Portugal 13 de Janeiro de 2015
Foi um fim-de-semana à Benfica este que antecedeu a entrega do prémio
de melhor jogador do Mundo, ao único jogador que para além dos golos que marca
no seu clube, pagou uma estátua para se homenagear a si próprio o que deve ser
inédito em todos os grandes jogadores que já receberam o prémio FIFA.
Tivemos uma vitória convincente (e sem casos de arbitragem) no Futebol, ganhamos em todos os escalões de
formação excepto nos Juniores (mas compreende-se, uma vez que têm enorme vantagem
sobre o 2º classificado), ganhamos o tricampeonato de estrada em Atletismo
masculino, o bicampeonato de estrada em Atletismo feminino, goleamos o SCP no
seu pavilhão por 7-0, demos uma “abada” à Oliveirense no Basquetebol e goleamos
6-1 fora de portas o Módicus, única equipa que havia retirado pontos ao Benfica
em Futsal. Como se sabe não houve jornada de Vólei nem de Andebol por
diferentes razões.
Começando pelo final, gostei do
que vi no Futsal. Uma equipa coesa,
evoluída tacticamente e com espírito de sacrifício. O treinador tem que
merecer algum crédito, apesar de também termos bons jogadores, mas que não destaco
nenhum pois parece-me que o “colectivo” é o ponto forte da equipa.
No Basquet estamos a colher os
frutos de anos de investimento e temos uma boa equipa. Mas não podemos ignorar
que existe um contexto nacional de algum desinvestimento na modalidade embora também isso nos faça diferentes, uma vez
que se não apostássemos, o Basquetebol nacional viveria dias complicados.
No Hóquei, uma vitória por números
que os adeptos do SCP gostam. Eles têm uma fixação tão grande pelo 7 que é
sempre agradável quando somos nós a marcar-lhes 7 golos, mesmo que seja no
Hóquei. Estou agradavelmente surpreendido com a nossa equipa e com o treinador,
que nos jogos difíceis tem conseguido
obter bons resultados. No ano passado, apesar de termos perdido o
campeonato, tivemos goal-average directo superior aos outros dois rivais
Valongo e FCP, sendo de destacar o “cabaz” que o FCP levou da Luz, 6-1. Este
ano as vitórias em casa do FCP e do SCP indicam que podemos aspirar ao
principal título, o campeonato.
Em futebol, na formação, os
juvenis conseguiram o apuramento para a fase seguinte (fase onde não estará o
SCP que foi ultrapassado pelo Real de Massamá), bem como nos iniciados. Nos
juniores essa meta estava garantida. A parte difícil vem daqui para a frente...
Quanto aos seniores, como disse
Jorge Jesus, possivelmente a melhor
exibição do Benfica esta época em casa, 3 golos, 3 bolas nos ferros da
baliza do Guimarães, e sim, finalmente
vi a equipa jogar à bola e a dar indicações que as nossas principais
expectativas, a conquista do campeonato, poderão não ser tão ilusórias como
muitos pensam.
Jonas (30 anos) assume-se como
artilheiro, joga misto como posicional e em velocidade, sentido de baliza
apurado pela sua técnica e pela sua maturidade. A idade nem sempre é uma
desvantagem, apesar de haver muito imbecil que aplaudiu a venda de Enzo Peres
(29 anos) porque estava a caminhar para “velho”.
Lima teve um bom pormenor no 2º golo
e mostrou que poderá ser útil noutra zona do campo que não a grande área, ou
seja, parece poder fazer o lugar de ala direito, abrindo espaços no interior
para os médios poderem progredir e rematar à baliza.
Samaris pareceu-me muito mais
entrosado com a equipa na posição 6 e disso beneficiou Talisca.
No resto vi uma equipa tacticamente culta, aproveitando bem o adiantamento
do adversário no terreno com passes de ruptura (como se diz) para as “costas”
da defesa deles, dos quais resultaram os últimos 2 golos. Mérito para o treinador que continua a fazer pequenos “milagres”
que nos colocam lá em cima.
Naturalmente não poderia deixar de
sublinhar a opinião de Fernando Guerra, jornalista da BOLA e adepto do Benfica,
no programa da noite. Para este suposto entendido, o FCP teve mais dificuldades
do que as esperadas, muito por culpa do Belenenses, e “o Benfica teve mais
facilidades do que o esperado, muito por culpa da má exibição do Guimarães”.
Para este “entendido” a opção, “o
Benfica não deixou jogar o Guimarães”, não existiu. Isso é para clubes como FCP
e SCP. Para o Benfica, copo meio vazio, para FCP e SCP, copo meio cheio. Fernando
Guerra é apenas um dos muitos exemplos
do crepúsculo benfiquista em matéria de análise jornalística.
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