Portugal 27 de Janeiro
de 2016
Com uma exibição bem agradável e uma meia dúzia
de golos, eliminamos o Moreirense, nosso concorrente directo e continuamos
a poder batalhar pela 7ª Taça da Liga. Já o SCP ficou a fazer companhia ao FCP.
O jogo ficou bem mais fácil do que se antevia, muito por culpa de se ter
marcado cedo, através de uma grande penalidade, e muito por culpa de uma
táctica certeira e da boa exibição de um pequeno núcleo de jogadores, que
arrastou os demais. Concretamente Talisca e Gaitan, sem desmerecer os restantes.
A táctica utilizada
apostou na utilização de apenas 1 ponta de lança, o que em tempos recentes teria
sido visto como opção “defensiva”, com um médio volante no apoio, concretamente
Talisca, que tal como Gaitan teve liberdade para pisar várias áreas do campo,
conjugando com Gaitan e Gonçalo Guedes. A liberdade de movimentos está normalmente
associada à criatividade, e disso deram expressão os nossos “artistas”.
Em conclusão
pode-se dizer que marcar 1 penalty ao
iniciar um jogo não é o mesmo que marcar quando está a terminar o jogo,
embora estatisticamente seja igual. No futebol não se pode ver a estatística das
avaliações de arbitragem de forma estática, mas sim com a dinâmica que essas
decisões podem imprimir aos movimentos do jogo. Um penalty nos minutos iniciais
e a ser convertido, obriga o adversário a procurar o empate, abrindo linhas que
podem ser úteis para o nosso jogo.
Espero que agora percebam a importância que dei ao penalty
não assinalado sobre Luisão, contra o SCP aos 8 mn, para o campeonato, quando
o resultado estava 0-0. E se pensarmos que em Alvalade para a Taça, marcamos
primeiro e ao cabo de 90 mn estávamos empatados, não é difícil defender que a
ser marcado e convertido esse tal penalty, o resultado do jogo do campeonato
seria seguramente mais favorável para o nosso lado. Admitindo até que dava
empate, e caso nada se alterasse até ao momento presente, quem estaria na
liderança do campeonato era o Benfica e não o SCP.
O campeonato faz-se destes detalhes de matemática
desportiva,
muito mais do que das teorias reinantes na comunicação social do sempre
subjectivo “jogar bem, jogar mal” que mais não são do que manipulações com cor
desportiva, dos factos que vemos nos jogos de futebol.
Por capricho dos
sorteios e dos calendários, o próximo jogo para o campeonato é novamente contra
o Moreirense. Tal como o Rio Ave e Braga que se defrontam em jogos consecutivos
para campeonato e taça da liga. Também no futebol espanhol isso acontece. Há
dias o Barcelona jogou duas vezes seguidas contra o Athletic de Bilbau (Liga e
Taça do Rei). E no futebol inglês, onde recentemente Leicester e Tottenham se
defrontaram 3 vezes em duas semanas, uma para o campeonato e duas para a Taça
de Inglaterra.
Não havendo dois
jogos iguais, como não houve nos casos atrás citados, não espero uma goleada,
bem pelo contrário, contento-me com uma
vitória suada mas que dê os 3 pontos. O tempo em que o facilitismo era
dominante no grupo de trabalho, já passou. Não será por aí que o jogo vai ser
mais difícil. Mas talvez se torne
difícil porque RV irá utilizar dois pontas de lança, perdendo um homem de
meio campo, e com isso a reorganização/disposição física dos jogadores no
campo, será mais favorável à pressão alta quando a posse de bola for nossa, e a
conceder espaços na retaguarda para os contra ataques dos jogadores da casa,
quando alguém dos nossos perder uma bola. Vamos ver como será, mas na minha opinião, será bem mais difícil
pela opção de quereremos jogar com pendor mais ofensivo.
Por último, parece
que um certo guru da SIC, o sportinguista Rui Santos, criou aí alguma polémica ao manipular lances do último jogo com o
Arouca, fazendo crer que existiu um penalty não assinalado contra nós por
suposta falta de Lisandro (um encosto de ombro/cabeça em David Simão), e que o
terceiro golo deveria ter sido invalidado por fora de jogo (só na cabeça dele) de
Jonas. Foram estes dos dois lances que RS viu e comentou, Curiosamente não viu nem comentou um lance mais simples,
um corte com o corpo e braço, de um defesa do Arouca, muito perto da linha de
grande área, onde nada foi assinalado. Seria um livre directo tipo penalty,
pois a barreira situada a 9 metros, praticamente iria obrigar o guarda-redes a
deslocar-se para um lado, deixando o outro completamente livre.
Este animal que semanalmente intoxica a cabeça dos incautos
adeptos (o SCP agradece), e que tem um programa que não vejo desde a época 2004/2005 pelas mesmas razões (manipulação
de lances e de conclusões em prejuízo do Benfica), saiu da BOLA quando viu
censurado um artigo de opinião desfavorável a Luís Filipe Vieira. Não sei se por
compensação ou não, a SIC que à data tinha os contratos televisivos do Benfica
recebeu-o e ofereceu-lhe um “prime time” ao domingo à noite. Posteriormente o
Benfica de Vilarinho/Vieira rasgou os contratos de 8 anos com a SIC para
assinar com a Olivedesportos o tal contrato dos 10 anos, que o DSO diz “foi nas
condições possíveis”.
A desfaçatez e impunidade com que esse animal brinca
com o Benfica,
eventualmente, não acontece por acaso. Porque ele goza mesmo, sem que a
Direcção faça o que quer que seja para que seja praticado rigor e isenção nesse programa. Mas tratando-se da
Direcção que existe para aumentar a divida financeira do clube/SAD através de
contratações em “paletes” e sob formas estranhas de negócios que geram
comissões e lucros de milhões para intermediários, pagos em off-shores, nada
disto pode surpreender.
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