Portugal, 5 de Maio de 2012
O campeão da fraude vai ser hoje entronizado e para que a festa seja mais irónica, o convidado de honra é o SCP. Os seus “compagnons de route” desde 1995 quando ambos optaram pelos mesmos modelos de SAD e grupo empresarial. Foi na época 1994/95 que o Organismo Autónomo organizou a partir do Porto o 1º campeonato, e o FCP de Bobby Robson venceu com 91% de pontos ganhos, o 2º melhor registo dos últimos 25 anos ... o maior foi Villas-Boas com 93%, ele que foi o pior treinador da era Abramovitch. Adiante.
O controlo que o FCP hoje dispõe no circuito que envolve tudo que é arbitragem, e que antes, com a FPF, tinha de dividir com clubes importantes das Associações que dividiam a influência com a AF Porto, esse controlo resulta de uma vontade, de uma estratégia, de um plano bem arquitectado e melhor executado.
Enquanto em Lisboa se privilegiou desde sempre a tese dos “erros próprios”, mudando-se de jogadores, mudando-se de treinadores e até de Presidentes, no Porto optou-se pelo controlo da arbitragem como forma de garantir melhores desempenhos em campo. E destes resultam mais facilmente vitorias, mais pontos, mais pressão sobre os adversários directos, mais títulos de campeão. Se em simultâneo os adversários directos fossem impedidos de ganhar com a facilidade que o seu futebol merecia, então essas conquistas podiam ser ainda maiores, mais “nítidas”, mais “convincentes”.
Alguém publicou os seguintes dados, referentes ao período 1984/2003, que na altura recolhi num site e que exemplificam o que mudou na arbitragem com esta estratégia do FCP: penalties a favor do FCP, 173, contra, 40. Penalties a favor do Benfica 130, contra, 55. Penalties a favor do SCP 123, contra, 41. Cartões amarelos FCP 1185, Benfica 1225, SCP 1291. Cartões vermelhos FCP 73, Benfica 98, SCP 88. Não por acaso o FCP ganhou 490 jogos, empatou 120 e perdeu 62. O Benfica também não por acaso ganhou 420, empatou 155 e perdeu 97. O SCP ganhou 383, empatou 168 e perdeu 120.
Tenho pena que não se possa fazer a destrinça entre as épocas 84/85 a 93/94 e 94/95 até 2002/03, para verificar a diferença destes dados, entre a arbitragem na FPF e a arbitragem na Liga. Desta maneira as conclusões ficam um pouco limitadas. Menos no essencial: o FCP é o clube que tem mais penalties a favor, menos penalties contra, menos cartões amarelos, menos cartões vermelhos. Como consequência é o clube que apresenta mais vitórias, menos empates e menos derrotas. Ou seja, por tabela é o clube que faz mais pontos. E que ganha mais campeonatos!
Não perceber isto é não perceber o futebol e não perceber porque razão Lisboa perdeu o protagonismo no futebol e se limitam a ser os maiores financiadores de uma “festa” (campeonato) de que estão condenados a ficar sempre á porta enquanto vêm os outros divertirem-se. Na presente temporada se mais exemplos fossem precisos, basta concentrarmos a nossa atenção na jornada 28, a que fez o FCP sagrar-se campeão uma vez mais.
Assim no Marítimo - FCP um árbitro que em tempos foi pressionado pelo FCP como ficou evidente nas escutas entre Pinto de Sousa e Pinto da Costa, (2003) esse desgraçado não podia assinalar penalti contra o FCP, quando Hulk agarrou Heldon de maneira mais evidente que Luisão sobre Wolswinkel. Porque estava 0-1 para o FCP e o título ficava mais longe. Até porque o Marítimo estava a jogar melhor. Então fez o que manda o “manual”: cartão amarelo para o atacante! De seguida na recta final, conseguiu ver penalty num lance em que Djalma se projecta contra o defesa do Marítimo que assim leva 2º amarelo e é expulso!
Ou seja, o FCP jogou mal e graças a 2 decisões invertidas do árbitro, ganhou 2-0. Se fosse o Benfica era assinalado o penalti contra, e o jogo se calhar era empatado ou perdido se o árbitro inventasse umas faltas contra o Benfica nas imediações da área e uma delas desse golo, como Xistra fez em Guimarães.
Em Vila do Conde, a nomeação de Olegário foi desde logo uma provocação após os erros da época passada no Guimarães - Benfica e após este árbitro ter sido retirado dos jogos do Benfica, numa aparente (só aparente) atitude de respeito pelo Benfica.
Olegário até arbitrou razoavelmente bem até aos últimos 10 mn, onde percebendo que o FCP estava quase a ser campeão, permitiu condutas ilegais aos defesas que resultaram em 2 penalties não assinalados a nosso favor. Teve “azar” pois o jogo estava-lhe a correr “bem”, o Benfica até estava empatado por mérito do Rio Ave e por desacerto nosso, quando entretanto os defesas do Rio Ave decidiram abusar da generosidade do árbitro e entalaram-no, obrigando a mostrar de que lado sempre esteve. É esta a história deste campeonato da fraude.
http://www.youtube.com/watch?v=Dg0FwoqTwfo&feature=youtu.be
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