Portugal, 20
de Novembro de 2012
O futebol tem
destas coisas e logo mais, um simples
jogo pode por em causa a viabilidade económica de uma época. Sim, cada vez
mais é a componente económica que condiciona a vida dos clubes (e suas SAD’s) e
não os títulos conquistados (excepto o de campeão europeu).
Estamos nesta
situação por causa da conjugação de um
conjunto de factores que, para variar, envolvem o Celtic. 1) O Celtic
ganhou em casa do Spartak 3-2, 18 anos depois da última vitória fora de casa e
quando ninguém o esperaria, especialmente depois da “boa” exibição do Spartak
em Barcelona, 2) o Celtic venceu o Barcelona, numa daquelas vitórias que
acontece de N em N anos e que de certa forma foi uma pequena vingança, porque
afinal o Barcelona foi a última equipa a ganhar em Glasgow.
No meio disto
tudo, factores a que o Benfica é alheio, temos dois jogos em que as opiniões se
dividem. 1) Empatamos em Glasgow, e a maior parte da comunicação social (e por
tabela os adeptos do Benfica), entendem que foi um mau resultado pois com um
pouco mais de atrevimento do treinador (o
treinador, sempre o treinador...), poderíamos ganhar o jogo; 2) Perdemos em
casa do Spartak e a maior parte da comunicação social ficou a lamentar erros
individuais de Matic e Jardel.
E com este tipo de opiniões, obviamente o
Benfica tem de andar á roda e não sai do mesmo sítio. Sou dos que,
contrariando a lógica dessas opiniões, pensa que o Benfica fez um bom resultado
na Escócia e se tivéssemos arriscado
mais, podia-nos ter acontecido o que nos aconteceu na Rússia: perder. Aliás
perdemos na Escócia nos 3 anteriores confrontos e não terá sido por arriscarmos
pouco. Na Rússia arriscamos como a
critica quis dizer do jogo na Escócia: com 2 avançados. E que resultou? O
adversário teve sempre o domínio do jogo e não marcou 3 ou 4 golos na 1ª parte,
pelos ferros e pelo Artur Moraes.
O futebol é como é, e os entendidos nunca
mais aprendem: com 2
avançados falta alguém no meio campo e isso dá vantagem a adversários que jogam
em 4-3-3 ou 4-5-1 porque quando não têm bola, recuam 10 homens para trás da
linha da bola e lá se vai a nossa iniciativa. Ao invés quando eles têm a bola,
atacam com mais unidades, porque têm mais gente no meio campo, uma vez que
pelas suas características, os nossos avançados Lima e Rodrigo, não conseguem
marcar ninguém, nem vir atrás defender na posição que se impunha, e que era nas
laterais (para fechar o resto da equipa no interior). E assim temos no mínimo 2
avançados em posições de ataque, iludindo também e pontualmente os médios que
têm quase sempre tendência para se aproximar dos avançados. Esta disposição de
jogadores em campo, origina a já habitual e conhecida permeabilidade da nossa
equipa, por onde começam a maior parte dos golos. Depois criticam sempre o
último jogador a falhar e nunca mais aprendem que o problema é do modelo. Que esteve bom na Escócia e péssimo em Moscovo,
ao contrário do que defenderam os críticos de pacotilha.
Hoje é diferente,
jogamos em casa e é natural a aposta em 2 avançados. Até porque Cardozo ao contrário de Lima ou Rodrigo,
sabe jogar tacticamente, sabe prender jogadores da defesa e com isso
fragiliza a saída para o contra ataque do adversário.
Espero como é
óbvio que tudo saia bem e que o Celtic
volte a perder, como nos confrontos anteriores. Não esquecer que esta época
pela 1ª vez não perdemos na Escócia .. logo pode haver reciprocidade. Espero
que não.
Fizemos um grande jogo vencendo com toda a justiça
ResponderEliminarCumprimentos
Sem dúvida Ricardo. Já revi o jogo na Benfica TV e parece-me que não demos hipótese. Mais posse de bola, mais acutilância no ataque, mais querer, mais determinação, mais remates, tudo ... Mas não devemos diminuir o valor da nossa equipa. Este Celtic foi a jogar assim que ganhou ao Barça e ganhou na Rússia. O Benfica de JJ (não esquecer) teve muito mérito na forma como "domou" os "leões" de Glasgow ...
ResponderEliminarFalta o Barcelona. E uma ajudinha do Spartak, já que também estamos neste sarilho porque eles não pontuaram com o Celtic em casa. Espero que o façam fora.