Portugal 28 de Abril de 2013
Infelizmente
a viagem à Turquia não correu bem e perdemos pela 1ª vez nesta Liga Europa. Ao
cabo do 7º jogo na fase a eliminar, perdemos. E perdemos por 1-0 um dos piores
resultados que nos podia ter acontecido, dando crédito à estatística.
Efectivamente
desde a época 84/85 que não damos a
volta a uma eliminatória, na qualidade de visitados, com derrota na 1ª mão
por 1-0. A
comunicação social não referiu, mas na qualidade de visitantes sim, conseguimos
na época de 1999/2000. Depois de perdermos na Luz por 1-0 (“frango” de Encke),
fomos à Roménia vencer o Dínamo de Bucareste por 2-0 (golos de Maniche e
Chano). E com isso fomos a 1ª equipa portuguesa a conseguir eliminar um
adversário, depois de derrotados em casa na 1ª mão.
Voltando
ao jogo, parece-me que estamos a pagar o preço de estarmos envolvidos em várias
frentes desportivas. O nível de desgaste
físico e essencialmente mental, é muito forte. E o dos adversários não!
Tanto Fenerbahce como Chelsea apenas lutam pelos lugares da Champions, tarefa
que lhes está mais ou menos facilitada. Pelo que se podem concentrar mais na
Liga Europa.
Esta
questão do desgaste só encontra excepção no Bayern de Munique. O Borussia de
Dortmund está como os nossos adversários da Liga Europa. O Barcelona e Real
Madrid, mais os catalães, também lutam ou lutavam por 3 objectivos. Parece que
a final está mais ou menos emparelhada, depois dos resultados da 1ª mão.
Posto
isto, o que mais se pode dizer? A táctica do jogo para mim foi a correcta:
4-2-3-1. Devido à rotação de plantel, castigos e lesões, jogou Aimar na posição
8 e André Gomes na 6, um apoiando o avançado com o toque de criatividade que
sempre espera dele, o “menino” colaborando na difícil tarefa de recuperar a
bola e colocá-la jogável nos processos ofensivos.
Terá
faltado apenas algum toque de qualidade ao futebol de Aimar, na medida em que fomos pouco acutilantes no
ataque, na 1ª parte. Terá faltado também alguma qualidade defensiva aos nossos defesas laterais. Mas esta é
uma velha questão que não se pode colocar de modo simples e linear, pois foi
com estes dois defesas que chegamos a uma fase tão adiantada da prova. É
verdade que também chegamos com o Emerson (mais defensivo) aos quartos de final
da Champions. Mas bem sabemos como é difícil a um treinador optar por defesas
laterais mais tácticos. E Emerson acabou por pagar – estupidamente - por isso.
Sobre a
derrota, é lamentável que a comunicação social mantenha a mesma cretinice no
abordar das bolas nos ferros, como tinha demonstrado na manipulação dos
supostos erros de arbitragem do jogo com o SCP. Falaram muito da “sorte” do Benfica nesses lances, mas esqueceram de
referir que o golo dos turcos nasceu de um canto que era um pontapé de baliza a
favor do Benfica!
Claro
que também podemos interpretar isto, não como uma forma cretina de ver o
futebol, mas uma forma de “propagandear”
este “futebolês” no qual os erros de arbitragem contra o Benfica não podem ser
destacados! A favor, mesmo que suportados com repetições e ampliações de
imagens que o árbitro não tem em campo, sim, aí sim, tem que se dar destaque. Muito
destaque! Tudo funciona numa lógica de
condicionar árbitros e observadores, e esta cretinice é a que melhor serve os
interesses do “sistema” do “futebolês”.
E por
isso quando FCP ou SCP são beneficiados por erros de arbitragens, nunca há
“polémica” (o tal adjectivo que o jornalista “cola” na noticia, como quer e
para quem quer, ou lhe mandam). Ainda ontem o FCP teve mais um penalty
inexistente a favor, com 0-0 (do mesmo árbitro que em Coimbra assinalou 2
inexistentes contra o Benfica) e teve mais um penalty perdoado contra
(reveja-se a posição do árbitro – de frente para o lance, perfeita leitura do
mesmo), na altura em que ganhava apenas por 1-0. Que lemos hoje na cretina
comunicação social acerca disso? Nada! Nada vezes nada. Prejudicar os adversários do FCP é uma forma de fazer futebol tão
natural como o ar que respiramos. É essa a mensagem que a comunicação
social quer que seja consumida pelo adepto, dirigentes, árbitros, etc., todos!
Voltando
à meia-final da Liga Europa. Temos um desafio muito complicado pela frente,
mesmo com 3 jogadores adversários impedidos (nós temos um, para já). O
Fenerbahce apenas jogou uma vez fora, na 2ª mão. Foi contra a Lázio. E empatou
a 1 golo! Nas duas outras eliminatórias jogou sempre fora na 1ª mão. Num caso
empatou 0-0 no BATE Borisov, no outro venceu 1-0 no Vitoria Plekzen (que
eliminara antes o Nápoles com agregado de 7-0!).
Jesus já
bateu tantos recordes no Benfica. Espero
que bata mais um e se torne no primeiro treinador, no intervalo de 28 anos, a
vencer uma eliminatória europeia depois de ter perdido na 1ª mão por 1-0. Mas
vai ser difícil...
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