Portugal, 20
de Agosto de 2013
Mais uma vez não
ganhamos o jogo de abertura do campeonato. Para os que no ano passado
consideraram o empate com o Braga, um mau resultado, apesar de roubados por
erros de um árbitro do Porto, este ano
perdemos, por coincidência e uma vez mais, com um árbitro do Porto. Que por
sinal já tinha arbitrado o último jogo oficial da época transacta, onde ajudou
o Guimarães a derrotar-nos na final da Taça.
Há que dar um
sinal às tropas (árbitros) de que podem “roubar” o Benfica à vontade porque
“nós”, os que mandamos, não temos problemas em mandar-vos lá outra vez, como
prova de confiança em cada árbitro, e como sinal que os árbitros podem confiar
em “nós” (os que mandamos). Claro que o
“faz-que-é-presidente” voltou a não perceber e a nada fazer para mostrar aos
que mandam, que nós, os espoliados, também sabemos que “vocês”, os que mandam,
nos querem “roubar” outra vez...
Já o FCP continua
a marcar de penalty o 1º golo do campeonato, tal como com Villas-Boas e diz bem
o treinador do Setúbal: no ano passado jogamos 3 vezes contra o FCP e levamos
sempre com 1 penalty a abrir... E se esse lance fosse a favor do Benfica, o
árbitro marcava penalty? Claro que não, pois no Funchal, Lima foi derrubado no
último minuto com a coxa do defesa e o árbitro, utilizando o truque de manual para estas ocasiões, abriu os braços e
mandou seguir...
A Oeste de Pecos
nada de novo, como diria o Afonso de Melo...
E como não há nada
de novo, nos dias seguintes à derrota voltamos a ver os mesmos protagonistas na
comunicação social, deixando-se usar para
poderem abusar do direito à opinião e criticar o que não têm competência
para corrigir. Joe Berardo, Gaspar Ramos e Rui Rangel, mostram a outra faceta
dos sócios: a da nulidade da oportunidade da intervenção, a da nulidade das
propostas correctoras, a da nulidade do respeito pelos sócios e adeptos do
Benfica. Querer que o Benfica ganhe não se resume a pedidos estapafúrdios e
repetitivos da demissão do treinador.
No caso de Gaspar
Ramos estamos a falar do mesmo ex-dirigente que acompanhou Manuel Damásio na
sua tenebrosa passagem pelo Benfica, em que a primeira medida de gestão desportiva foi despedir Toni, o treinador
campeão, porque de acordo com Manuel Vilarinho (também eleito mas depois
demissionário) a contratação de Artur Jorge já estava decidida quando da
realização das eleições. Pois, o azar deles
é que Toni, em quem não apostavam, ganhou o campeonato e isso tornou mais
visível a falta de conhecimentos de Gaspar Ramos e todos que implicitamente
aceitaram a decisão de despedir Toni.
A seguir ao
despedimento de Artur Jorge, após a 3ª jornada da 2ª época, Gaspar Ramos
patrocinou a escolha de Mário Wilson até final da época, onde acabamos em 2º
lugar e ganhamos a Taça de Portugal ao SCP. Por qualquer razão que Gaspar Ramos
não sabe explicar, Mário Wilson também não servia e foi então contratado Paulo
Autuori juntamente com o regresso de Toni, uma espécie de “Perdoa-nos” para
dirigentes desportivo. Autuori lutou bravamente até ao jogo de Alvalade, onde
fomos gamados e perdemos 1-0 com duas expulsões, a seguir roubados em casa com
o FCP na derrota 4-3 e depois na derrota 1-0 em Guimarães com João Pinto
expulso por reclamar 1 penalty que efectivamente sofreu. Antes e agora, tudo igual até na estupidez das criticas sobre o desempenho
do treinador...
Se quisermos
perceber a derrota do Funchal sem ser por recurso aos erros de arbitragem
(hipótese injusta), então recordo o que escrevi aqui em 13 de Agosto no texto
“Balanço da pré-temporada”:
O que eu penso da pré-temporada resume-se ao
seguinte: 1) ficou provado que a
“evolução” da equipa no sentido de retirar Cardozo, enfatizando Lima (ou
Rodrigo) e acrescentando sérvios de boa qualidade técnica, tornou a equipa mais
frágil defensivamente, 2) ficou
provado que o Sílvio não tinha razão para ficar chateado com o Benfica há 2
anos quando se transferiu para o Atlético de Madrid, 3) ficou provado que o Benfica tem um problema com o defesa
esquerdo e com todo o respeito, Cortez sendo uma espécie de Coentrão (sobe e
não desce) não dá garantias (do quê?), 4)
ficou provado que Lima e Rodrigo brilham mais ao lado de Cardozo, 5) ficou provado que a equipa de
futebol é feita pela estrutura e que o treinador não tem, ou terá raramente,
opinião sobre as novas contratações.
Quero com isto
enfatizar que, com este plantel e com as
opções de jogo que foram assumidas pela “faz-que-é-Direcção” e o
“faz-que-é-Presidente”, não há nenhum
treinador que consiga ser bem sucedido.
Posto isto, uma das soluções para sair do cenário de
uma época para esquecer será readmitir Cardozo com salário superior ao de
Lima, recontratar Emerson (Perdoa-nos outra vez) ou outro que defenda mais do
que apoia o ataque, “encostar” os 3 sérvios no esquema 4-4-2 losango, admitindo
contudo a sua utilização pontual mas não em simultâneo, quando jogarmos em
4-2-3-1 com Cardozo no vértice superior do ataque.
A insistência no actual modelo da
pré-temporada e nos lugares comuns que fazem o futebol do Benfica, vai-nos
custar caro, desportiva e financeiramente...
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