sexta-feira, 1 de novembro de 2013

"Anda Pacheco..."

Portugal, 1 de Novembro de 2013

Sem tempo para abordar para já, os 10 anos do novo Estádio e os 10 anos da presidência Vieira, neste futebol português em que tudo acontece muito depressa excepto a evolução no sentido da transparência e verdade desportiva, vou dedicar algumas linhas à 3ª nomeação de um árbitro do CA Porto em 10 jogos de provas oficiais (incluindo o jogo da Taça). Convenhamos que num passado recente, esta percentagem de árbitros do Porto era superior.
Já agora, no total foram mais 2 nomeações de Setúbal, 2 nomeações de Braga, 1 de Lisboa, 1 de Aveiro e 1 de Portalegre.
O árbitro Hugo Pacheco arbitra-nos pela 1ª vez esta época, facto que alguma comunicação social decidiu enfatizar não sei porquê, dado que o campeonato vai no seu início, e num quadro com mais de 20 árbitros esta situação é perfeitamente normal.
O que não é normal, são os erros deste árbitro, erros que não se podem enquadrar no âmbito do “erro humano”, do erro por limitação de visão, do erro por indevida colocação, do erro por má leitura e interpretação dos regulamentos.
Por manifesta falta de tempo para pesquisar os jogos de épocas anteriores, vou recordar apenas o jogo de apresentação do FCP contra o Celta de Vigo, que o FCP ganhou com 1 golo em que Jackson não estava fora de jogo. Estava quase fora do campo, tal era a sua deslocação relativamente ao último defensor dos espanhóis. Se compararmos com o golo do Belenenses na Luz, Jackson conseguiu estar ainda mais deslocado.
Este exemplo acaba por ser perfeito para calar a boca de painelistas, paineleiros, opinadores profissionais desbocados e outros idiotas, quando concluem que um erro de um árbitro não pode servir de desculpa a uma “má” exibição, ou quando concluem que no geral os árbitros erram em favor dos clubes “grandes”.
É que este exemplo demonstra precisamente que o erro do fora de jogo no jogo do FCP validou uma vitória ilegal por 1-0, e no caso do Benfica o mesmo tipo de erro impediu uma vitória legal por 1-0. No final os jogadores e adeptos do FCP ficaram contentes, embora reconhecendo que ganharam com um erro do árbitro, e os jogadores e adeptos do Benfica ficaram chateados, sendo que os adeptos pediram aos seus jogadores mais entrega, mais qualidade, mais raça, mais “qualquer coisa” que desse uma vitória folgada e uma boa exibição (ou que fosse superior ao erro do árbitro).
Claro que no meio disto tudo, para explicar esse empate, sempre há uns “inteligentes” que se lembraram que o Cortez também jogou contra o Belenenses...
Ora o árbitro Hugo Pacheco que validou 1 golo em fora de jogo visto do “espaço”, também cometeu um erro grave de natureza disciplinar na parte final do encontro, quando permitiu que Kelvin pontapeasse por várias vezes Nolito, antes deste responder com uma cotovelada. Pacheco deu então o jogo por terminado, opção inteligente dado que o encontro de facto caminhava para o final, e assim, e mais uma vez, um jogador do FCP não era expulso, o que sempre dá confiança aos colegas por sentirem ali, um exemplo prático de como eles estão “acima de todos”.
Logo à noite como será? Sinceramente não tenho reservas morais relativamente ao árbitro, mesmo depois do exemplo que me permite rotular Hugo Pacheco, de ser pró FCP. Mas não sou ingénuo ao ponto de pensar que ele nos vai deixar marcar 1 golo em fora de jogo, ou que vai sancionar disciplinarmente o jogo duro de 1 ou 2 academistas, “truque” habitual em equipas treinadas por ex-jogadores do FCP para intimidar os jogadores do Benfica. O critério do fora de jogo será precisamente o “habitual”: apertadíssimo para o Benfica, mais largo para o adversário. O critério disciplinar será largo para o adversário, e para o Benfica logo se verá em função das “compensações” que são geridas pelo árbitro, para dar a ilusão que está a ter o mesmo critério para as duas equipas.
Mais logo veremos...

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