Portugal 7 de Março
de 2016
Uma vitória em
Alvalade tão merecida quanto bafejada pela sorte que nos faltou no jogo contra
o FCP, não só relançou o Benfica na luta
pelo título como semeou o pânico no clube do “picareta falante” presidente
do rival derrotado. Eles que pensavam que eram uma espécie de imbatíveis a
nível interno, suposição alimentada por páginas e páginas de notícias “jeitosas”
como aquela que “Jesus está mais perto do
objectivo (ganhar 2 milhões se for campeão) ” ou “nunca uma equipa foi campeã depois de perder 3 clássicos/derbis”, etc.,
etc., fora as doutas opiniões dos painéis de trios da “vida airada”, que falam bem de futebol mas sem dizerem nada que interesse sobre o
jogo em si mesmo.
O Benfica foi feliz,
se calhar porque mereceu ser feliz.
A atitude inicial foi muito positiva e proactiva, porque a equipa não se limitou a esperar pelo erro adversário mas soube
pressionar o SCP no seu meio campo, forçando o erro. Como aquele de William
Carvalho no lance que deu o golo de Mitroglou. Houve outros erros que não deram
em nada, mas poderiam dar se o árbitro tivesse outro tipo de decisão, como o
empurrão a Jonas dentro da grande área, ou a virilidade excessiva de Coates
sobre Gaitan, também dentro da área.
A equipa do Benfica
teve uma boa atitude, porque foi competente, mas também beneficiou do excesso
de confiança dos adeptos do SCP que neste jogo fizeram o papel dos adeptos do
Benfica antes do jogo com o FCP. Há
demasiadas semelhanças para não deixar de registar este facto. Até no
resultado.
Esta vitória aliada
à derrota do FCP em Braga, um campo difícil onde conseguimos vencer e onde,
para mim, coloca-nos em situação
privilegiada para a luta pelo inédito tricampeonato nos últimos “não sei
quantos anos”. E praticamente assegura a entrada directa na Champions.
Se a luta pelo
campeonato era algo impensável em meados de Dezembro, quando empatamos na União
da Madeira e ficamos a 7 pontos do SCP
que jogava que se “fartava”, segundo a comunicação social, mas que depois foi perder
1-0 à União da Madeira que entretanto alugara um autocarro (com o Benfica “não”...).
Já a entrada directa na Champions era um objectivo relativamente mais acessível
mas que se afigurava custoso uma vez que o FCP ainda não tinha perdido para as competições
nacionais e isso valorizava-lhes o potencial...
Hoje a realidade é
a que se sabe. A equipa mais concretizadora do campeonato tem tido o seu
sucesso relativo, é a melhor equipa na 2ª volta e com a vitória em Alvalade, na
minha opinião entra na 3ª fase do
campeonato: a fase da confirmação. Diria que a 1ª fase (10 jogos, 3
derrotas), a fase da “estrutura” que
planeou a promoção de Gonçalo Guedes, Nélson Semedo e até Victor Andrade,
terminou na recepção ao Boavista, com a primeira utilização de Renato Sanches
(entrou aos 93 mn), para além do apagamento (por razões diversas) de todos os
três nomes da formação que a “estrutura” havia lançado. Depois tivemos uma 2ª
fase (15 jogos, 1 empate, 1 derrota) iniciada com a vitória em Braga onde as
circunstâncias fortuitas que levaram à titularidade de Renato (abaixamento de
forma ou castigos de Samaris, mais as lesões de Fejsa e Sálvio) acabaram por
proporcionar outro tipo de jogo, mais musculado no meio campo e mais eficaz
defensiva e ofensivamente. Diria que foi uma
fase de transformação porque se alteraram quase todas as premissas do planeamento,
embora devido a circunstâncias fortuitas, tendo-se encontrado uma melhor
solução de jogo.
E entramos na 3ª
fase como primeiros classificados, uma fase de confirmação, onde iremos fazer 9
jogos e onde seremos testados aos
limites, no campo psicológico, físico e no jogo jogado.
O calendário
reserva-nos 5 jogos em casa e 4 fora de casa. Contudo eu prefiro ver em “pacotes”
de três jogos, a começar já com Tondela, Boavista e Braga enquanto o SCP joga
com Estoril, Arouca e Belenenses. É
fundamental vencer os nossos três jogos, já que o SCP poderá com mais
facilidade ganhar os seus e como se sabe, em caso de igualdade pontual, eles
têm vantagem no goal-average directo...
Uma coisa é certa: “os
dados estão lançados” e nós temos vantagem sobre os rivais de 2 e 6 pontos. Daqui para a frente é tudo uma questão de competência
e raça. Com ou sem lesões.
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