terça-feira, 11 de março de 2014

Superação...



Portugal 11 de Março de 2014

O texto que escrevi em 22 de Janeiro e aqui publicado, intitulado “Balanço da 1ª volta” terminava assim:
“Dado o evoluir da situação competitiva do Benfica, bastante melhor do que os habituais críticos de Jorge Jesus (nos mídia e fora deles) supunham na 1ª fase da época, e dado que há agora muito menos divisão no apoio à equipa, por parte dos adeptos, podemos acreditar numa 2ª volta tão boa ou melhor do que a 1ª. Melhor pontualmente, não em qualidade exibicional, porque as baixas de Cardozo e Sálvio, associada à venda de Matic, obrigam à alteração da dinâmica de jogo para figurinos exibicionais de maior pragmatismo e menos espectáculo.”
Como se pode concluir, 7 jogos depois, ou seja, quase metade da 2ª volta, e o figurino por mim antecipado confirmou-se na plenitude. O Benfica é uma equipa que busca o golo a partir de figurinos tácticos que privilegiam a contenção e controlo da posse de bola, sem excessos ofensivos nem excesso de velocidade nas transições defesa/ataque...
Também escrevi no texto “Paços firmes e decididos” publicado em 19 de Fevereiro:
“Como nos últimos 20 anos foram raras as vezes que vi o Benfica em 1º lugar em plena 2ª volta, é natural que me sinta satisfeito com o facto de pela 3ª época consecutiva isso estar a acontecer novamente. Contudo, depois dos “roubos” das épocas anteriores, é obvio que aguardo pela reacção da equipa quando jogar com arbitragens de Proença e Xistra, em particular. Na época passada, no Funchal e em Coimbra, estes senhores conseguiram empatar-nos a 2, tirando-nos 4 pontos que se revelaram decisivos nas contas finais do título. Por isso parece-me fundamental que só façamos “contas” quanto ao título de campeão quando passarmos por estes dois árbitros.”
Dito isto, aproveito para corrigir e esclarecer que Proença não é um potencial árbitro dos jogos do Benfica por causa do processo judicial que tem com o adepto que o agrediu (uma cabeçada muito útil, porque valeu pontos a favor do Benfica, e "pontos" contra o Proença).
Voltando ao campeonato, devido ao empate do SCP em Setúbal e à nossa vitória sobre a equipa sensação da Liga (o Estoril que há 15 dias havia ganho em casa do FCP), passamos a dispor de uma vantagem de 7 pontos sobre o SCP e de 9 sobre o FCP que na minha maneira de ver, é o nosso principal concorrente. Podem parecer muitos pontos, mas não são.
Em 8 jogos tudo pode acontecer, em particular se os árbitros, na globalidade, voltarem a acreditar no FCP depois da mudança de treinador. Porque até ali, e devido a toda a divisão que existia entre adeptos mais notáveis ou menos notáveis, relativamente à forma como o FCP estava a jogar, nem os árbitros acreditavam que o FCP conseguia capitalizar os “empurrões” que eles costuma dar. Agora não parece ser assim, e 2 penaltys marcados no primeiro jogo após a substituição do treinador, fazem-me pensar que voltaram os truques de arbitragem.
A comunicação social, com a habitual hipocrisia e especulação, tem feito várias referências às possibilidades do Benfica ser campeão, porque nunca desperdiçou uma vantagem tão grande, esquecendo, agora e sempre, que antigamente os árbitros erravam por limitação humana e hoje erram de “manual”, erram para favorecer declaradamente terceiros. Portanto não há qualquer hipótese de comparar o que quer que seja, mas o que é certo, é que se instala um clima de grande euforia entre os adeptos, euforia que pode ser prejudicial.
Portanto para mim neste momento a estratégia futebolística do Benfica deve focar-se num único adversário: o próprio Benfica e todos os defeitos que sabemos que temos. Devemos ser capazes de nos superarmos, em cada jogo que ainda teremos de disputar. Teremos de ser humildes e focados no apoio à equipa, porque iremos perder alguns jogos, ou algumas provas, mas temos de permanecer firmes e coesos em torno do principal objectivo da época, que é ser campeão nacional. E continuando a ganhar para o campeonato, a confiança estende-se às outras provas impulsionando a nossa equipa e condicionando os nossos adversários. Superação é o nosso desafio, de nós adeptos, e da equipa enquanto um todo que começa no Presidente (ou no faz que é) e termina no roupeiro.
Entretanto as gentes do SCP, que beneficiaram de um golo fantasma em Setúbal e de 1 penalty que a favor do Benfica não se marca, queixam-se de ter sido “escandalosamente” prejudicado e de lhes terem “roubado” 2 pontos. Dizem à “boca cheia” que o Benfica pode encomendar as faixas de campeão, os jogadores escrevem “grosso” nas suas contas pessoais de facebook e twiter... Acho que perderam a noção do equilíbrio, da sensatez e do bom exemplo...
As nomeações dos árbitros para a próxima jornada, numa terça-feira (estranho), Benquerença no jogo do SCP com o FCP, e Mota no do Benfica contra o Nacional, provam que continua a haver interesse em puxar pelo FCP. Benquerença é o que se sabe nos jogos do FCP (tal como Proença). E Mota está tão condicionado pela campanha que o SCP fez contra si, que obviamente não vai querer errar a favor do Benfica (de preferência a favor do Nacional), para não lhe vandalizarem novamente (e vão duas) o talho... Isto está perigoso... Superação...

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