Portugal 3 de Abril de 2011
A animosidade entre o FCP e o Benfica cresceu exponencialmente desde que Pinto da Costa foi eleito presidente do FCP. Desde aí são vários os episódios de uma violência inaudita, em particular contra os corajosos adeptos que fazem questão de ir apoiar o Benfica no estádio da “Galinha”. Mas não só.
Recordo um episódio digno de um filme de acção policial, há cerca de 2 anos, quando a nossa equipa de Futsal se deslocou ao Norte (para mim é Sudoeste) e foi perseguida por um automóvel onde um dos passageiros mostrou uma shotgun, dando-se ao desplante de se colocar do lado de fora do vidro do passageiro da frente. A cena foi filmada e alguns sítios de internet mostraram. Já este ano, o autocarro que transportava a nossa equipa de Vólei foi atacado quando regressava de mais uma fantástica vitória em Guimarães. À pedrada para variar.
Por estes dias essa violência conheceu mais episódios. Assim na viagem de regresso da magnífica vitória em Paços de Ferreira, o autocarro onde seguia a nossa equipa, foi atacada com um saco de pedras lançado do único viaduto que não estava sujeito a vigilância policial. Por milagre esse saco não atingiu o vidro frontal, mas sim terá resvalado pelo tejadilho até apanhar o carro do Sr.º Vieira. Caso na queda tivesse atingido qualquer um dos vidros frontais, teríamos vítimas mortais a lamentar. Recordo um acidente mortal ocorrido na A1 pouco após a sua inauguração, com o mesmo tipo de agressão: uma pedra caída de um viaduto que atingiu o vidro na projecção do passageiro da frente que teve morte imediata.
Depois deste bárbaro ataque, que por sua vez ocorreu dias depois do Dr.º Rui Gomes da Silva ser agredido à saída de um restaurante do Porto com a mensagem “é para aprenderes a não dizer mal do Porto”, conseguimos ouvir – finalmente – uma posição oficial do FCP. De repúdio? Sim mas … Sim (mesmo que a muito custo) mas também com ataques ao Ministro da Administração Interna, benfiquista e como tal, na estratégia de coacção do FCP será sempre um alvo de pressão.
O curioso é que o Benfica também emitiu – no mesmo dia que o FCP - um comunicado a pedir paz para o futebol e a demarcar-se de todo e qualquer acto de agressão que venha a ser perpetrado por adeptos do Benfica.
E não é que – curiosa coincidência – a Casa do FCP foi apedrejada, mesmo que ao de leve, escassas horas depois da leitura deste comunicado? Não é curioso que o Benfica peça paz e os “seus adeptos” respondam com a agressão a uma Casa do FCP? Quando o podiam ter feito no ano passado quando as Casas do Benfica foram vandalizadas antes do jogo com o FCP que podia ter dado o título ao Benfica? Estranho no mínimo …
A estranheza deixa de o ser tanto quando com uma rapidez tal, que até dá a sensação que estavam à espera dessa agressão, o FCP voltou a emitir um comunicado mas desta vez para atacar o Benfica, ligando-o aos ataques à Casa de Coimbra. Se eles queriam paz, nunca podiam ter acusado o Benfica porque a sua Direcção foi clara nos propósitos que defendeu. Mas quereriam eles mesmo a paz?
Penso que não. Pelo que do ponto de vista da sua estratégia de permanente guerra com o Benfica, o único beneficiado desta vandalização, mesmo que leve da Casa do FCP em Coimbra, foi o próprio FCP. Será que não foram elementos afectos à claque legalizada do FCP, a proceder ao arremesso de umas quantas pedras de molde a não causar muitos prejuízos? Nunca o saberemos.
O que sabemos é que depois deste episódio, o FCP criou mais uns quantos outros episódios da mesma natureza, porque o Benfica aplicou aos seus sócios e adeptos, as mesmas restrições que o FCP coloca aos nossos quando se deslocam ao Porto. Na estratégia de guerra, qualquer coisa serve. A última foi o conceito de claques, quando o que está em causa são adeptos e sócios.
E para que o ramalhete fique completo, antes do jogo, duas Casas do Benfica foram vandalizadas, em Ermesinde e Évora, contra uma do FCP em Sintra. A comunicação social, solicita, foi escutar o Sr.º Pinto da Costa. Mas só para lhe perguntar sobre a vandalização da Casa do FCP em Sintra. Sobre as do Benfica, esqueceram-se.
O terror apadrinhado (nem que seja por omissão) pelo FCP e a hipocrisia da comunicação social, andam frequentemente de mãos dadas ...
Sem comentários:
Enviar um comentário