sexta-feira, 13 de abril de 2012

À Benfica III

Portugal, 12 de Abril de 2012


Na continuação da análise ao entorno da derrota com o SCP (já agora, a 7ª da época em todas as competições, o Bayern na Bundesliga tem 7, Lyon de Cissokho e Lizandro já vai em 10, só na Ligue 1), não se pode obviamente deixar de analisar a contribuição da arbitragem do portuense e portista Soares Dias. 


A nomeação de Benquerença para o Braga – FCP e a de Soares Dias para o SCP – Benfica, foram a jeito dos interesses do FCP. Tal só é possível porque na Comissão de Arbitragem, está um sócio com mais de 50 anos de SCP, Vítor Pereira, que está controlado pelo FCP (sei do que falo). 


Com Benquerença, o FCP tem sempre mais hipóteses de ganhar (nos anos recentes com este árbitro, para a Superliga só tiveram 1 empate, o resto foram vitórias). Já Soares Dias esteve no mesmo SCP - Benfica da época passada, e tudo tentou para que o SCP ganhasse, incluindo a expulsão de Sidnei por encosto de ombro. Não tendo conseguido no ano anterior, repetiram a nomeação para que se cumprisse a matemática: a probabilidade de falhar 2 vezes seguidas é menor do que falhar 1 vez só (aliada à probabilidade do Benfica ganhar 7 vezes seguidas que é menos do que ganhar 6).


E resultou porque para isso também contribuiu uma arbitragem inenarrável, ao nível das arbitragens de Jorge Sousa em Braga no ano do título de há 2 épocas atrás ou de Carlos Xistra também em Braga na época passada. Jogos que perdemos e reconhecemos que ficamos abaixo do nível exibicional habitual, mas jogos em que a virilidade excessiva contra os jogadores do Benfica foi contemporizada pelos árbitros. Mas este tipo de arbitragens está tão vista, que de tanto ser vista alguns – mesmo benfiquistas - já acham normal! 


No penalty sobre Gaitan, aceito que o árbitro não tenha visto porque o corpo de Polga pode tapar a zona de contacto. O penalty que deu o golo, na minha opinião não existe, pois Luisão larga o ombro uns segundos antes de cair, e na TV vê-se o WW desistir de jogar a bola, ao contrário do que fazem os jogadores leais. Há um penalty cometido por Garay (embora a falta comece fora da área), mas se o árbitro não marcou porque não assinalou cartão amarelo ao Wofswinkel por simulação, como fazem aos jogadores do Benfica? Estaria comprometido com o erro do penalty do golo ou do penalty que não assinalou sobre Gaitan? Há um agarrão à camisola de Luisão, com ele a olhar de frente. Penalty claro já que a bola foi cair precisamente nesse local. Há outro lance que poucos deram importância e mostra como se aplica o “manual”. Quando da marcação de uma falta a favor do Benfica, antes da bola chegar ao destino (área do SCP) interrompe para marcar uma falta contra o Benfica. Falta que ninguém, nem os jogadores do SCP, viram.


Aos 3 mn Ínsua tem entrada em tackle deslizante por trás às pernas de Bruno César. Podia ter sido exibido cartão vermelho, mas nem amarelo foi (comparar com critério aplicado aos nossos jogadores). Aos 8 mn há um pontapé de Matias na cabeça de Javi. Não foi exibido cartão amarelo (no mínimo). A seguir temos o Shaars sobre Witsel onde lhe pisou o pé, o que para o Corado costuma ser considerado agressão, logo vermelho directo. Nem amarelo levou. Depois o festival João Pereira: derrubou e pisou Gaitan, admito que o lance não seja fácil de ver para o árbitro, mas não levou o amarelo que se impunha. Depois tentou agredir Nelson Oliveira com movimento de braço bem visível e aqui fico pasmado por não ser aplicada a lei 12 e consequente expulsão. Carriço, idem sobre Witsel com o árbitro a chamá-lo à atenção em vez de fazer como fez para o Benfica, cartão na 1ª oportunidade. Mas veja-se como expulsou Luisão por uma falta de corpo, sem cortar jogada prometedora...


A dualidade de critérios disciplinares do árbitro, ajudou os jogadores do SCP a terem mais “atitude”, mais “raça” sobre cada bola disputada. Só quem não jogou à bola desconhece a importância que estes pequenos erros disciplinares têm no aumento da confiança de uns jogadores, e diminuição na confiança dos outros. Na implicação directa na qualidade de jogo de uns, e diminuição na de outros.


Posto isto que deveria ser considerado escandaloso, como é que reagiram “à Benfica” alguns dos ditos “notáveis”? José Augusto no fim do jogo, diz na Benfica TV que aos jogadores “faltou atitude”. Nos dias seguintes António Figueiredo pede a Jesus para “ir treinar o FCP” e Gaspar Ramos diz que “ciclo de Jesus terminou”. (cont)

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