sábado, 26 de janeiro de 2013

Final da 1ª volta: retóricas


Portugal 26 de Janeiro de 2013

Começa mais logo a nossa 2ª volta da Liga do futebol “portoguês”. Terminada a 1ª fase de todos jogarem contra todos, podemos tirar algumas conclusões e conjecturar outro tanto.
A análise nua e crua dos números indica que temos os mesmos pontos da época passada, mais 6 do que na época anterior onde defendemos o título e mais três do que na época do título. Estou a referir números do ciclo Jorge Jesus, uma vez que antes dele, ninguém se aproximou destes (bons) números.
Em relação ao goal-average, temos um bom número de golos marcados, 39, que a serem confirmados na 2ª volta irão ultrapassar os golos marcados no ano do título, até agora o melhor neste item, dos últimos 15 anos. Em relação aos golos sofridos, são 11, três dos quais de penálti, dois deles em Coimbra. Trata-se também de um bom número, só ultrapassado pela positiva, no ano do título.
Outras características em relação à 1ª volta. Em relação aos confrontos com o SCP, ganhamos outra vez o primeiro jogo (só no ano do título não conseguimos, empatando 0-0), mas em relação ao Braga, pelo 4º ano consecutivo, voltamos a perder pontos com eles (2 empates e 2 derrotas). Quanto ao FCP idem, mas pelo 3º ano consecutivo (1 derrota e 2 empates).
Por muitas voltas que se dê à leitura dos números, esbarramos sempre numa constatação simples: com Lima, Melgarejo, Olá Jonh e Sálvio, fizemos os mesmos pontos do que com Saviola, Nolito, Bruno César e Emerson. Sublinho que no ano passado, em termos de calendário, deslocamo-nos a Braga e ao FCP, e recebemos o SCP. Este ano foi o contrário, pelo que nem é legitimo dizer-se que no ano passado tivemos um melhor calendário.
Dito de outro modo, gastaram-se 5 milhões no Lima, 11 milhões no Sálvio, 8 milhões no Ola Jonh, 2 ou 3 milhões no Melgarejo, e temos os mesmos pontos do que no ano anterior, com Bruno César (5,5 milhões), Nolito (custo zero?), Emerson (1 milhão) e Saviola (5 milhões).
Mas mais. Ao contrário do que esta comunicação social avençada aos interesses do “sistema” (nos quais se inclui a protecção da imagem do Sr.º Vieira) propagandeia, com primeiras páginas de Lima, Sálvio e Ola Jonh, mais colunas de opinião a dizerem o mesmo das “grandes” exibições destes três “reforços”, os números mostram o contrário. Assim, apesar dos golos “fantásticos” do Lima, a verdade é que ele marcou 8 golos em 14 jogos (melhor que Saviola que fez 4 em 18 jogos), média inferior à que teve na última época no Braga, 20 em 30 jogos. Apesar dos “arranques” de Sálvio, marcou 4 golos em 14 jogos, muito fraco quando comparado com os 10 golos do Bruno César em 26 jogos, ou os 11 golos do Nolito em 29 jogos. Ola Jonh nem entra nestas contas.
Como se percebe, compreendo bem a frustração de Nolito e Bruno César. Eles sabem que fizeram uma boa época, marcaram muitos golos e ajudaram o Benfica a ganhar muitos jogos, estiveram nos quartos de final da Champions, ganharam a Taça da Liga e só a arbitragem os impediu de serem campeões. Em vez de serem premiados, não! Foram trocados... é duro...
Então impõem-se a pergunta: como é que os jogadores contratados apresentam binómios custo/resultados piores do que os jogadores que cá tínhamos, e no geral, temos a sensação que estamos a jogar melhor?
Pois é simples: quando falo de comunicação social e sua capacidade de nos iludir e fazer crer coisas que não são, aqui temos mais um exemplo. Como podíamos falar de outros, desde o Roberto, Emerson ou Thomas que não eram tão “fracos” como eles conseguiram fazer crer que eram.
O papel da comunicação social é aqui determinante para formular as opiniões que conhecemos sobre Lima, Ola Jonh e Sálvio. Que, como já aflorei noutros textos, não é um papel desempenhado ao acaso. Há que desviar as atenções dos adeptos da realidade desses negócios: Sálvio foi contratado para que o Atlético pagasse ao FCP o que deviam, Olá Jonh foi já vendido à Doiyen, a mesma empresa que comprou parte do Defour e Mangala ao FCP. E Lima foi contratado para que o Braga não perdesse dinheiro com o jogador, que ficaria livre este mês de Janeiro.
Denominador comum? A imagem de LF Vieira. Há que a proteger, enganando os adeptos e sócios do Benfica, resumidos a papel de figurantes e pagantes de todas estas barbaridades. Mas o Sr.º Vieira não é o presidente do Benfica? Como se percebe, actua como um peão de outros interesses, sobrecarregando o orçamento do Benfica sem contrapartidas desportivas e económicas garantidas. Há pois que o proteger, passando o ideia que não ganha mais porque Jesus é teimoso, da mesma forma que se diz que Lima é fantástico. O adepto é fácil de iludir...
Ressalvo que os jogadores em causa não têm culpa de nada, e que até os acho bons jogadores. Mas dada a situação financeira do Benfica, o que se passou nesta pré temporada em termos de opção de investimento foi uma arrepiante farsa. Os resultados desportivos confirmam que tudo não passa de uma ilusão. 
Vai começar a 2ª volta. Espero que o desempenho da equipa se mantenha, e dos reforços em particular, que melhore de modo a ajudar o Benfica a atingir a principal meta: o campeonato. Se isso for conseguido, tudo será esquecido.

2 comentários:

  1. Só venho aqui para te dizer que bati uma punheta e guardei o esperma para te esfregar na careca a ver se te cresce cabelo que te tape os cornos.

    ResponderEliminar
  2. Não sei quanto te pagam para fazeres este papel, mas quando quiseres vir cá cima, força. Toda a gente sabe onde trabalho, podemos falar de homem para homem. Que dizes?

    ResponderEliminar