Portugal 3
de Outubro de 2014
O CM lançou hoje a próxima novela
em torno do treinador do Benfica, como aliás anda há anos a fazer através de
artigos de opinião ou notícias “maquilhadas” e sempre orientadas contra o treinador. Não contra a Direcção e
Vieira pois como se sabe, a Cofina tem boas relações com eles e até promoveu
Pedro (em) Guerra (com todos), um “talibã” vieirista que já se deu ao desplante
de ligar para a BTV com nome camuflado, apenas para tecer loas à gestão do
muito ilustre, nas palavras dele, Filipe Vieira. Que já agora, também é quem
lhe paga o salário na BTV.
De acordo com a “notícia” do CM, subscrita por António Pereira, que só por mero acaso
é adepto do SCP, Jesus está a ser contestado em surdina pela forma como tem
abordado a participação do Benfica na Champions. Segundo “testemunhos” que o
jornalista do SCP conseguiu obter, em surdina, criticam o facto de manter o
modelo de jogo do campeonato nacional na Champions League, sugerem que os
jogadores têm uma atitude passiva nos jogos por causa do discurso do treinador,
e outros ainda questionam as exibições de Júlio César, Jardel e Cristante
embora refiram que eles não são os maiores culpados.
Como alguns sabem e muitos mais continuam
a não querer saber, esta malta da
comunicação social move-se bem entre as hostes benfiquistas, sabendo quem
devem e que não devem contactar, sempre que alguma coisa corre mal. No que diz
respeito ao futebol, a perspectiva é
sempre empolar o que está mal, para criar a confusão generalizada e impedir
que se pense racionalmente na procura das melhores soluções.
No Benfica há quem goste deste estado de coisas. Em particular a Direcção, pois
enquanto a comunicação social “bate” no treinador e nos jogadores, não bate nas opções de gestão e de
estratégia dessa mesma Direcção. Parece até haver um pacto com a
comunicação social: “quanto à equipa de futebol, sirvam-se. Quanto à Direcção
alto e pára o baile”.
Voltando ao jogo da Alemanha, é
bom recordar que em mais de 50 anos,
apenas por 2 vezes ganhamos lá, ambas com Jesus a treinador e Cardozo a
marcar golos (Estugarda e Leverkusen). Contra o Bayer também jogaram Garay,
Luisão, Urreta, André Gomes, Gaitan, Melgarejo, Matic, Ola Jonh e Artur Moraes.
Suplentes utilizados, Enzo Peres, Lima e Sálvio.
Claro que na perspectiva dos que
criticam Jesus em surdina, antes do jogo
este seria um 11 de “invenções”.
Urreta em vez de Sálvio? André Gomes (2 anos mais “puto”) em vez de Enzo Peres?
Ah, ganhamos e como tal, Jesus não inventou. Pelo contrário, descobriu os
talentos de Urreta e André Gomes. Se não ganhasse, já tinha inventado. O benfiquista da “surdina” é apenas um mau
adepto, pouco sabedor das coisas do futebol mas com mania que sabe.
Também é bom lembrar que essa
equipa que ganhou lá, tinha saído da Champions e como tal, levava muitos jogos
em cima das pernas. Ao contrário da que agora perdeu 3-1, que fez apenas o 9º
jogo oficial com metade da equipa sem ter feito a pré-temporada (Luisão,
Jardel, Cristante, Samaris e Júlio César), ou terem jogado pouco tempo nesses
jogos (Derlei)!
Mas os da surdina, os mesmos que alimentam a critica que nos consome, há
anos, acham que nada disto é relevante. E que o ordenado de Jesus é
suficiente para transformar Jardel em Garay, Cristante ou Samaris em Matic ou
até Fejsa, Talisca em Cardozo. Mas não
é! E o stock do “manel” esgotou...
Mas o mais surpreendente dos
críticos da surdina, é contestarem Jesus por usar a mesma táctica nas
competições nacionais, e nas europeias! Depois
de 5 anos à frente do futebol do Benfica, só agora repararam! Mas foi com
essa forma de “armar” as equipas que perdemos 4-1 em Liverpool, 2-0 no
Shalke04, 3-0 com o Happoel, 2-1 em Moscovo contra o Spartak e na época passada
empate 1-1 em casa e derrota 1-0 fora contra o Olimpiakos. Infelizmente nessa altura ninguém reparou, excepto eu e mais uma meia
dúzia de adeptos atentos!
Mas não foi por aí que perdemos e que demos uma má imagem do Benfica. Como
já tínhamos dado na tal pré-temporada que os
avençados da BTV e alguns comentadores “lambe botas” defendem como tendo sido
positiva. Perdemos e vamos perder mais vezes, na Champions pelo elevado
grau de dificuldade da prova, neste ou noutro grupo, uns mais outros menos, porque
na alta competição não há lugar para
amadorismos na preparação das equipas, nem lugar para quem acha que num ano
pode levar uma equipa, e noutro levar outra que é 50% diferente e mais barata.
Isto é que se devia discutir, não em surdina, mas alto e bom som, para
que se pudesse avaliar qual o modelo desportivo e futebolístico do Benfica e porque para além de se vender
quase todos os jogadores que são interessantes para o mercado do futebol, ainda se “dão” praticamente dados, sem
explicação plausível, jogadores de categoria mundial como Garay, e
jogadores importantes na manobra atacante do Benfica, como Cardozo, para
apostarmos em César da 2ª divisão brasileira, e Talisca (4 milhões) que não é
um jogador posicional como Cardozo (para além de ser jovem e estar em fase de
aprendizagem do rigor táctico do futebol europeu).
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