Portugal, 7 de Março de 2012
O Benfica eliminou o futuro campeão russo Zenit nos oitavos de final da Champions League e está ao fim de 6 anos novamente entre as 8 melhores equipas da Europa. Ou se quisermos, nos últimos 18 anos apenas estivemos numa fase tão adiantada da prova mais difícil da UEFA por 3 ocasiões, com esta incluída. Curiosamente nessas épocas não fomos campeões e a presente vai pelo mesmo caminho.
Se considerarmos o actual modelo de competição, ficamos por duas presenças em mais de 15 anos. Eu acho que é muito pouco para um clube com os nossos pergaminhos na história do futebol europeu.
A vitória sobre o Zenit tem outro condimento especial porque encerra um mini ciclo de resultados negativos, que começou precisamente na Rússia com derrota por 3-2, e se prolongou por cá com outras duas derrotas, frente a Guimarães e FCP, e empate em Coimbra. Destas 4 equipas, o Zenit é precisamente a que apresenta maior orçamento, de onde resulta que será seguramente melhor equipa do que qualquer uma das outras 3 portuguesas e por ironia, até eliminou o FCP da Champions o que confirma que de facto é a melhor equipa destas 4 referidas.
E contudo foi com o Zenit que o Benfica deu a volta ao ciclo negativo. A este facto não pode ser alheia a circunstância do árbitro ser estrangeiro e não actuar de acordo com o manual que por cá, estamos – os mais atentos – cansados de ver.
Basta pensar na 1ª grande decisão do árbitro, uma falta dura que Javi fez ao mn 32, que de acordo com o “manual português” daria 2º amarelo e expulsão, toda a gente aceitaria esta decisão do árbitro como natural, e com 10 em campo e a precisar de ganhar por 1 golo, o Benfica dificilmente eliminaria o Zenit. No final todos iríamos criticar o Javi por ter sido demasiado agressivo, o Jesus porque não conseguiu prever a impetuosidade do Javi, os jornais falariam de mais uma vitória de Bruno Alves em casa do Benfica e todos (uns mais que outros) ficaríamos tristes por termos falhado o objectivo.
Assim estamos felizes (uns mais que outros) e como tal não podemos esquecer que em boa parte isso se deveu a uma arbitragem que não mostrou intenção de prejudicar ou beneficiar nenhuma das equipas. Deste modo as equipas valeram por si próprias e o Benfica pôde ser superior.
Naturalmente não podemos esquecer que este Zenit eliminou o FCP com vitória 3-1 na Rússia e empate 0-0 no estádio da Galinha. Também com árbitros estrangeiros pois claro. Podem ser demasiadas coincidências para certos adeptos, eu sei, mas para quem já percebeu que um jogo é disputado por 3 equipas, nada disto espanta.
Para além do exemplo já dado sobre Javi Garcia, há muitos mais lances no jogo que de acordo com o “manual” seriam decididos de forma diferente, ou seja, seriam dadas faltas ao Zenit que não foram dadas, provocando que a bola deixasse de seguir para a sua baliza e passasse a ser dirigida para a nossa baliza. A temática das faltas e faltinhas tem esta consequência: alterar o sentido do jogo. E às vezes contribuir para o aparecimento de golos.
Como não foi uma arbitragem à portuguesa, contra o Benfica foram assinaladas 13 faltas contra o Benfica na Rússia e 11 ontem. 24 em 2 jogos. Só no jogo com o FCP foram assinaladas 27 faltas contra nós ... Contra o Zenit foram assinaladas 14+13 nos dois jogos. Contra o FCP foram 24 que de acordo com o critério do árbitro que foi aplicado ao Benfica, deveriam ser mais de 30 ...
Com a fluidez de jogo assim conseguida, por não serem assinaladas tantas faltas, o Benfica pôde jogar e criar 14 remates enquadrados com a baliza (nos 2 jogos) contra 7 do Zenit! Mais 13 remates não enquadrados com a baliza, contra 7 do Zenit. Quem mais remata, mais golos deve conseguir e foi isso que aconteceu: graças a arbitragens à europeia.
Estamos nos melhores 8 equipas europeias pela nossa maior competência e pela arbitragem não viciada. Os dados que apresentei são da UEFA, de onde podemos concluir que, tal como na aritmética, se Benfica > Zenit e Zenit > FCP, então Benfica > FCP ... com árbitros europeus!
Isso mesmo.
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