Portugal 12 de Janeiro de 2013
Nas
vésperas do 1º clássico da época, a
comunicação social lá vai fazendo o papel habitual de tentar “apimentar” o jogo,
promovendo questões ridículas que fazem “brilhar” (para os portistas) o
ex-treinador do Santa Clara, e escondendo outras mais interessantes, que os
adeptos de futebol bem preferiam.
No meio
de tanta porcaria que se pergunta, escreve e analisa (imaginem o circuito: conferências de imprensa, capas de jornais e
programas de “trios” nas televisões por ordem sequencial), foi lembrado
pelo RECORD que nos últimos 11 anos, o Benfica só por 2 vezes ganhou ao FCP
para a Liga. Nas letras pequenas percebemos que na inversa, o FCP ganhou 5
vezes.
Antes de
falar deste Benfica de Vilarinho e Vieira, o tal Benfica da cassete da
“credibilidade” e das “contas em dia”, embora com o património hipotecado e
nalguns casos (Benfica Estádio) partilhado com interesses alheios e hostis ao
clube, quero exprimir a minha convicção que vamos ganhar ao FCP e que vamos ser
campeões.
Costumo
separar as coisas: uma coisa é não gostar da actual “escravização” do Benfica dos sócios para satisfação dos interesses
económicos estranhos ao clube, por parte do maior farsante que alguma vez surgiu no futebol português. Outra
coisa é penalizar a equipa de futebol que, ao
acaso, por planeamento ou por planeamento ao acaso, é a melhor do campeonato.
E que a generalidade das análises aos erros dos árbitros e suas consequências
na classificação, dão confortável vantagem pontual sobre o FCP.
Isto é o que eu sinto: vamos ser campeões. Agora
sobre as estatísticas dos últimos confrontos com o FCP, tenho pena que o RECORD não tenha ido buscar
os últimos 12 anos, pois o 12º resultado foi uma vitória por 2-1 da equipa que
Vale e Azevedo deixou, com o reforço Roger contratado pela astronómica verba de
1,7 milhões de contos (nada mau, para quem dizia que o Benfica estava falido).
Se
calhar foi por estar associada a Vale e Azevedo que essa vitória foi
“escondida”. Mas para quem gosta de analisar o Benfica antes da “credibilidade”
e depois da “credibilidade”, vamos então considerar os 12 resultados pós
Outubro 2000. Temos então 3 vitórias, 5
derrotas e 4 empates. Resta dizer que todas as vitórias foram pela margem
de 1 golo, o que diz bem do equilíbrio
existente ou forçado (contra nós) pelos erros dos árbitros. E também,
porque de facto os erros dos árbitros têm deixado marcado nestes jogos, dizer
que o FCP beneficiou de mais penaltys a seu favor no estádio da Luz, do que o
Benfica (idem com os jogos disputados no estádio da “Galinha”).
Esta é a realidade do futebol português, uma
realidade que o actual projecto de Benfica veio consolidar.
Basicamente porque ao contrário da “cassete” da credibilidade, este Benfica não
é respeitado por ninguém. Quem está nos bastidores deste futebol podre e
nalguns casos corrupto, sabe que o farsante não está ali para defender o clube , mas para defender outros
interesses.
Confesso
que não sei até que ponto a
credibilidade ganha jogos, Mas se analisarmos os resultados feitos pelo
Benfica de Vilarinho e Vieira, nos confrontos com FCP e SCP, e compararmos
esses resultados com os obtidos pelas equipas no mandato de Vale e Azevedo,
podemos tirar algumas conclusões.
Assim,
desde que JVA tomou posse e até ao dia 28 de Outubro de 2000, o Benfica fez 15
jogos contra FCP e SCP, vencendo 7, empatando 3 e perdendo 5. Percentagem de
pontos conquistada: 53%. Considerando
os mandatos após 28 de Outubro de 2000, temos 48 jogos com 15 vitórias, 13
empates e 20 derrotas. Percentagem de pontos conquistada: 40%. Se retirarmos o mandato do presidente que falava conforme
estava antes de almoço ou depois de almoço, ou seja, se ficarmos só com os
mandatos de LFV temos 37 jogos, 12 vitórias, 10 empates e 15 derrotas. Percentagem
de pontos conquistada: 41%.
Sou uma
pessoa que apenas se interessa pelo Benfica e não por quem pontualmente o
dirige. Já me ligaram a JVA ou como tendo beneficiado da sua amizade, o que é
redondamente falso e próprio de gente mesquinha e sem nível. Das análises que
faço, complementadas pelas análises económicas que outros fazem, resulta
claramente que o Benfica tem uma
história recente bem diferente da que é vendida em jornais, livros, manuais e
Benfica TV.
A subjugação do actual Benfica aos interesses
alheios ao sucesso do clube, estão aqui bem exemplificados: o tal presidente
que tem os problemas que tem e que ainda hoje é mal percebido por quem tem uma
percepção do clube em função das notícias que saem nos “midia”, construiu um Benfica que ganhou mais vezes
a FCP e SCP do que este dos milhões, do Simão, Mantorras, Nuno Gomes , Rui Costa e Aimar. O tal
Benfica dos “toscos” ingleses e do presidente sem credibilidade, nunca perdeu
em casa com o FCP nos 3 jogos que fez (2 vitórias e 1 empate), coisa que agora
acontece com inusitada frequência.
Estes resultados põem em causa não só o projecto económico
do clube mas também uma certa forma de analisar e pensar o futebol, onde
parece que os “lugares comuns” acerca dos bons jogadores e sua influência no
desempenho das equipas, contrasta com os resultados de melhor qualidade das
equipas sem jogadores de maior qualidade.
Que amanhã contudo, os “lugares comuns” sejam
vencedores, pela 4ª vez em 13 encontros.
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