Portugal, 23
de Abril de 2013
O Benfica ganhou ao SCP, o jogo teve a matriz
táctica esperada, a arbitragem voltou a ser a tábua de salvação do SCP, enfim,
pouco ou nada mudou relativamente aos últimos derbys.
Já é quase
fastidioso mencionar o nosso 4-4-2 como causa dos problemas de articulação e
fluidez de jogo, em particular quando jogamos em casa. Foi assim contra o
Bordéus, foi assim contra o Newcastle, enfim, volta e meia quando jogamos
contra boas equipas que se apresentam apenas com 1 ponta de lança, temos este tipo de dificuldades de,
organizar e sobrepor o nosso jogo ao do adversário que coloca mais unidades no
meio campo.
Os sportinguistas
e os muitos analistas sportinguistas da comunicação social, pensaram então que
o SCP estava a dominar os primeiros 20 mn, quando o que se estava a passar na
realidade, era um ajuste de jogo fruto da superioridade numérica do SCP no meio
campo (tal como o Bordéus e o Newcastle já referidos). Aliás quando na 2ª parte
JJ tirou Cardozo (avançado) para meter Ola Jonh (médio ala, derivando Gaitan
para o corredor central), reequilibramos
as forças, marcamos o 2º golo e o jogo acabou ali...
A matemática dos modelos tácticos ainda é o
que era...
Quanto à
arbitragem, parece começar a estar impregnada na cabeça dos adeptos que, sempre que o Benfica não for prejudicado
por erros de arbitragem, é sinal que foi beneficiado! Isto acontece porque
(1) há agentes activos – comunicação social, dirigentes de clubes adversários -
a propagandear a existência de supostos erros de arbitragem que beneficiam o
Benfica, ao mesmo tempo que branqueiam erros de arbitragem contra o Benfica,
erros que de facto são erros, com argumentos de que “o árbitro tem de decidir
em fracções de segundo e não tem as repetições das televisões para o ajudar a
decidir”. (2) Porque há agentes passivos – responsáveis benfiquistas – que uma
vez mais não reagem, quiçá cumprindo ordens da Direcção do Sr.º Vieira. Não é por acaso que o Sr.º Jesualdo quando
era treinador do Benfica nunca protestou uma das várias roubalheiras que lhe
haveriam de custar o lugar, tais como Póvoa de Varzim e FCP, e olhem só
como o “pássaro agora já canta”...
O SCP fala em
particular de um lance de Garay sobre WW onde houve um toque na perna de WW que
lhe provoca desequilíbrio (só se vê na TV e de ângulo que julgo que o árbitro
não tem). Contudo WW teve sempre o controlo da jogada e conseguiu rematar,
coisa que ao longo do jogo e em melhor situação, teve mais dificuldade. Para
além disso, e uma vez que criticam o critério largo, há falta de Rinaudo sobre
Lima na jogada que antecede esse lance.
Falam também de
uma alegada carga de Maxi sobre Capel, em que o que se vê é que Maxi não sabe
quem está atrás de si, mas Capel sabe que tem Maxi à sua frente. Visto e
revisto o vídeo que a SAPO online disponibilizou, não consegui ver quem
rasteirou quem. O árbitro imagino que também deva ter ficado sem saber, tão
rápido é o lance. Imprudência de Maxi? Excesso de crença de Capel?
Não vi os analistas
sportinguistas tão assanhados quando Soares Dias, na época passada, derrotou o
Benfica em Alvalade com 1 penalty duvidoso, sem que antes, aos 3 mn, não quis
ver 1 penalty de Polga sobre Gaitan, assinalando um canto que não viu (e que de
facto não foi). Mais a expulsão perdoada a Ínsua por entrada em tackle sobre Bruno
César aos 5 mn e a expulsão de Luisão com 2 cartões amarelos em duas faltas
inofensivas e não tipificadas como perigosas pelo Regulamento de Arbitragem.
O SCP agarra-se à
arbitragem para explicar uma época péssima, com 2 presidentes, 4 treinadores e
uma carrada de jogadores contratados! Em vez de elogiarem a sua prestação e os
grandes golos do Benfica, não! Agarram-se
à ilusão e ficção da arbitragem! O fair-play é mesmo uma treta....
Ultrapassado SCP,
ultrapassada mais uma “etapa de montanha” de 1ª categoria, falta uma outra e
última “etapa de montanha”, também de 1ª categoria, que é no Funchal. Uma vitória nesse jogo, quase garante o
título embora tenhamos de estar preparados para as etapas seguintes, adequadas
a “roladores”...
Sobre o tema “gestão dos jogadores”, a substituição
de Luisão na parte final do jogo, por dores musculares, a somar às incertezas
de Gaitán que esteve diminuído na semana anterior, vêm dar razão, em certa
medida, ao que escrevi antes. Contra o Paços devia ter sido feita outro tipo de
gestão com 3/4 dos jogadores mais utilizados. Isso não foi feito por razões que só JJ poderá assumir e que
na minha leitura se prenderam com as pressões da “estrutura” do Benfica. As
tais intromissões dos tipos da estrutura dirigente ou que gravitam na sua
órbita, tipos que como treinadores nunca ganharam nada, mas têm opiniões sobre
tudo.
Vamos ver. O que
se viu é que SCP sem competir desde a jornada anterior, apresentou-se
fisicamente melhor, contrariando as opiniões que defenderam que isso não iria acontecer
por não terem tido competição durante demasiados dias...
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