sexta-feira, 18 de abril de 2014

Benfica - FCP, round 3

Portugal 18 de Abril de 2014

A propósito dos 5 jogos entre Benfica e FCP escrevi no texto “round 2” em 28 de Março que “estamos portanto no desenrolar de um autêntico “combate” com 5 rounds, esperando no final sermos vencedores por KO, mesmo que os árbitros e a comunicação social puxem para o lado do adversário. O Benfica ganhou o round 1 por 2-0, o FCP ganhou o round 2 por 1-0, e como é tradição nos locais de debate benfiquista, a derrota não foi bem encaixada. O “fair play” de certos adeptos é uma treta.”
No futebol, como bem lembra Jorge Jesus, tudo muda com um mau resultado. Acrescento, que também podem mudar muitas coisas com uma vitória. Em particular se for com o FCP, se for com Proença, se for com 10 jogadores em campo e permitir alcançar pela 2ª época consecutiva a final da Taça de Portugal. Para os amantes da estatística, recordo que desde as épocas 1995/96 e 96/97 que não conseguíamos 2 presenças consecutivas na final da Taça.
Estar na final da Taça tem sido difícil. E mais difícil se tornou recentemente, com a inclusão de meias-finais a duas mãos, onde o FCP tem sempre vantagem pelo valor da sua equipa, somado ao valor acrescentado pelas arbitragens. E contudo, conseguimos a segunda presença na final, em 5 anos de Jorge Jesus. Que podiam ser 3 não fosse a “roubalheira” de Carlos Xistra na fatídica 2ª mão da época 2010/2011. Uma “roubalheira” que passou despercebida à Direcção do Benfica. Para variar.
Esta vitória foi épica. Não vou repetir o que já foi dito, porque acho que já foi dito tudo que importava. Falta falar de Proença, o árbitro. A sua nomeação, sabendo que com 5/6 jogos arbitrados entre Benfica e FCP, o Benfica tinha ganho “zero”, era um óbvio sinal do “sistema” a favor do FCP, o clube que controla! Ora quem nomeia não sabe o que o árbitro vai fazer no jogo, apenas sabe que a matemática lhe diz que a probabilidade do FCP ter um determinado resultado é maior ou menor. E é maior ou menor conforme o árbitro for capaz de interpretar o “manual” de arbitrar de forma melhor ou pior, de forma mais cínica ou não. Proença bate todos os árbitros portugueses nessa matéria.
Os exemplos do sua “peculiar” forma de arbitrar são muitos. Limitando-nos a jogos do Benfica, recordamos o penalty assinalado a Yebda sobre Lizandro, a expulsão de Luisão (1ª em 10 anos de Benfica) após uma falta não sancionada de Guarin no jogo que valeu uma derrota por 5-0, a expulsão de Emerson na época 2011/2012 com duas faltas não sancionáveis com cartão, no mesmo jogo em que Djalma fez várias faltas sancionáveis com cartão e acabou por ser substituído a “tempo”, sem esquecer o golo em fora em jogo de quase 2 metros que não sendo da sua responsabilidade, foi apenas a cereja no topo do bolo desse jogo perdido por 3-1.
Podíamos lembrar jogos do Benfica com outras equipas, como por exemplo contra o Nacional na época passada, que com 2 pontos roubados, ajudou a que o Kelvin brilhasse no final da época. Podíamos recordar também a primeira grande demonstração do seu cinismo, num jogo com o Boavista na época 2001/2002 quando Toni construiu uma equipa candidata “real” ao título, mas que ficou em 4º lugar com menos pontos do que Souness e os ingleses (“toscos” para os mesmos entendidos que por aí continuam a pulular como pulgas ranhosas).
E apesar de todos estes antecedentes, o Benfica finalmente conseguiu ganhar um jogo ao FCP com Proença! Com 10! Com estilo! Com Proença a marcar 1 penalty contra o FCP, outro feito inédito, depois de ter expulso mal (para variar) um jogador ao Benfica, quando ganhávamos 1-0 e a nossa superioridade adivinhava a eliminação do FCP! Os planos do “sistema” às vezes correm mal....
Foi apenas o 3º jogo contra o FCP faltando dois que têm graus de importância distintos, e cuja priorização dependerá da evolução do Benfica nas outras competições, com a Liga Europa em destaque natural. Se o 1º jogo com a Juventus correr bem, é bem possível que a meia-final da Taça da Liga seja desvalorizada. Idem com último jogo do campeonato.
Decisões difíceis que fazem parte da vida de um treinador e que num clube com muita gente importante ingrata, por vezes são decisões que assumem um dramatismo escusado. Mas acredito que Jesus saberá tomar as melhores decisões em função do estado que o plantel apresentar antes de cada um desses jogos.
Para terminar e porque li muita imbecilidade escrita por gente que se acha mais benfiquista do que os outros, por gente que acha que sofre mais do que os outros, por gente que continua a desvalorizar o mérito do treinador nos feitos que temos conquistado paulatinamente e de forma sustentada, recordo aqui o que pensavam alguns ingratos de agora, em Junho de 2001:
O que é importante para o Benfica é constituir rapidamente como está a fazer, uma equipa de futebol ganhadora, que discuta o título e seja campeã nacional já para o ano. António Figueiredo em A BOLA 20 de Junho 2001
Estes que acreditavam piamente na estrutura directiva do Benfica (que se mantém), estes que estiveram associados a um dos piores ciclos do Benfica (Damásio 94/97), estes que acreditaram no “bom” trabalho que se estava a fazer e que culminou num 4º lugar na época 2001/2002 com os treinadores benfiquistas Toni primeiro e Jesualdo depois, são estes ingratos que na comunicação social continuam a atirar “papaias” sobre a excelsa qualidade do plantel actual, para desvalorizarem quem é responsável por essa qualidade. Gente ingrata, medíocre mas ... benfiquista e “notável”!

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