Tal como mais
de 52 mil outros apoiantes, lá estive no passado domingo na festa de homenagem
à nossa equipa campeã do 33º título. Tal com mais de 52 mil, estive pela
homenagem mais do que pelo jogo de futebol, mas seguramente tal como mais de 52
mil queria ter ganho o jogo. Para
coroar um dia especial.
Não foi isso
que aconteceu, como aliás também não aconteceu, e não será apenas por mera coincidência, a nenhum dos outros
finalistas das competições europeias. Nenhuma das 4 equipas que vão discutir a
Champions League ou a Liga Europa conseguiram ganhar os seus jogos, sendo que 3
delas jogaram em casa. E se o Benfica já era campeão e até se compreende alguma
desconcentração ou até menor intensidade de jogo, o Real Madrid por exemplo,
pode ter hipotecado definitivamente as hipóteses de ser campeão com o empate
frente ao Valência. E o Real Madrid é treinado por Ancelotti, não é treinado
por Jorge Jesus. Para além de ter o plantel que tem...
É bem
possível que a explicação mais plausível
seja a existência de uma certa descompressão, após se ter alcançado um
patamar desportivo elevado e que todas
as equipas sonham no início da época: estar na final de uma prova europeia.
Não será também por mero acaso que na época passada, o Benfica também empatou
esse jogo seguinte à brilhante exibição com o Fenerbahce: 1-1 com o Estoril. Um
ano depois o episódio repete-se, mas agora com direito a festa de homenagem...
O futebol tem
de facto coisas engraçadas...
Tendo ganho o
título, com eficácia brilhante, é normal que se homenageiem os campeões. E o
normal é que essa homenagem aconteça no primeiro jogo a seguir à conquista do
título ou ao último jogo em casa. Isso é o que normalmente os sócios e adeptos
esperam que aconteça. Mas não será perigoso quando isso acontece antes de uma
série de jogos que queremos ganhar para juntar as respectivas conquistas ao
nosso Museu?
Não tenho
respostas porque não há respostas unânimes e assim sendo cada um que pense o
que quiser. Mas não tenho dúvidas que este tipo de homenagem pode provocar uma ruptura no caminho que a
equipa estava a traçar nos últimos meses, folgando na concentração e
descomprimindo nos processos de jogo, o que pode ser fatal para as próximas 3
finais. Pessoalmente preferiria que essa homenagem não tivesse existido, pelos
prejuízos que pode provocar, optando isso sim, por comemorar – no dia do jogo -
toda e qualquer taça que venha a ser ganha. Mas é uma simples opinião.
Nem tudo
correu bem no domingo. Perdemos a Taça de Portugal no Futsal masculino, e teremos
de esperar para ver se o texto que escrevi no ano passado quando Paulo Fernandes
foi despedido, tinha ou não razão de ser. Se as questões que então coloquei
eram ou não justificadas. Dou o benefício da dúvida até ao final do play-off.
Parabéns às Senhoras
do Futsal que ao invés conquistaram a 1ª Taça de Portugal de Futsal feminino. E
claro parabéns também ao Vólei pelo bicampeonato. Uma proeza, pois temos poucas
tradições nesta modalidade.
Entramos
agora na recta final do Futebol, estamos
a 3 vitórias de uma época notável e histórica, ou a 3 jogos de uma época que
nunca será menos que excelente. Os nervos começam a imperar e confesso que
me sinto mais intranquilo agora, do que até aqui onde tudo me parecia natural,
como se o meu palpite de que íamos ser campeões não tivesse qualquer
possibilidade de ser mal sucedido.
A
intranquilidade vem também do facto de se tratar de finais, onde num só jogo se decide tudo e ambas as
equipas partem do mesmo ponto zero. A vantagem psicológica do Benfica por
ser melhor equipa ou por ter ganho o campeonato, é nula aqui! Os adversários,
em particular o Rio Ave, sabem que cada jogo começa em 0-0 e se os amigos da
arbitragem derem um empurrão, a coisa pode tornar-se difícil. Resolver em 90 mn é diferente de resolver
em 30 jornadas ou em duas mãos...
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