Portugal, 20 de Abril de 2011
Com a eliminação do PSV na Liga Europa, curiosamente com Roberto na baliza (impediu o 3-0 com defesa por instinto), com César Peixoto no onze inicial (ganhou o penalty que dá o empate) e com Cardozo a marcar o penalti, esta equipa do Benfica fez história uma vez mais.
Fez história porque há 17 anos que não estávamos numa fase tão adiantada de uma prova europeia, o último degrau antes da Final. Na altura fomos eliminados pelo Parma na Taça das Taças.
Fez história porque há 28 anos que não estávamos na meia-final da competição que sucedeu à Taça UEFA. Nessa época fantástica, eliminamos o Universitae Craiova com 2 empates.
Fez história porque pela primeira vez, sim, pela primeira vez, o Benfica vai jogar contra uma equipa portuguesa numa prova europeia.
Fez história porque pela primeira vez, sim, pela primeira vez, vamos jogar contra uma equipa portuguesa, com uma equipa de arbitragem estrangeira.
Este feito só por si já contribui para a excelência da época que temos vindo a fazer, onde o pior resultado é na competição da regularidade - o campeonato - regularidade essa que hoje em dia tem a ver com a regularidade com que o Benfica é prejudicado pelos erros das equipas de arbitragem ao mesmo tempo que vemos o nosso principal rival ser regularmente beneficiado pelas mesmas equipas de arbitragem que nos prejudicam.
(“Confiem em mim” disse o Sr.º Vieira quando decidiu apoiar Fernando Gomes e Vítor Pereira para a Presidência da Liga e da Comissão de Arbitragem da Liga).
O nosso ADN benfiquista é vencer todos os jogos e competições em que participamos. O nosso desejo, a nossa crença, a nossa ilusão é conseguirmos uma vez mais estar na final de uma prova europeia, faltando este último escolho português. Um escolho como outro qualquer que chegasse a esta fase da prova, nas que por ser português e dentro da problemática do “sistema” nos coloca responsabilidades acrescidas. Não podemos falhar com uma arbitragem estrangeira e o desejável é que a passagem à final se dê com distinção: 2 vitórias. Será pedir muito eu sei, mas já mostramos por diversas vezes que somos a melhor equipa portuguesa. Que não seja agora que, por lesões, por infelicidade nos remates, por qualquer erro do árbitro (dos que existem e temos que aceitar por serem casuísticos, logo não intencionais) que sejamos impedidos de fazer uma boa exibição e obter um bom resultado nos dois jogos.
Como homenagem registo a campanha dos adversários da Liga Europa que galhardamente eliminamos:
Estugarda: 5 vitórias na fase de grupos (3-0 ao Young Boys, 2-1 e 5-1 ao Odense, 1-0 e 3-0 ao Getafe) e 1 derrota no último jogo (4-2 fora no Young Boys).
Paris Saint Germain: 3 vitórias (Sevilha 1-0 e 4-2, e 2-0 Karpaty Lviv) e 3 empates (0-0 e 1-1 com Borussia Dortmund e fora com Karpaty Lviv) na fase de grupos. 2 empates (2-2 e 0-0) nos dezasseis avos de final com BATE Borisov.
PSV: derrota no 1º jogo da fase de grupos em casa com a Sampdória, depois 4 vitórias (2-0 fora ao Metalist, 2-1 fora ao Debreceni e Sampdória, 3-0 em casa ao Debreceni) e 1 empate (0-0 em casa com Metalist). Na fase a eliminar 2 vitórias (3-1 ao Lille em casa e 1-0 ao Rangers fora) e 2 empates (2-2 com Lille e Rangers 0-0).
Honra aos vencidos, glória aos vencedores.
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