo do campeonato.
Decisões difíceis que fazem parte da vida de um treinador e que num clube com muita gente importante ingrata, por vezes são decisões que assumem um dramatismo escusado. Mas acredito que Jesus saberá tomar as melhores decisões em função do estado que o plantel apresentar antes de cada um desses jogos.
Para terminar e porque li muita imbecilidade escrita por gente que se acha mais benfiquista do que os outros, por gente que acha que sofre mais do que os outros, por gente que continua a desvalorizar o mérito do treinador nos feitos que temos conquistado paulatinamente e de forma sustentada, recordo aqui o que pensavam alguns ingratos de agora, em Junho de 2001:
O que é importante para o Benfica é constituir rapidamente como está a fazer, uma equipa de futebol ganhadora, que discuta o título e seja campeã nacional já para o ano. António Figueiredo em A BOLA 20 de Junho 2001
Estes que acreditavam piamente na estrutura directiva do Benfica (que se mantém), estes que estiveram associados a um dos piores ciclos do Benfica (Damásio 94/97), estes que acreditaram no “bom” trabalho que se estava a fazer e que culminou num 4º lugar na época 2001/2002 com os treinadores benfiquistas Toni primeiro e Jesualdo depois, são estes ingratos que na comunicação social continuam a atirar “papaias” sobre a excelsa qualidade do plantel actual, para desvalorizarem quem é responsável por essa qualidade. Gente ingrata, medíocre mas ... benfiquista e “notável”!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Paradigmas, paradoxos e pragmatismos...



