quinta-feira, 2 de maio de 2013

O caminho "marítimo" para o título



Portugal, 2 de Maio de 2013

Com a vitória (difícil) no campo do Marítimo, todos nós pensamos que o mais complicado está feito e o título de campeão está ali ao virar da esquina do jogo com o Estoril. Mal seria se depois de abrirmos o caminho “marítimo” para o título, acabarmos nas “espreguiçadeiras” das praias do Estoril...

Numa análise muito fria, podemos concluir que sim, que está, se ganharmos ao Estoril. Mas deixa de estar, se não ganharmos ao Estoril e o FCP fizer melhor resultado do que nós contra o Nacional.

Nesta parte final das provas, com total comprometimento na Liga Europa e presença na final da Taça de Portugal já garantida, o mais complicado para os jogadores é a parte mental. Que implica com a concentração e atitude adequada, nos jogos que faltam.

Vi no jogo com o Marítimo uma atitude recorrente no Benfica, que é o relaxamento generalizado à espera que o 2º golo simplesmente aconteça. Sem fazer muito, o adversário começa a acreditar, faz o seu jogo e se tem a sorte de marcar um golo, tudo volta ao início. Com a diferença que entretanto a dinâmica do jogo favorece o adversário e não a nós, que entretanto, relaxamos.

Aconteceu na última final da Taça de Portugal com o Setúbal. Também marcamos cedo, aos 4/5 mn, também de penalty, e no final o Setúbal de Rachão (onde está ele agora?) deu a volta ao marcador, para grande tristeza. E a dobradinha lá se foi...

Agora num jogo crucial, estava a ver o mesmo filme. Valeu o intervalo para dar um abanão à equipa e voltarmos a ver a mesma entrega, raça, atitude de conquista, competência, que vimos na maior parte dos jogos da época. E se tivemos sorte com o auto-golo, também tivemos azar com duas bolas nos postes, por isso o merecimento da vitória não se pode por em causa.

Como se percebeu (quem percebeu, a Direcção demorou mais de 8 dias...) na semana posterior ao derby, a campanha “Liga das Capelas” destinava-se a condicionar a arbitragem a favor de FCP e SCP (os que mais criticaram um suposto beneficio ao Benfica por parte do árbitro Capela), e também a condicionar a arbitragem do jogo da Madeira, mas aí, contra o Benfica. E tudo funcionou bem: o FCP teve mais 1 penalty claro não assinalado contra, com 1-0 no marcador e a escassos minutos do final do jogo, depois de já ter tido um penalty assinalado a seu favor e que era inexistente. O SCP ganhou 2-1 com 1 golo em fora de jogo, tão televisivo como os lances que manipularam no derby, e o Benfica que até viu o árbitro assinalar 1 penalty clarinho sobre Lima, mais tarde na hora do “aperto” viu o mesmo árbitro sonegar outro penalty clarinho sobre Cardozo.

Bem, funcionou quase bem (na perspectiva deles), porque apesar disso o Benfica ganhou, ficando aberto o caminho “marítimo” para o título...

Independentemente do resultado que consigamos na Liga Europa, mais logo, o importante é ter a cabeça fria na 2ª feira contra o Estoril. A ansiedade será o nosso pior inimigo. A possibilidade de nos deslocarmos a casa do principal rival com 4 pontos de avanço (no mínimo) poderá condicionar o sub consciente dos jogadores. Que poderão também ser influenciados pelo resultado contra o Fenerbahce. Vamos esperar que tudo corra como até aqui: bem!

Para terminar, o Benfica através do seu Director de Comunicação, deu uma conferência de imprensa na qual rebateu a campanha que o FCP à boleia do SCP, encetaram na comunicação social para desacreditar os méritos da nossa equipa. Sabendo da dificuldade e importância que tinha o jogo do Marítimo para o Benfica e a vitória que o FCP precisava sobre o Setúbal, mais a importância de vencer o Nacional por parte do SCP para não ficar fora da Liga Europa, essa campanha visava condicionar a arbitragem desse fim de semana. O Benfica só reagiu após a vitória sobre o Marítimo. Se repararem, João Gabriel estava só na sala. O Presidente do clube e SAD não estava. Mas tinha estado com Jesus na conferência de imprensa que anteviu o jogo com o Marítimo.

A atitude de Vieira (ausência institucional nessa conferência de imprensa), deve ser interpretada como um sinal para o exterior. Um sinal de que o Presidente não considera importante a argumentação sobre erros de arbitragem e seus favorecimentos a uns e prejuízo para outros. Deixou que se fizesse apenas para contentar os adeptos do Benfica. O que para mim é apenas mais um sinal de que ele se está a marimbar se somos “roubados” ou não, para ele o que interessa é navegar no mar de conhecimentos e relações que o mundo de futebol lhe deu. E no qual ganha muito dinheiro.

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