Portugal 16 de Abril de 2014

Os últimos tempos têm-nos confirmado, jogo a jogo, que o principal objectivo da época está ali ao virar da esquina, mas também têm comprovado a existência de uma enorme envolvente de mediocridade, hipocrisia, fanatismo e intoxicação de valores opostos aos que devem ser os do futebol: mérito, fair-play, respeito e humildade.
Começando pelo presidente do SCP, qual D.º Quixote lutando não se sabe bem contra que tipo de “moinhos”, se contra o número maciço de vitórias do FCP nos campeonatos, se contra a vitória que se prevê vir a acontecer, do Benfica esta época. Não se consegue perceber se está incomodado com as 14 vitórias do FCP nos últimos 20 anos, ou se está preocupado com as 3 vitórias do Benfica no mesmo período, que ultrapassarão as 2 do SCP. Paradigmas sportinguistas...
Continuando do fim para o início do meu período de ausência, reparei também que o RECORD conseguiu publicar uma notícia que soa a encomenda do FCP, intitulada “FCP de pé atrás com Proença”. Na peça fala-se do óbvio, ou seja, mencionam-se os erros de Proença contra o FCP no último jogo com o SCP (podiam ter ido buscar os anteriores, onde o panorama foi inverso), mas estranhamente não conseguiram mencionar algo de muito mais difícil explicação, que é o facto do Benfica não ter ganho qualquer jogo ao FCP, com Proença a arbitrar. Paradigmas das novas “técnicas” de “informação” feitas à medida dos clientes. E o Benfica não consta na parte superior da lista dos melhores clientes do RECORD.
O surreal é que apesar disto, o RECORD continua mais bem informado do que a BOLA. Assim enquanto a BOLA ontem ainda colocava a hipótese de Luisão e Fejsa poderem jogar contra o FCP, o RECORD já sabia e publicava que eles não iam a jogo. Antes do jogo com o Arouca idem, idem, aspas, aspas. A BOLA foi ultrapassada pela qualidade da informação publicada no RECORD. Como é que alguém no Benfica continua a alimentar o RECORD apesar dos atentados à ética informativa que este ocs pratica continuadamente, a partir de uma Redacção infestada de sportinguistas doentes anti Benfica? Paradoxos das relações do nosso clube/SAD. Desde que tratem bem Vieira, o resto façam com quiserem...
Foi também “notícia” (confesso que não sei quem a poderia ter encomendado) num generalista que tem uma redacção desportiva repleta de adeptos do SCP, o CM, que Jesus estava a pensar sair para outro clube. A “inocente” “cacha” que ninguém sabe de onde veio (os jornalistas têm de proteger as “fontes” mesmo que estas não existam) foi depois pegada por vários jornalistas de vários ocs, transformando uma coisa que pode ser um boato estrategicamente lançado, num motivo de debate aceso e consequente, do papel de Jesus no Benfica.
Não acompanhei todos os programas onde isso foi debatido e onde vários pseudo comentadores bem pagos para deitar gasolina na fogueira, peroraram sobre as vantagens de Jesus sair agora, “por cima, com campeonato e eventualmente mais alguma prova ganha”. Mas estacionei, casualmente, num programa da RTP, no dia seguinte ao jogo com o Rio Ave, onde 3 jornalistas adeptos do SCP, Paulo Sérgio, António Tadeia e Carlos Dias, dissertavam sobre as razões da saída de Jesus! Os 3 adeptos do SCP lá explicaram o seu raciocínio, numa base de alguma lógica (estúpida, mas lógica), que este era o melhor momento para Jesus sair do Benfica. Para além deste novo paradigma de vermos os jornalistas do SCP preocupados com aquilo que é mais adequado para o Benfica e as pessoas que o servem, temos ainda o paradoxo dos mesmos três jornalistas terem defendido a saída de Jorge Jesus no final da época passada!
Digamos que para a RTP em Lisboa, que vive com o dinheiro dos contribuintes, o exemplo de “pluralidade” são 3 jornalistas adeptos do SCP a falaram de futebol, em particular quando o tema é Benfica! Ou quando é a análise dos erros de arbitragem do jogo SCP – FCP (o mesmo painel, as mesmas conclusões favoráveis às teses do SCP). E ainda mais, quando os mesmos três jornalistas defenderam, num ano o despedimento de Jesus por não ter ganho, e no ano seguinte defenderem a saída do mesmo Jesus por ter ganho! Grandes exemplos de coerência e de isenção, estes programas televisivos, ou seja, mais exemplos dos novos paradigmas e paradoxos da informação desportiva. Não é difícil de adivinhar porque razão, com tudo isto, há tanta dificuldade em ver penaltys a favor do Benfica nos jogos nacionais.
E porque o “futebolês” continua muito “portoguês”, o árbitro escolhido para a meia-final da Taça é aquele com o qual o Benfica nunca conseguiu ganhar ao FCP! Ontem antes de se saber da nomeação, Pinto da Costa dizia que “ainda havia 2 taças para ganhar”. Hoje Quaresma diz que já se vê no Jamor. Ambos e dois sabem como isto funciona e porque razão foi escolhido Proença...
Por muito pragmático que jogue o Benfica, com um resultado de 1-0 para dobrar, com Proença é mais difícil quem os vença. Claro que a matemática também nos diz que após uma série de resultados negativos, está mais próximo o jogo em que o resultado será positivo. Será hoje? Hum.....

quarta-feira, 2 de abril de 2014

No futebol português tudo se manipula...



Portugal 2 de Abril de 2014

Dizia há tempos atrás o Presidente do SCP que “tudo é passível de se manipular no futebol português”. Estou tentado a concordar com ele.
De facto, o Benfica venceu em Braga com o calculismo que tem caracterizado a 2ª metade da época, e para a comunicação social o destaque dos erros do árbitro foi a expulsão perdoada a Fejsa e não as duas expulsões perdoadas a jogadores do Braga, bem como um fora de jogo mal tirado a Lima, que o deixaria isolado frente ao guarda redes. Manipulação de factos para tirar conclusões erradas.
Também foi manipulada a contabilidade que o SCP fez acerca dos erros de arbitragem, a favor e contra os 3 ditos grandes. Manipulada 1) na fonte (imagens da Sporttv) que não tem em conta os erros que efectivamente foram acontecendo ao longo do campeonato, e que escaparam ao critério dessa estação. Como por exemplo o jogo Marítimo – Benfica da 1ª jornada, em que o 1º golo do Marítimo de penalty, foi obtido a partir de uma situação de fora de jogo não sancionado ao ataque do Marítimo, e o 2º golo foi obtido em posição de fora de jogo. Também existiu 1 penalty não assinalado sobre Lima ao mn 92, e ao mn 22 Gaitán foi impedido de se isolar e ficar apenas com o guarda-redes pela frente, o que implicaria cartão vermelho para o defesa. Mas também houve manipulação 2) nos conceitos, pois o presidente do SCP considerou o golo ao FCP, com meio corpo em fora de jogo, como um erro não grosseiro, mas considerou grosseiro o fora de jogo de Lima no golo ao Olhanense, um fora de jogo de milímetros...
Manipulação é coisa que regra geral acontece na apreciação ao trabalho dos árbitros nos jogos do FCP. Após termos sido brindados pela comunicação social com conclusões do tipo “os lances são de difícil decisão” quando vimos Fernando e Herrera terem entradas brutais sobre Fejsa e Salvio, ou quando Alex Sandro derrubou Luisão na grande área do FCP, pois passados 4 dias ficamos a saber que no Nacional da Madeira, o FCP foi prejudicado pelo trabalho do árbitro Capela, num jogo em que foi assinalado 1 penalty inexistente a favor do FCP! E tudo porque os mesmos que antes viram tudo como “difícil de decidir” agora viram, de fácil decisão, um suposto fora de jogo no 1º golo do Nacional e uma suposta não falta de Jackson num golo bem invalidado ao FCP. Em 4 dias o critério mudou, manipulando conclusões óbvias: o FCP beneficiou de erros de arbitragem para ganhar ao Benfica, o FCP não jogou o suficiente para ganhar ao Nacional e desculpa-se com erros de arbitragem que não existiram. É assim há mais de 20 anos, desde que a Olivedesportos passou a fazer parte da indústria da opinião.
Acresce que os que agora defenderam a invalidação do golo do Nacional, por fora de jogo de posição sem intervenção na jogada, são os mesmos que há dias defenderam a validação do golo do Belenenses contra o Benfica, apesar do jogador em fora de posição estar acampado à frente do guarda redes do Benfica.
E que dizer do principal título do RECORD de hoje, ao sugerir de forma incorrecta que o Arouca quer ajudar o Benfica a festejar? Transformaram um problema que o Clube tem com a Câmara de Arouca, num acção rasteira visando ajudar o Benfica a ser campeão. Mas esquecendo – intencionalmente - que o Arouca também vai jogar com o Gil Vicente no mesmo estádio que jogar contra o Benfica. Desinformar é uma forma grotesca de manipulação.
Até porque o SCP jogou contra o Olhanense no estádio Algarve, o FCP jogou contra o Paços de Ferreira no estádio do Felgueiras. Porque não pode jogar o Benfica contra o Arouca em Aveiro?
Mas o RECORD tem-nos brindado com muita outra informação pró SCP, violando todas as regras da equidade que os órgãos de comunicação social devem praticar face à realidade que noticiam. Neste prisma criaram o campeonato dos “golos mal invalidados”, mas quando comentei pedindo que criassem o campeonato dos “golos em fora de jogo”, dos “penaltys a favor” ou dos “minutos jogados em superioridade numérica”, esse comentário foi pura e simplesmente vetado. Quando se tem um mau objectivo e alguém se intromete procurando mostrar a tendência desse objectivo, manipula-se o critério de publicação da opinião.
E porque tudo se manipula, o Benfica desmentiu um “memo” que andou a circular na Internet propondo o encerramento das modalidades de Andebol e de Hóquei em Patins. O “memo” foi construído sobre papel timbrado com o selo do Benfica e estaria assinado por alguém da estrutura do Benfica. Qualquer semelhança de procedimento com os contratos falsificados que envolvem Vale e Azevedo e o Benfica é capaz de não ser mera coincidência. O manipulador pelos vistos está cá fora e continua a trabalhar. Agora contra o Benfica por razões que se desconhecem.